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O que você faria como um gesto simbólico para agradecer a saúde de sua filha e as bênçãos derramadas sobre a sua família? A recifense Emanuella Gangdal e o seu esposo Sondre Gangdal decidiram, na festa de aniversário de um ano de sua filha Cecília, tomar uma iniciativa nobre e rara: doar todos os presentes de aniversário. 

O convite da festa, que aconteceu nessa sexta-feira (12), em uma casa de festa no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, surpreendeu e emocionou a muitos pelo aviso inusitado: “Os presentes serão doados a uma instituição de caridade. Favor trazer um quilo de alimento não perecível e um pacote de fraldas de qualquer tamanho”. 

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Manu, como é conhecida entre amigos e familiares, disse que o aniversário da filha significa também um dia de gratidão e de fazer o bem ao próximo. “O fato de eu ter pedido é porque, graças a Deus, eu e meu marido temos condições de dar um presente. É tão triste passar em um local e ver aquelas crianças que não têm a comida, que não tem nada. Não importa quantos quilos vou conseguir arrecadar porque se for um quilo, já mata a fome de cinco a seis pessoas. Eu pedi para cada um trazer uma ajudinha e tem gente que doou até uma cesta básica”, contou Emanuella. 

As doações serão feitas para uma instituição sem fins lucrativos, também localizada em Jaboatão, chamada As Carolinas, que não possui ajuda de nenhuma empresa e tampouco prefeitura para se manter. 

Cecília renasceu

Quem vê toda a comemoração da noite com o tema da famosa Galinha Pintadinha e com a sorridente Cecília, nem imagina que a família passou de mal a pior. Pouco depois de Cecília nascer, ela foi infectada por um vírus e chegou a ter uma parada respiratória. Passou 15 dias internada até sua melhora. Esse também foi um dos principais motivos para a mãe tomar a iniciativa de ontem. “Cecília ficou mal e até parou de respirar naquela época. Assim, eu comecei a entender a necessidade do outro quando eu me vi no hospital com uma criança doente. Deus deu a vida a ela de novo porque ela viveu novamente, só eu que estava ali sei o que aconteceu”, recordou. 

“Saber que tem mães carentes com crianças no colo doentes, às vezes, no hospital e que não tem o que dar a eles, a gente só passa a entender isso quando a gente é mãe. Minha filha tem tudo, eu tenho condições de dar um presente, eu tenho condições de comprar uma fralda, tem tanta gente que precisa, porque não pedir para as pessoas levar um quilo de alimento. Eu sei que vou estar fazendo o bem. Aquelas crianças vão ficar felizes. Por isso, que eu pensei em fazer desse jeito. Vai ser uma criança doando para outra criança”, explicou Manu. 

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