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A gastroplastia endoscópica, um procedimento não-cirúrgico e menos invasivo do que a cirurgia bariátrica permite diminuir o volume do estômago a partir de suturas internas, realizadas via endoscopia. A pesquisa foi desenvolvida durante o doutorado do cirurgião geral e endoscopista Bruno Sander, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia da UFMG.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que a técnica apresenta eficácia de 87,5% para a perda de peso sustentada. O procedimento é indicado para pacientes com obesidade leve a moderada, com índice de massa corporal (IMC) maior que 30kg/m quadrados. Os pesquisadores da UFMG acompanharam 189 pacientes submetidos à gastroplastia endoscópica no intervalo de 12 a 48 meses após o procedimento, com o objetivo de verificar a eficácia, segurança e durabilidade dos efeitos na prática.  

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Os pacientes submetidos à técnica recebem alta no mesmo dia e podem retornar suas atividades cotidianas em menos de uma semana. Os participantes do estudo registraram perda de peso sustentada, mantida ao longo dos quatro anos analisados, superior a 20% do peso corporal inicial. Os resultados mostraram que a manutenção das suturas está diretamente relacionada ao acompanhamento nutricional, que  favorece uma alimentação balanceada e evita o excesso de pressão dentro do estômago. 

 

O julgamento do médico Gustavo Menelau, acusado de homicídio culposo devido à morte pós-operatória da empresária Fernanda Nóbrega depois de uma cirurgia para redução do estômago, será retomado na próxima sexta (23). O inquérito, apresentado em dezembro de 2013, acusa o médico de negligência por não ter assistido a paciente depois de um segundo procedimento cirúrgico, consequência da redução de estômago. 

Uma primeira audiência de instrução processual já foi realizada no último dia 9, realizada pela 7ª Vara Criminal do Recife. Durante a sessão, que durou cerca de oito horas, foram ouvidas seis testemunhas de acusação. Na audiência desta sexta (23), segundo o advogado Érik Gondim, também serão ouvidas mais testemunhas do caso e um haverá um possível interrogatório do réu, caso o tempo de duração da audiência não seja estendido. A sessão será realizada no Fórum Joana Bezerra, área central do Recife. 

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ENTENDA O CASO – Fernanda Patrícia Nóbrega, de 26 anos, faleceu em 2 de novembro de 2013, vítima de uma tromboembolia pulmonar. A paciente foi submetida a uma gastroplastia no dia 29 de outubro, cirurgia popularmente conhecida como redução de estômago, e alegou sentir dores e ter crises de vômito após o procedimento médico, feito no Hospital Unimed II, no Recife. Gustavo Menelau também responde a um Processo Ético Profissional no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). 

Os familiares e amigos da empresária Fernanda Nóbrega, que morreu após passar por uma cirurgia bariátrica, realizaram nesta quarta-feira (29) um protesto pacífico em frente ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Os parentes pediram justiça e uma resposta mais rápida do órgão.

“Fizemos uma denúncia formal ao Conselho e hoje vamos entregar um abaixo-assinado que realizamos na internet e por papel”, disse a tia de Fernanda, Rosineide Oliveira. O documento reuniu 3078 assinaturas, de amigos, parentes e até pessoas que se comoveram com o caso.

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O advogado que defende a família de Fernanda, Antônio Machado Neto, contou que enquanto o relatório criminal não sair, os parentes querem fazer um alerta a população. “O processo está em sigilo, enquanto não sai o relatório, eles só querem pensar em Fernanda e alertar a população”, disse.

Andrea Nóbrega, irmã da Fernanda, acredita que o interesse da resposta está atingindo a sociedade pela quantidade de pessoas que estão no abaixo-assinado. “Pedi ao Cremepe uma resposta rápida, para que outras famílias não passem por isso. Acho que a sociedade está esperando uma resposta o mais breve possível, tanto é que recebemos mais de 3 mil assinaturas”, disse a enfermeira.

O Conselho divulgou uma nota através de sua assessoria sobre o caso. O órgão afirma que abriu uma sindicância para apurar o caso da morte da empresária. Confira a nota na íntegra:

“O Conselho Regional de Pernambuco (Cremepe) informa que abriu uma sindicância “ex officio”, em novembro, para apurar o caso da morte da empresária, Fernanda Nóbrega, após se submeter a uma cirurgia de redução de estômago. Após instaurada a sindicância, o prazo mínimo é de 60 dias, prorrogáveis por igual período. Neste processo, também foi anexada a denúncia dos familiares feita em 2 de dezembro de 2013, além de documentos relacionados ao caso.

A sindicância está em tramitação aguardando relatório final do conselho sindicante para ser apreciado em sessão de câmara da sindicância que concluirá sobre a existência ou não de indícios de infração ética por parte do profissional.”

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