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Três dias depois da divulgação da delação premiada do diretor da JBS Ricardo Saud, na qual o empresário declara que negociou propina na campanha de 2014 com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife Geraldo Julio, um ato público para anunciar a reforma no Centro de Esportivo Santos Dumont virou um evento político em defesa de ambos. Não à toa, na cerimônia, realizada nesta segunda-feira (22), no Palácio do Campos da Princesas, todo o secretariado estadual estava presente.

Após falar sobre as melhorias no centro esportivo, o governador Paulo Câmara se antecipou e já discursou sobre as denúncias. "Minha campanha não recebeu recursos da JBS. Nem a minha campanha nem o PSB estadual receberam nenhum centavo dessa empresa. As doações que  a JBS fez foi ao PSB nacional, que as registrou. O próprio delator foi muito textual ao dizer que a doação ao PSB nacional ocorreu sem nenhuma contrapartida e sem nenhum benefício", afirmou.

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Câmara aproveitou ainda para ressaltar o fato de que nem ele, nem o prefeito foram citados na petição requerida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acatada pelo ministro Edson Fachin. "Na análise dos documentos que foram apresentados, tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo Supremo Tribunal Federal, não há menção ao meu nome nem ao de Geraldo Julio e nem Eduardo Campos. Por fim, quero dizer que estou indignado, mas não vou abaixar a cabeça. Eu tenho um compromisso de trabalhar por Pernambuco e vou continuar trabalhando. Sou um servidor público, vivo do meu salário e só tenho dois patrimônios: minha família e meu nome, e ninguém vai manchá-lo", desabafou.

Já na coletiva de imprensa, o governador detalhou a informação de que teria negociado as contribuições pessoalmente, afirmando, porém, que a JBS não quis apoiá-lo. "Como candidato em 2014, eu tive encontros com várias empresas doadoras de campanha. Tive encontros que resultaram em doações oficiais e tive encontros que não resultaram. No caso da JBS, é verdade que me reuni com representantes onde solicitei contribuição, mas que não veio. Isso fazia parte de como se fazia campanha em 2014. Era permitido por lei e foi feita por todos os candidatos", disse.

O prefeito Geraldo Júlio, em um comentário muito mais breve, reiterou as afirmações do governador. "É uma acusação absurda, inaceitável, que é, inclusive, desmentida pelo próprio depoimento. O próprio acusador diz que não houve nenhuma troca de favores e, se não houve, não há que se falar em propina. Fizemos solicitações legais, doações conformes a lei e não chegou recurso aqui. Tudo vai ser devidamente esclarecido", garantiu.

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