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Gilberto Braga foi um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira. No mês em que se completa dois anos da morte do autor, o Globoplay resgatou no Projeto Originalidade os clássicos Escrava Isaura e Pátria Minha. Nesta segunda-feira (9), o serviço de streaming disponibilizou em seu catálogo a novela Pátria Minha.

Exibida em 1994, a trama discutiu assuntos que sempre estão em movimento na sociedade como questões éticas e morais. No elenco, o folhetim reuniu nomes como Cláudia Abreu, Fabio Assunção, Tarcísio Meira, Vera Fischer, Eva Wilma, Kadu Moliterno, Patrícia Pillar, Rodrigo Santoro, José Mayer e Renata Sorrah. A direção geral foi assinada por Dennis Carvalho.

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Já no próximo dia 23, a plataforma irá presentear seus assinantes com Escrava Isaura. Escrita por Gilberto Braga, em 1976, a novela inspirada no livro homônimo de Bernardo Guimarães narrou a luta de Isaura pela sua liberdade. Na história, uma paixão doentia de Leôncio causa sofrimento na escrava. Sucesso em mais de 100 país, a obra contou com o talento de Lucélia Santos, Rubens de Falco, Edwin Luisi, Léa Garcia, entre outros astros.

No final de outubro, o universo da teledraturgia perdeu o autor Gilberto Braga. Há mais de 40 anos, ele encantava o público de casa com novelas de tirar o fôlego, reunindo histórias que sempre deram o que falar. Afiado, o escritor brasileiro mostrava a cada trabalho papéis que tinham o dom de repercutir na sociedade. O LeiaJá selecionou cinco personagens icônicos que marcaram as tramas desenvolvidas por Gilberto Braga.

Isaura

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Na década de 1970, Gilberto Braga emocionou os telespectadores com a novela Escrava Isaura. A trama protagonizada por Lucélia Santos abordava a história de Isaura, uma escrava branca que passava maus bocados nas mãos de Leôncio (Rubens de Falco).

Odete Roitman

Considerada pelos críticos a melhor novela de Gilberto Braga, Vale Tudo tornou-se imortal por retratar um Brasil corrupto e preocupante. Destacando grandes atuações, a trama de 1988 caiu no gosto popular com o vilania sarcástica da poderosa Odete Rotiman. Interpretada pela saudosa Beatriz Segall, a personagem deixou muita gente grudada em frente à televisão nas vezes que promovia um embate. Nos capítulos finais da obra, os telespectadores ficaram em êxtase para descobrir o seguinte mistério: quem matou Odete Roitman? Na época, o país parou para ver a identidade do assassino da empresária. Leila, vivida por Cássia Kiss, foi a responsável de ter matado Odete.

Felipe Barreto

Em 1991, a Globo teve dor de cabeça com a exibição de O Dono do Mundo. Com um elenco estelar, como Malu Mader, Gloria Pires, Stênio Garcia, Fernanda Montenegro e Letícia Sabatella, a trama de Gilberto Braga foi considerada na época como uma 'obra pesada' para o horário. Apesar de tudo, a novela continua no imaginário de muitas pessoas, devido ao personagem Felipe Barreto, defendido na época pelo ator Antônio Fagundes. O famoso cirurgião plástico não media esforços para conseguir seus objetivos, principalmente quando colocou na cabeça em levar para a cama a mulher de seu funcionário.

Maria Clara e Laura

Em 2003, a Globo viu sua audiência no topo com a novela Celebridade. Abordando os sabores e dores da fama, Gilberto Braga fez a alegria do público com a criação de diálogos interessantes. Além das colaborações de grandes atores, a trama ressaltou o talento das atrizes Malu Mader e Cláudia Abreu. Vivendo as rivais Maria Clara e Laura, as personagens promoveram encontros sensacionais. A cena na qual as duas brigam em um banheiro é, até hoje, um marco na história da teledramaturgia.

Bebel

Atualmente reprisada no Canal Viva, Paraíso Tropical é aquele tipo de novela que não dá para deixar cair no esquecimento. Gilberto Braga elaborou papéis de deixar qualquer pessoa reverenciando suas ideias, mas a novela de 2007 sobressaiu com a entrega avassaladora de Camila Pitanga. A garota de programa Bebel mostrou-se no início da trama uma pessoa sem caráter, porém, teve jogo de cintura para trilhar a espontaneidade do humor. Vivendo uma relação tórrida com Olavo (Wagner Moura), a personagem de Camila levava os telespectadores às gargalhadas quando tentava se dar bem.

Fotos: Reprodução/TV Globo

Nessa terça-feira (26), morreu Gilberto Braga. O autor de novelas não resistiu a uma infecção sistêmica contraída após a perfuração do esófago. Ele tinha 76 anos. Após a morte dele ser divulgada, diversas pessoas usaram as redes sociais para prestar homenagens. Gloria Pires foi uma delas. Em uma publicação no Instagram, a atriz exaltou o legado do escritor e amigo.

"Gilberto Braga é o pai da nova telenovela; ele trouxe oxigênio para o gênero, com humor crítico e as melhores cenas dramáticas já escritas. A minha carreira está pontuada pelos incríveis presentes que ele me deu. Obrigada, querido. Guardo com muito amor e gratidão tudo que vivemos nesses anos todos de profissão e amizade", escreveu ela.

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A parceria de Gloria e Gilberto Braga vem desde a década de 1970, quando ela interpretou em Dancin' Days a personagem Marisa. Depois do sucesso da Globo, Gloria Pires participou de outras tramas escritas por Gilberto como Água Viva, Vale Tudo, O Dono do Mundo, Paraíso Tropical e Insensato Coração. O último encontro dos dois na ficção foi em Babilônia, folhetim exibido em 2015.

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A novela 'Feira de Vaidades' estava certa para marcar o retorno de Gilberto Braga à programação da TV Globo. De acordo com informações da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a emissora carioca decidiu cancelar a trama do autor, que estava com cerca de 80 capítulos já escritos. Com essa mudança, ele vai desenvolver uma história que será encaixada no horário nobre.

O projeto arquivado, que teria direção de Dennis Carvalho, havia começado a escalar nomes para integrar o elenco. O ator Cassio Gabus Mendes, com quem Gilberto já trabalhou, era um dos nomes para interpretar um personagem de destaque. A ideia da trama era baseada em 'Vanity Fair', de 1848, romance do indiano William Makepeace Thackeray. Todo o enredo foi adaptado para a década de 1920, mostrando o Rio de Janeiro como ambiente.

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Gilberto Braga coleciona ao longo de sua carreira na teledramaturgia grandes trabalhos. Cravados em seu currículo estão sucessos como 'Escrava Isaura', 'Dona Xepa', 'Dancin' Days', 'Água Viva', 'Brilhante', 'Louco Amor', 'Corpo a Corpo', 'Vale Tudo', 'O Dono do Mundo', 'Pátria Minha', 'Força de Um Desejo', 'Celebridade', 'Paraíso Tropical' e 'Insensato Coração'.

Outro cancelamento

A TV Globo, aproveitando o cancelamento do folhetim de Gilberto Braga, também optou em deixar engavetada a temporada de 'Malhação: Transformação'. Escrita por Priscila Steinman e Marcia Prates, a novelinha teen não tem mais chance de ser produzida. As autoras chegaram a entregar os textos no final de 2020, mas nada foi adiante. Estava tudo certo para as gravações serem iniciadas em março do ano passado, mas o agravamento da pandemia da Covid-19 acabou dificultando os planos.

Em maio de 1989, o programa "Domingão do Faustão" realizou um concurso para revelar a mais nova atriz que iria ganhar um papel na novela "Top Model", dirigida por Ricardo Waddington. Aprovada no teste, e concorrendo com Lisandra Souto para a mesma personagem, Adriana Esteves não parou mais. Disputada para estar em grandiosas produções, a atriz conquistou o público pelas atuações, mesmo trabalhando na concorrência.

 Contracenando com Joana Fomm e Irene Ravache em "Razão de Viver", trama exibida em 1996 no SBT, Adriana protagonizou a batalhadora Zilda. No ano seguinte, a esposa do ator Vladimir Brichta retornou à TV Globo em "A Indomada", assinada por Aguinaldo Silva, na pele da justiceira Helena. Mas nem só de bondade vivem os atores na teledramaturgia, onde os amores clichês passam o bastão para as desavenças e barracos.

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Seguindo os caminhos da maldade na ficção, Drica, como é carinhosamente chamada pelos colegas nos bastidores, coleciona vilãs inesquecíveis. Entre 1998 e 1999, os telespectadores acompanharam os planos maquiavélicos de Sandrinha. A partir daí, escritores e diretores passaram a disputar o talento de Adriana para as futuras tramas.

No ar em "Segundo Sol" como a cafetina Laureta, a atriz vem recebendo elogios, de crítica e público, pela sua interpretação. De Nazaré Tedesco (1ª fase de Senhora do Destino) a Carminha (Avenida Brasil), o LeiaJá listou as antagonistas desprezíveis eternizadas por Adriana Esteves.

Sandrinha - Torre de Babel (1998/1999)

 A garçonete ambiciosa causou ira na obra de Silvio de Abreu. Sonhando em crescer, Sandrinha passava por cima de tudo e todos para ter o seu lugar ao sol. Após se casar com Alexandre (Marcos Palmeiras), mas sem sucesso, a loira 'pintou e bordou'. No final da novela, Sandrinha foi a responsável por ter explodido o shopping da família do ex-marido.

 

Amelinha – Coração de Estudante (2002)

Mimada pelo poderoso João Mourão, Amelinha aprontou muito. Determinada a ter Edu (Fábio Assunção) para sempre ao seu lado, a personagem de Adriana Esteves caiu na graça do povo. Apesar de ser má, Amelinha era bem-humorada. Sempre humilhando a irmã caçula, a moça terminou a novela nos braços do peão Nélio (Vladimir Brichta), mesmo ela colocando terror nos 185 capítulos.

 

Nazaré Tedesco – Senhora do Destino (2004/2005)

A primeira fase de "Senhora do Destino", de cara, foi marcada por emoção e revolta. Na pele de uma falsa enfermeira, Nazaré Tedesco, imortalizada na segunda parte da novela por Renata Sorrah, roubou Lindalva dos braços de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann/Susana Vieira). A passagem de Adriana no folhetim de Aguinaldo Silva foi rápida, mas marcante.

 

Carminha - Avenida Brasil (2012)

"Me serve, vadia, me serve". O que dizer dessa frase no texto de Débora Falabella referindo-se à Carminha no início da sua vingança? Abandonando Nina – ainda criança - no lixão de Mãe Lucinda (Vera Holtz), Carminha foi além. Ela mentiu sobre a paternidade dos filhos, traía Tufão (Murilo Benício) com Max (Marcello Novaes) e colocou o Andaraí de cabeça para baixo com as suas armações. O resultado da personagem rendeu para Adriana prêmios, como o de melhor atriz pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Sucesso dentro e fora do Brasil, Adriana Esteves marcou a história da teledramaturgia com a sua atuação.

 

Inês – Babilônia (2015)

Antes de ir ao ar, a novela de Gilberto Braga fez os noveleiros aguardarem com ansiedade uma história que iria revolucionar a TV brasileira. Substituindo "A Regra do Jogo", "Babilônia" reuniu Adriana Esteves e Glória Pires para o 'núcleo mau'. A novela não agradou ao público, mas a atriz honrou seu compromisso até o final interpretando a invejosa Inês. Mesmo com toda as atitudes que uma vilã tem em cena, a personagem gerou inúmeras polêmicas, mas foi engolida pelo fracasso da audiência no horário nobre.

 

Laureta - Segundo Sol (2018)

Em 2018, após seis anos, Adriana Esteves sela novamente sua parceria com João Emanuel Carneiro, o mesmo autor de "Avenida Brasil". Proporcionando risos e 'ranços' entre os telespectadores, Laureta é totalmente desvinculada de Carminha. Ardilosa, a cafetina é fria, espantosa... e engraçada. O tom que Adriana Esteves colocou na personagem, que vai de chantagens até assassinatos, certifica o seu cuidado e respeito com a arte.

*Fotos: Reprodução/TV Globo

Após 'Senhora do Destino', a novela 'Celebridade' é a próxima a ser reexibida no Vale a Pena Ver de Novo. A trama é uma das mais pedidas pelos telespectadores, mas a Globo hesitava em reprisá-la por ser pesada demais para o horário da tarde. Segundo o Notícias da TV, o folhetim de Gilberto Braga costumava constar em uma lista de títulos “proibidos” para serem exibidos novamente, ao lado de 'Avenida Brasil' e 'Passione', por exemplo.

Para colocar no ar a história da rivalidade entre Maria Clara (Malu Mader) e Lara (Cláudia Abreu), e da busca das manicures Darlene (Deborah Secco) e Jaqueline Joy (Juliana Paes) pela fama, a emissora terá que editar algumas falas da novela, que continham muitos palavrões e linguagem chula. Nos ajustes, terá ainda que cortar os momentos de violência e nudez, como quando Juliana Paes aparece com os seios de fora, além das cenas de sexo entre outros personagens.

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Na época de sua exibição original, em 2003, a novela chegou a enfrentar problemas com o Ministério Público por ser exibida às 18h no Acre e antes das 21h no Nordeste, graças ao horário de verão. O órgão do governo classificou a produção como imprópria para menores de 14 anos, faixa etária proibida para o horário em que passava nessas regiões. Atualmente, a classificação indicativa não é mais necessariamente restringida a determinadas horas de exibição, o que libera a reprise de Celebridade e outras novelas mais pesadas. 

Nesta sexta (28), vai ao ar o capítulo final da novela Babilônia. Escrita por Gilberto Braga, o folhetim estreou de forma eletrizante criando no público a expectativa de estar diante de mais um grande sucesso do horário nobre. Porém, o que se viu em seguida foi o declínio da produção e a novela marcou os piores índices de audiência para a faixa das 21h na história da Rede Globo. 

'Babilônia': entre o amor e o ódio do público

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'A regra do jogo': dilemas para o horário nobre

O autor e todo o elenco tiveram de se mobilizar para reestruturar a novela. As mudanças foram da abertura da atração ao destino de alguns personagens. Ao todo, 40 capítulos foram reescritos na tentativa de sanar a rejeição do público a alguns temas, mas, apesar de todos os esforços, os números não alavancaram e até mesmo I Love paraisópolis, exibida no horário das 19h, conseguiu fazer marcas melhores. Confira cinco motivos pelos quais Babilônia não emplacou.

1 - Beijo gay

Logo no primeiro capítulo, as personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg protagonizaram um beijo na boca. Foi  apenas um 'selinho' mas o suficiente para fazer barulho nas redes sociais e em segmentos mais conservadores da sociedade. A novela chegou a ser debatida por políticos da bancada religiosa, que tentaram promover um boicote à atração. A partir de então, o casal Teresa e Estela passaram a ser vistas em cenas mais sutis, sem beijos e referências mais discretas a seu relacionamento.

2 - Sexo 

Também no início de Babilônia, a personagem de Glória Pires, Beatriz, apareceu em duas cenas de sexo com dois homens diferentes no mesmo capítulo. Beatriz teve vários parceiros ao longo da novela e apresentava uma pesonalidade bastante desprendida e sexualmente livre. O público estranhou e o autor acabou diminuindo esse tipo de cena.

3 - Violência

Mesmo antes de ir ao ar, já era possível notar que Babilônia pesaria na violência através das propagandas que anunciavam a atração. A trama começou com um atropelamento e um assassinato, sem contar no emaranhado de chantagens e promessas de vinganças. Até a abertura da novela era bastante escura e sombria no princípio, o que mostrava o 'peso' da história. Após as mudanças para salvar a audiência, tanto a abertura quanto as cenas mais violentas tiveram outro enfoque e ficaram mais leves.

4 - Desencontro na trama

O enredo de Babilônia sofreu um pequeno desencontro nos capítulos iniciais. Beatriz (Glória Pires) e Inês (Adriana Esteves), antes apresentadas como rivais, viraram aliadas e passaram a tramar juntas determinadas situações. O público notou e não aprovou a mudança de rumo das duas personagens e Gilberto Braga voltou a colocá-las em lados opostos. 

5 -  A mocinha gerou certa antipatia

A personagem principal, Regina, vivida pela atriz Camila Pitanga, foi a 'mocinha' batalhadora que lutava pela família humilde e por justiça pela morte de seu pai. Apesar de apresentar todos os pré-requisitos para cair no gosto dos telespectadores, ela acabou sofrendo uma certa rejeição pelo temperamento explosivo, sempre 'do contra' e um pouco histérico. Com o desenrolar da trama, Regina acabou conquistando uma situação melhor na vida após mudar de trabalho e adotou uma postura mais refinada. O tom também baixou e a personagem ficou completamente repaginada.

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Em meados de março deste ano, uma nova novela das 21h, na Rede Globo, chegou aos lares brasileiros prometendo ser mais um grande sucesso do horário nobre. Com texto de Gilberto Braga, elenco de peso (Glória Pires, Camila Pitanga e Adriana Esteves, entre outros) e trama recheada de vingança, superação e temas da atualidade como homossexualidade e racismo, Babilônia foi ao ar no dia 16 de março sem medo de ousar, já que logo no capítulo inicial houve cenas de sexo, assassinato e um beijo gay protagonizado pelas personagens de Fernanda Montenergo e Nathalia Timberg.

Porém, o pique dos primeiros capítulos foi logo derrubado pela rejeição do público. Babilônia não conseguiu superar os bons índices  de sua antecessora, Império, que fez boas marcas para o horário. Muito pelo contrário, a novela já é dona das piores marcas de audiência da faixa e por diversas vezes chega a ser batida pela novela das 19h, I Love Paraisópolis. A direção da Globo tratou logo de fazer ajustes na atração para tentar reverter o quadro. A abertura ficou mais clara e leve, personagens que seriam homossexuais na trama tiveram seus 'destinos' modificados e 40 capítulos tiveram de ser reescritos para adequar o folhetim aos gostos dos espectadores.   

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O autor Gilberto Braga declarou, em entrevista para O Globo, que tem dado muito trabalho recriar Babilônia, mas que não se incomoda em mudar o roteiro já que ele gosta de fazer sucesso e agradar ao público é fundamental para isso. O escritor também acredita que a rejeição à trama se deu por conta do excesso de cenas de sexo e pelo relacionamento homossexual de Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro). As personagens chegaram a mobilizar as redes sociais com pedidos de boicote à novela levantados por parcela do público evangélico e até políticos se pronunciaram a respeito. Para Braga, o Brasil está mais careta e não consegue aceitar determinadas temáticas. 

Para a fotógrafa Bárbara Conceição, a tentativa da novela em levantar uma reflexão acerca dos novos modelos de família, por exemplo, é válida. Mas ela observa falhas no enredo que acabam por atrapalhar a intenção do autor: "É como levantar o debate e não ser capaz de mantê-lo", diz. Na opinião de Bárbara, estes temas mais polêmicos não estão sendo abordados da maneira mais adequada: "Já vi algumas boas conversas entre Regina (Camila Pitanga) com sua filha sobre respeito, empoderamento... Mas, ao mesmo tempo, repare como a moça mudou ao longo da trama. Bastou começar a namorar um rapaz da beira mar, branco e classe média, as roupas (dela) aumentaram no comprimento". 

Nas redes sociais pode-se ver o quanto o público ainda está dividido em relação à Babilônia. Em alguns perfis sobre a novela, criados por fãs no Facebook, os comentários são bastante numerosos, ora positivos, ora negativos. Algumas cenas também ganham compartilhamentos, entre elas uma das mencionadas pela fotógrafa Bárbara, na qual Regina (Camila Pitanga) conversa sobre racismo com sua filha. O post da página Empodere duas Mulheres que publicou esta passagem da trama teve mais de 420 compartilhamentos e mais de 1.800 curtidas. Nos comentários, frases como: "Que cena poderosa! Que bom que passam coisas boas nas novelas também", da internauta Júlia Carolina e "Me vi nessa cena. Chorei muito. Representatividade importa", de Deborah Souza. 

Perto do fim

Babilônia tem ainda pouco mais de um mês para recuperar-se ou sucumbir de vez. No dia 31 de agosto estreia A regra do jogo, novela de João Emanuel Carneiro, que substituirá o folhetim de Gilberto Braga. Curiosamente, o início de A regra do jogo foi antecipado em quase dois meses. No elenco estarão Vanessa Giácomo, Alexandre Nero, Marco Pigossi, Giovanna Antonelli, Tony Ramos, Cauã Reymond, Marjorie Estiano, Carolina Dieckmann e Mariana Ximenes, entre outros. Caberá a este time, dirigido por Amora Mautner, reanimar o horário nobre da TV Globo. 

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