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O jornalista venezuelano Leopoldo Castillo, um veterano e duro crítico do governo chavista, anunciou nesta sexta-feira sua saída do canal Globovisión e o fim do programa "Aló Ciudadano", que, durante 12 anos, foi um "espaço de combate aos abusos do poder".

"Vou sem tristeza na alma, sem nenhum sabor amargo em minha boca", disse Castillo, que há três meses, quando o canal foi vendido, havia anunciado que se aposentaria por motivos de saúde.

Castillo agradeceu o apoio dos colegas de trabalho.

"Somos de combate, aqui enfrentamos os abusos do poder e tínhamos que fazê-lo porque a mídia tem que ser crítica, porque deve recolher a emoção, a esperança, a ilusão daqueles que não têm acesso aos meios de comunicação", afirmou.

Com a música "My way" ao fundo, o veterano jornalista, que no programa de três horas - de segunda-feira a sexta-feira - recebia ligações dos cidadãos, que denunciavam vários problemas, estimulou os telespectadores a prosseguirem com o trabalho.

A Globovisión, que até maio pertencia à família Zuloaga, ferrenha opositora do chavismo e que acumulou sanções e processos, foi adquirida por um grupo de investidores.

Opositores do governo afirmam que os novos proprietários são ligados a a altas figuras do poder, o que teria provocado uma mudança editorial.

O governo acusa a Globovisión e outros meios de comunicação privados de terem promovido do breve golpe de estado contra Hugo Chávez em abril de 2002.

O canal é transmitido por sinal aberto em Caracas e na cidade de Valencia e pela TV a cabo no restante do país.

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A Globovisión, emissora de televisão que assume uma postura crítica ao governo de Hugo Chávez, será vendida depois das eleições presidenciais de 14 de abril e que elegerá o sucessor de Hugo Chávez. A motivação da venda é a perseguição política, legal e econômica, sofrida pela emissora, como afirma o consultor jurídico da rede, Ricardo Antela.

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O governo de Chávez, por sua vez, acusava a Globovisión de terrorismo midiático. Cerca de 80% do canal está dividido entre duas famílias, enquanto os outros 20% foram confiscados pelo governo há três anos.

O canal de televisão venezuelano Globovisión, que faz críticas do presidente Hugo Chávez, acusou o governo de exclui-lo do novo sistema de televisão digital e afirmou que a ação pode fazer com que a emissora deixe de ser um canal aberto.

O Globovisión é o único canal de televisão remanescente no país que critica o governo. O canal disse em comunicado que foi "arbitrariamente excluído" do sistema de televisão digital, embora tenha tomado as medidas para sua inclusão durante reuniões que as autoridades realizaram para lançar o projeto.

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O vice-presidente Nicolás Maduro anunciou o lançamento do sistema de televisão digital na quarta-feira e disse que os canais estatais participarão do sistema, assim como as emissoras privadas Venevision, Meridiano e Televen. Maduro e outras autoridades não falaram da reclamação apresentada pela Globovisión.

Maduro declarou que o sistema digital gratuito é parte dos esforços do governo na direção do "socialismo comunicacional e cultural". Ele disse também, sem detalhamentos, que a mudança vai ajudar a controlar conteúdos que "tem promovido a pornografia, drogas, prostituição e o uso de armas".

A Globovisión está em confronto com o governo Chávez há muito tempo. Nos últimos anos o Conselho Nacional de Telecomunicações abriu oito investigações contra a emissora.

No mês passado, a agência ordenou que o canal parasse de levar ao ar anúncios que questionavam a legalidade do adiamento da posse de Chávez, enquanto ele se tratava de um câncer em Cuba.

Em junho, a Globovisión pagou uma multa de mais de US$ 2 milhões imposta por reguladores numa outra investigação. Grupos de direitos humanos pediram ao governo que suspenda tais medidas contra a emissora.

A Globovisión disse que o fato de o governo ter decidido eliminar o antigo sistema analógico, usado atualmente, forçará o canal a "interromper suas transmissões" abertas e limitar sua programação ao sistema fechado. As autoridades ainda não divulgaram a data na qual o sistema analógico deixará de funcionar na Venezuela. As informações são da Associated Press.

Grupos de direitos humanos estão condenando uma ordem da agência de comunicações da Venezuela para que um canal de televisão pare de mostrar vídeos que questionam a legalidade do adiamento da posse do presidente Hugo Chávez.

As organizações Human Rights Watch e Repórteres sem Fronteiras criticaram as ações do governo venezuelano contra o Globovision, único canal antichavista.

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A Human Rights Watch afirmou em um comunicado neste sábado que o governo venezuelano está tentando censurar discussões públicas sérias e intimidar seus críticos.

O Globovision mostrou vídeos nos quais reprisava declarações de Chávez, do vice-presidente, Nicolas Maduro, e do advogado geral da Venezuela.

Nos vídeos, o canal questionou a constitucionalidade de adiar a posse do presidente para um novo mandato, prevista para o dia 10 de janeiro, enquanto Chávez continua em Cuba mais de um mês depois de ser submetido a uma cirurgia de câncer. A oposição também se mostrou contrária ao adiamento, mas a Suprema Corte do país decidiu que Chávez pode ser empossado mais tarde.

O Conselho Nacional de Telecomunicações abriu na última quarta-feira uma investigação sobre as proibições impostas ao Globovision. Pedro Maldonado, o diretor da agência, disse que o canal manipulou informação e que era ilegal que canais de televisão mostrassem programação que "gera ansiedade nos cidadãos ou perturbem a ordem pública".

Essa é a oitava investigação desse tipo que a agência regulatória abriu contra o Globovision nos últimos anos. Maldonado disse que o canal de notícias poderá enfrentar proibições, incluindo um fechamento por 72 horas, ou multa de até 10% de sua renda anual bruta. As informações são da Associated Press.

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