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O renomado diretor de cinema iraniano Jafar Panahi, preso por quase sete meses no Irã, foi solto sob fiança – anunciaram uma ONG e um jornal iraniano nesta sexta-feira (3).

Panahi, cujos filmes ganharam prêmios em vários festivais de cinema europeus, foi libertado "dois dias depois de iniciar uma greve de fome", tuitou a ONG Centro para os Direitos Humanos no Irã, com sede em Nova York, enquanto o jornal iraniano Shargh publicou uma foto do cineasta abraçando um de seus apoiadores, ao deixar a prisão de Evin, em Teerã.

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"Panahi foi libertado temporariamente da prisão de Evin graças aos esforços de sua família, advogados respeitados e representantes do cinema", informou a Casa de Cinema Iraniano, que reúne profissionais da indústria.

Na última quarta-feira (1º), a esposa do cineasta divulgou um comunicado informando sobre sua greve de fome.

"Vou continuar neste estado até que, talvez, meu corpo sem vida seja libertado da prisão", anunciou.

O diretor de 62 anos foi detido no dia 11 de julho e deveria cumprir uma pena de seis anos de prisão, anunciada em 2010, quando foi condenado por fazer "propaganda contra o sistema".

Um dos cineastas mais prestigiados de seu país, Panahi ganhou um Leão de Ouro na Mostra de Veneza pelo filme "O Círculo" (2000) e um Urso de Ouro em Berlim por "Taxi Teerã" (2015).

"É extraordinário, um alívio, uma total alegria", disse à AFP a produtora francesa Michèle Halberstadt, que trabalha na distribuição de seus filmes.

"Sua próxima luta é reconhecer oficialmente a anulação de sua pena. Está fora, está livre e isso é algo incrível", acrescentou.

Diversas personalidades da indústria cinematográfica e da cultura foram presas no Irã, um marco da repressão mediante os protestos desencadeados após a morte da jovem curda Mahsa Amini, em setembro de 2022.

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