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O secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou nesta quinta-feira, 30, que a polícia investiga a ligação entre os incêndios de ônibus registrados em São Paulo. Em visita a Campinas, ele anunciou a ampliação do reforço de policiamento em uma terceira região da capital, na zona leste, onde outro ônibus foi atacado na noite de quarta.

"Vamos chegar ao esclarecimento desses fatos. Não são fatos que aparentam ser isolados. São motivos aparentemente diferentes, ora por morte de fulano, ora por falta de luz, por enchentes. Mas nós acreditamos que uma outra linha de investigação deve ser perseguida e isso que estamos fazendo", afirmou Grella, ao confirmar a suspeita de ações coordenadas.

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Questionado sobre as declarações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de que a responsabilidade sobre a segurança pública é do governo do Estado, o secretário de Segurança criticou a politização do assunto.

"Ver as coisa sobre esse enfoque é uma coisa muita pequena. O problema é muito mais sério do que querer atribuir, sob o aspecto político, a responsabilidade sobre esses eventos a um segmento", afirmou Grella.

Ele disse que em uma reunião, na noite de quarta com a cúpula das polícias, foi definido um plano que já começou a ser implantado. "Em razão dessas ações já foi possível a prisão de 16 pessoas na terça-feira e ontem", disse o secretário.

Parte do plano é o reforço de policiamento ostensivo em áreas mais problemáticas. "Intensificamos o policiamento preventivo em duas regiões críticas de São Paulo e hoje em uma terceira em razão do episódio de ontem."

O reforço será nas regiões do João 23 (zona Oeste), do Jardim Ângela (zona sul) e do Lageado (zona Leste). Grella, porém, não detalhou quantos homens serão usados nem se outras equipes serão mobilizadas. "Vamos garantir a circulação do ônibus."

A prisão de Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, suspeito de matar o garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5, durante um assalto na madrugada de sexta-feira, 28, continua sendo uma prioridade para a polícia paulista. "Vamos capturar esse assassino", afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, na manhã desta quarta-feira, 3. O corpo do garoto foi enterrado nessa terça-feira, 2, na Bolívia.

Segundo Grella, investigadores estiveram em 30 locais à procura do suspeito na terça. Três acusados do crime estão presos.

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Brayan foi morto em um assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo. A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, disse que o filho, chorando, pediu aos criminosos para "não morrer", mas levou um tiro na cabeça. A família estava havia seis meses no Brasil - o casal trabalhava em um ateliê de costura.

Uma rede de solidariedade se formou em torno da família após o crime. Um empresário doou R$ 4,5 mil, valor levado pelos bandidos. Patrícia Vega, advogada que representa a família, afirma que tem recebido ofertas de ajuda de todo o Brasil. Uma conta bancária será aberta para receber as doações, segundo ela.

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