Tópicos | Gripen NG

O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), órgão do Comando da Aeronáutica, recebeu a visita, entre os dias 10 e 12 deste mês, da FLYGI, a autoridade militar de aeronavegabilidade da Suécia. O objetivo foi traçar planos para a certificação dos caças Gripen NG, futuras aeronaves de combate das forças aéreas dos dois países.

O IFI e o FLYGI apresentaram suas regras, regulamentos e formas de trabalho, de modo a permitir o reconhecimento mútuo de atividades relacionadas à certificação e à garantia da qualidade de produtos aeronáuticos. Foram discutidos os tópicos de um acordo bilateral a ser assinado entre as duas instituições.

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“Espera-se que o acordo permita o reconhecimento mútuo das atividades e até trabalhos conjuntos entre o Brasil e a Suécia, tanto durante a certificação e produção, quanto na fase de operação das aeronaves”, explicou o assessor técnico do IFI, Tenente-Coronel José Renato de Araújo Costa. Também estiveram presentes Klas Johnson, diretor da FLYGI, e Magnus Johaness, responsável pela certificação da aeronave Gripen NG na Suécia.

A maior aproximação entre as autoridades militares de certificação dos dois países evitará repetições desnecessárias de atividades. Além disso, o acordo em negociação servirá de base para incorporar a certificação de outros projetos e aquisições, caso futuramente sejam assinados outros contratos de aquisição de aeronaves militares envolvendo as duas nações.

No dia 24 de outubro, o Comando da Aeronáutica assinou com a empresa sueca SAAB o contrato para a aquisição de 36 aeronaves Gripen NG.

Da Força Áerea Brasileira

 

O primeiro-ministro sueco Stefan Löfven afirmou nesta sexta-feira (2) que a venda dos caças Gripen NG para o Brasil deve servir como oportunidade para ampliar os negócios entre os dois países, em outros setores, como energia renovável, mineração, bioeconomia, informática, comunicação e saúde.

A compra pelo Brasil de 36 caças Gripen NG foi anunciada em dezembro de 2013. Após mais de dez anos de discussão, a presidente Dilma Rousseff decidiu pela aquisição dos caças da sueca Saab para a Força Aérea Brasileira (FAB) ao custo de US$ 5,4 bilhões. Foram preteridos os modelos Rafale, da francesa Dassault, e F-18, da americana Boeing.

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Löfven, que foi metalúrgico assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a expectativa é que esse negócio movimente não apenas a indústria de componentes industriais mas também outros segmentos, já que o acordo exige a transferência de tecnologia. O contrato prevê troca de informações técnicas, operacionais e suporte, além de campo de instalação, treinamento e especialização de pilotos.

Sobre detalhes como a forma de pagamento e a entrega dos caças e o interesse brasileiro por mais caças, Löfven afirmou que não tratou com a presidente Dilma, com quem se reuniu pela manhã, porque trata-se de negociações entre a Saab e o Brasil. Ele defendeu, porém, que a operação vai contribuir para a geração de empregos e o desenvolvimento tecnológico no País.

A venda dos caças ao Brasil deu visibilidade ao produto sueco. O Gripen é utilizado atualmente por África do Sul, Tailândia, Hungria e República Tcheca. Eslováquia e Índia demonstraram interesse em adquiri-lo. A operação deve ser essencial para ampliar a venda dos caças para os países mais próximos ao Brasil, como a Argentina. O primeiro-ministro, porém, não confirmou o interesse dos argentinos no produto.

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