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A versão definitiva do edital sobre o 5G, publicado nesta semana pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresentou a segurança jurídica e a modelagem necessárias para atrair um bom número de interessados para o leilão, segundo advogados e associações empresariais ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

Os interessados deverão entregar propostas até 27 de outubro. A abertura dos envelopes será em 4 de novembro, às 10 horas, na sede da Anatel, em Brasília. O leilão tem potencial para movimentar R$ 49,7 bilhões, dos quais R$ 39,1 bilhões são compromissos de investimentos na implementação das redes por parte dos futuros ganhadores do leilão e R$ 10,6 bilhões são outorgas para os cofres públicos.

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As faixas ofertadas - 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ - servirão tanto para ativar o 5G quanto para ampliar o 4G. Todas elas terão blocos regionais, seja em primeira ou em segunda rodada.

Dessa forma, o leilão pavimentou o caminho para atrair mais do que as grandes teles. A expectativa é de adesão também das operadoras de pequeno e médio porte, além de investidores financeiros, seja individualmente ou em consórcios.

Vivo, Claro e TIM estão se preparando para a disputa. A Oi, que vendeu as redes móveis, não anunciou sua estratégia. Entre os provedores regionais, Algar, Brisanet e Bourdeux (fundo de Nelson Tanure, dono de Copel, Sercomtel e Horizons) já falaram que querem entrar, enquanto outras estão pensando, caso de Vero e EbFibra. No campo financeiro, a Highline tem avaliado o investimento.

"Já ouvimos uns dez nomes falando de interesse", conta o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras Competitivas (Telcomp), Luiz Henrique Barbosa. "Agora todos têm um mês para tirar dúvidas e tomar uma decisão. Serão dias de muito trabalho."

Para o advogado Gabriel Gonçalves, sócio do escritório PMCG, a estrutura pensada pela Anatel para a participação tanto das grandes quanto das pequenas empresas ajudará a ampliar a competitividade.

O edital tem mecanismos inovadores, segundo Cristiane Sanches, sócia do escritório Maneira Advogados e conselheira da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint). Um desses pontos, segundo ela, é que o edital permite a entrada de empresas que comprem alguma das faixas para depois ofertá-la no mercado secundário.

"A discussão do edital foi ampla e sólida. Há segurança jurídica dos termos aprovados, mas ainda há pontos que demandarão inovação pelas empresas, vencedoras ou não, nos modelos de negócio e, pela Anatel, quanto ao uso eficiente e compartilhado do espectro", disse.

O advogado Paulo Dantas, sócio de infraestrutura do escritório Castro Barros, acredita que o certame deve atrair essencialmente empresas que já atuam no Brasil. Isso porque o País perdeu o grau de investimento - o que limita aportes de fundos globais. Outro ponto é que o setor de telecomunicações é altamente regulado e demanda muito capital. "Tudo isso é complexo. Então, acho que não teremos muita surpresa. Virão as operadoras que já estão no Brasil e conhecem bem o mercado."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Advocacia-Geral da União (AGU) publicou hoje (17) no Diário Oficial da União portaria em que cria escritórios regionais de dedicação exclusiva ao combate à corrupção, cada um composto por 100 advogados públicos.

Com isso, advogados públicos que atuavam em casos de corrupção espalhados pelas diversas varas do país ficarão agora concentrados nos chamados Grupos Regionais de Atuação Proativa (Graps), atuantes em cada uma das cinco procuradorias regionais da União e com 100 integrantes dedicados exclusivamente ao tema.

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Os Graps terão duas frentes principais de atuação, segundo a AGU: o combate à improbidade administrativa e a recuperação de ativos.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, instituiu Equipes Regionais de Monitoramento Patrimonial e de Garantia do Crédito Tributário (Emop), que serão responsáveis por procedimentos como arrolamento de bens e direitos, representação para pedido de medida cautelar fiscal e monitoramento patrimonial de contribuintes. As atividades das novas equipes terão início em 1º de novembro, para começar logo a reforçar a arrecadação federal.

A decisão está publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU). O documento determina que cabe a essas equipes a gestão e o controle dos seguintes procedimentos: "identificação e consolidação dos créditos tributários dos sujeitos passivos de interesse; identificação dos bens e direitos dos devedores e responsáveis solidários; lavratura e ciência dos termos de arrolamento de bens e direitos; triagem e adoção das providências decorrentes do recebimento de correspondências e de informações do contribuinte, dos órgãos de registro de bens e direitos e do Poder Judiciário; representação para propositura de medida cautelar fiscal, quando cabível; monitoramento patrimonial; e adoção de demais ações com o objetivo de garantir a efetiva realização do crédito tributário".

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Pela portaria, o monitoramento patrimonial, listado entre as atribuições das Emop, consiste no acompanhamento permanente do patrimônio do sujeito passivo e na sua relação com a dívida tributária consolidada para prevenir situações de sonegação fiscal. "Além do aspecto quantitativo, o monitoramento será efetuado de forma qualitativa, a fim de identificar situações em que os bens arrolados ou penhorados não possuam liquidez ou valor real para satisfazer a dívida tributária consolidada", cita o texto.

Os superintendentes da Receita Federal nos Estados têm até 31 de outubro para definir a estrutura e o funcionamento das Emop, no âmbito da respectiva região fiscal.

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