São poucos os entusiastas dispostos a comprar uma GPU de US$ 500 (Nota do Editor: cerca de R$ 2.200 por um modelo da eVGA no Brasil) para seu PC. São necessárias tarefas bem exigentes, como controlar um ou dois imensos monitores de altíssima resolução ou um gosto por qualidade de imagem extrema, para realmente tirar proveito de todo o desempenho que ela pode oferecer: a maioria dos jogos modernos roda bem o bastante em GPUs que custam a metade deste preço.
Mas se você é uma daquelas pessoas para quem “bem o bastante” não é o bastante, então a GeForce GTX 680 é a placa para você. Entre os modelos mais caros no mercado ela leva a coroa com o melhor desempenho, excelentes recursos e uma eficiência energética muito impressionante.
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GeForce GTX 680: a nova rainha entre as placas de vídeo "top"
Com a GeForce GTX 680 a Nvidia traz ao mercado uma nova GPU baseada em uma nova arquitetura, de codinome Kepler. Na verdade ela é similar à arquitetura Fermi usada nas GeForce GTX 580 e 480: a Nvidia pegou os princípios fundamentais da Fermi e os reimplementou com um foco em maior eficiência, especialmente melhor desempenho por watt e por milímetro quadrado. Os chips Kepler são produzidos em um processo de 28 nanômetros, menor que os Fermi de 40 nanômetros usados na GTX 580. Isso significa um menor consumo de energia, maior velocidade de clock e um chip muito mais compacto. De fato, uma GPU Kepler mede apenas 300 mm², muito menor que uma Fermi com 520 mm².
A nova GPU reduz a qualidade de lógica de controle usada em cada grupo de stream processors, sacrificando um pouco de desempenho potencial para computação geral (GPGPU) em troca de melhor desempenho em gráficos 3D. O resultado é um chip com 3 vezes mais stream processors que os Fermi, duas vezes mais unidades de textura e clock de pouco mais de 1 GHz. Há menos back-ends para renderização e um barramento de memória mais estreito, mas ambos são compensados pelo clock mais alto.
O resultado é uma placa de vídeo de US$ 500 que traz desempenho gráfico em igual na indústria e consome muito pouca energia (para uma placa em sua categoria). Ela é tão eficiente neste ponto (288 W sob carga máxima) que o projeto de referência tem apenas dois conectores de força PCIe de seis pinos, enquanto a maioria das GPUs em sua faixa de preço precisa de um conector de seis pinos e um de oito pinos para conseguir energia suficiente.
Consumo de energia em Watts, sob carga máxima. Quanto menor, melhor
A Nvidia também está introduzindo um punhado de novas tecnologias nas GeForce da série 600. GPU Boost é muito similar às tecnologias Turbo Boost e Turbo Core encontradas nos processadores da Intel e AMD - se a placa estiver rodando relativamente “fria” e não estiver consumindo muita energia, ela aumenta automaticamente o clock para conseguir melhor desempenho. A AMD já faz isso com suas GPUs, então é bom ver a Nvidia adotando o mesmo conceito.
Também há uma nova forma de anti-aliasing, chamada TXAA, que deve ajudar a obter bordas mais suaves nos objetos na cena com um menor impacto no desempenho do que em outras formas de anti-aliasing. Nossos testes mostram que ela consegue equilibrar bem qualidade de imagem e desempenho. Adaptive VSync é uma forma de equilibrar o desempenho mais “suave” conseguido com a sincronização vertical da imagem desabilitada e a imagem sem artefatos resultante de tê-la habilitada.
Claro que se você está procurando uma GPU de US$ 500 está mais preocupado com o quão rápida ela é. A boa notícia é que todo este foco na eficiência energética não custou a Nvidia o título de campeã no desempenho. A GeForce GTX 680 consegue superar sua concorrente mais direta, a AMD Radeon HD 7970 (que tem preço similar) na maioria de nossos testes.
Unigine Heaven 2.1: Números em quadros por segundo. Quanto mais, melhor
O melhor desempenho na tesselação ajuda a GPU da Nvidia a brilhar nos benchmarks sintéticos como o Unigine Heaven. A pontuação no 3DMark 11 também é muito impressionante.
3DMark 11: quanto mais pontos, melhor
Quando tiramos a média do desempenho das duas placas em quatro jogos modernos, populares e exigentes (Crysis 2, Just Cause 2, Dirt 3 e Metro 2033) vemos a GTX 680 um pouquinho à frente da Radeon HD 7970. Em alguns jogos ela é um pouco mais rápida, em outros um pouco mais lenta, mas no geral o desempenho é um pouco melhor. Isso com uma placa ligeiramente mais barata (a diferença, em sites de e-commerce nos EUA, fica na casa dos US$ 20 ou US$ 30) e que consome menos energia.
Performance média em jogos, em quadros por segundo (FPS). Quanto mais, melhor
Anteriormente elogiamos a Radeon HD 7970 por seu desempenho extremamente alto e fantástica eficiência energética. Nos meses que se passaram desde seu lançamento a AMD melhorou o desempenho com novos drivers, mas ainda assim a Nvidia GeForce GTX 680 consegue vencê-la em ambos os quesitos, no geral consumindo menos energia e com desempenho ligeiramente melhor.
Junto com recursos como TXAA e Adaptive Vsync, ela é a óbvia vencedora. A série 7000 de GPUs da AMD é baseada em uma arquitetura que é drasticamente diferente das anteriores, e ainda poderemos ver desempenho muito melhor com algumas melhorias nos drivers. Mas neste momento, se você tem US$ 500 para gastar em uma GPU, a GeFOrce GTX 680 é a melhor escolha.