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Após confusão entre torcedores da organizada, jogadores e membros da comissão técnica, além do desabafo do auxiliar técnico do clube alegando cinco meses de salários atrasados, o Náutico comunicou nesta sexta-feira (11) a saída de Guilherme dos Anjos, filho de Hélio e seu auxiliar. 

Guilherme comandou a equipe em diversas oportunidades enquanto Hélio esteve suspenso, inclusive na partida da última quarta-feira (9) contra o Retrô, onde o Náutico saiu derrotado e gerou uma confusão entre torcida e jogadores.

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Nessa quinta (10), Guilherme postou um desabafo nas redes sociais e revelou problemas administrativos, incluindo meses de salário atrasado, falta de 13º salário, férias e FGTS. “Nunca vou aceitar nada disso com tranquilidade, nunca serei conivente. Isso precisa acabar. Vou lutar sempre por essa mudança”, disse.

O clube desejou sorte a Guilherme em projetos futuros e não deixou clara a situação de Hélio. Em suas redes sociais, o treinador alvirrubro, após a nota do clube, fez uma publicação misteriosa que deixa em xeque sua continuidade no comando técnico da equipe. “Minha palavra não tem curva, não negocio falsidade. Pela minha honra vou até as últimas consequências. Minha maior riqueza é minha família e esse nome: Hélio Cézar Pinto dos Anjos”, escreveu.

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O Náutico saiu derrotado na noite dessa quarta-feira (9), no jogo diante o Retrô, por 2 a 1, pelo Campeonato Pernambucano. Após a partida, houve confusão entre torcedores, jogadores e comissão técnica. Membros da organizada alvirrubra tentaram invadir o vestiário em protesto e brigaram com diversos jogadores e funcionários, entre eles Kieza e Camutanga. 

Na manhã desta quinta-feira (10), repercutindo a confusão generalizada, Guilherme dos Anjos, auxiliar técnico do clube e filho do treinador do Náutico, desabafou nas redes sociais e taxou como absurdas as situações como a da noite anterior.

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Durante o desabafo, Guilherme, chateado com a falta de segurança, revelou erros que o Náutico tem cometido na administração e pagamento salarial.

“Trabalhamos média de 12h por dia, sem final de semana, abdicamos de muitas coisas, atrasos salariais recorrentes, 4, 5 meses sem receber, sem 13º salário, sem férias, sem FGTS, sem satisfação nenhuma dos responsáveis. Muitas vezes sem o mínimo de estrutura, sem segurança e sem respeito”, escreveu nas redes sociais.

Foi a segunda derrota do Náutico na temporada, a primeira no Pernambucano, mas a torcida protestou de forma violenta alegando não estar vendo vontade e empenho nos jogadores, como gritaram em vídeos publicados nas redes sociais. Guilherme falou sobre o assunto e escreveu que não aceita esse tipo de atitude. 

“Nunca vou aceitar nada disso com tranquilidade, nunca serei conivente. Isso precisa acabar. Vou lutar sempre por essa mudança. Como em qualquer meio, futebol é resultado e lutamos pelo melhor, assim como o adversário. É inadmissível o que ocorreu ontem, e todos sabemos que poderia ser evitado pois não foi a primeira vez”, concluiu.

Confira a confusão nos Aflitos:

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Suspenso após receber cartão na partida contra o Vasco no último domingo (24), Hélio dos Anjos não pôde comandar o Náutico na derrota para o lanterna Brasil de Pelotas, nessa quinta-feira (28), por 3 a 2 e seu filho e auxiliar, Guilherme dos Anjos ficou encarregado da função. Após a partida, em entrevista coletiva, Guilherme não deixou a peteca cair e usou a matemática para manter as esperanças dos torcedores no acesso, mas assumiu erro na partida. “Perdemos para nós mesmos’, afirmou em trecho.

Assumindo que está cada vez mais difícil, o auxiliar taxou a possibilidade de vencer as seis últimas partidas da competição para conseguir subir e reafirmou que o planejamento era de voltar para Recife com seis pontos conquistados, três contra o Brasil e mais três contra o Brusque. Vitórias que na teoria não seriam tão complicadas e tranquilizariam a equipe, o primeiro é o lanterna disparado, mesmo com a vitória sobre o Náutico e o segundo, briga contra o rebaixamento, no momento na 16ª colocação. 

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“Baseado em um adversário que está disputando nada, nós perdemos para nós mesmos. Queríamos os seis pontos, mas faltou muita coisa hoje. Deixamos muito a desejar em todos os aspectos. Oscilamos muito dentro da partida, até psicologicamente, além de quatro, cinco jogadores abaixo tecnicamente e fisicamente”, declarou.

Agora o Náutico segue uma tabela complicada: Brusque (Fora), Coritiba (Casa), Confiança (Fora), Sampaio Correia (Casa), Avaí (Casa) e Cruzeiro (Fora). Vencendo as seis partidas o alvirrubro de Recife chega a 63 pontos, pontuação matematicamente possível de acesso, já que nas últimas temporadas, exceto em 2017, todos que chegaram a pontuação, conseguiram o acesso.

“Matematicamente temos condições. O máximo que podemos chegar é em 63 pontos e existe essa probabilidade. Nos últimos quatro anos, a maioria dos times com essa pontuação subiu. É uma realidade matemática e continuará dando esperança para gente”, concluiu.

O Náutico volta a campo no feriado de Finados, dia 2 de novembro, contra o Brusque, em Santa Catarina buscando iniciar a sequência positiva de seis jogos.

O auxiliar técnico do Náutico, Guilherme dos Anjos, concedeu entrevista coletiva nessa sexta-feira (9) e falou, principalmente, de seu papel na beira do gramado, além de comentar o significado de substituir seu pai, Hélio dos Anjos, expulso na última partida do Campeonato Pernambucano, contra o Salgueiro, na quarta-feira (7). “Para mim, significa a oportunidade de estar assumindo a equipe, é muito interessante, naturalmente já tenho essa oportunidade ao longo do ano. Em todo clube que eu passo, juntamente com ele, sempre assumi uma vez, duas vezes, foi assim nos nossos últimos clubes recentes, foi assim no mundo árabe, tenho já esse hábito”, declarou. O Náutico enfrenta o Retrô, neste domingo (11), às 16h, na Arena Pernambuco.

Guilherme ainda analisou situações que permeiam o Náutico neste momento, que vão da briga pela artilharia do Estadual entre jogadores do próprio Timbu à evolução do time. O clube é líder do Pernambucano. Para o auxiliar técnico, os egos dos atletas estão controlados.

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Mudança de postura na beira do gramado

“Muda muito, a presença do professor é contagiante. Para quem conhece o trabalho, para quem conhece o dia a dia, nós vamos desenvolver o trabalho dentro do vestiário, dentro de campo, da melhor maneira possível, tentando minimizar tudo isso, mas ninguém consegue substituir tudo isso. Eu vou ter minha característica, juntamente com o Marcelo, juntamente com o Dudu e a gente vai tentar ao máximo suprir essa falta que ele faz”, disse o filho de Hélio.

Evolução da equipe

“A gente acredita no processo contínuo, existem alguns problemas que vamos ter durante a temporada, isso ocorre com qualquer equipe, então existe processo de correção com o time, jogo a jogo e existe um processo de correção baseado no sistema de jogo que nós temos. Isso tudo a gente segue semanalmente, corrigindo, tanto questões pontuais, por exemplo a quantidade de gols que nós tomamos. Não está nos agradando, são quatro gols, em cinco jogos“, analisou Guilherme.

Briga pela artilharia do Pernambucano

O Náutico tem os dois artilheiros do Campeonato até o momento, Kieza e Erick, com seis e cinco gols, respectivamente. Perguntado se a disputa dentro da própria equipe atrapalha, Guilherme disse: “Gol não prejudica, ao meu ver, gol beneficia qualquer equipe dentro do jogo, agora, você correlaciona os egos. Mas eu não vejo isso de forma alguma na nossa equipe, temos egos completamente controlados. Todo mundo muito satisfeito e isso é visível nas nossas comemorações. Se acompanhar o nosso jogo, vai poder ver um processo realmente conjunto, um feliz pelo outro", falou.

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