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O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), derrotado no primeiro turno, disse, após votar pela manhã na UniCuritiba, na área central da cidade, que fará uma declaração pública logo após o resultado do segundo turno das eleições. Fruet afirmou que haverá uma transição tranquila e a partir de agora a Prefeitura não poderá contratar qualquer serviço até o fim do ano.

"Vamos declarar todos os dados e também toda a transparência possível para uma transição tranquila, assim como assinar um edital que proíbe toda contratação, pois pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não se pode contratar serviços novos", disse. Os candidatos Ney Leprevost (PSD) e Rafael Greca (PMN) tinham votações previstas para a manhã, mas ocorreram atrasos.

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Pela manhã o juiz federal Sérgio Moro também votou no Clube Duque de Caxias, no bairro Bacacheri. A votação foi rápida, discreta e não houve contato com a imprensa.

No Paraná, além de Curitiba, Ponta Grossa e Maringá também têm votações no segundo turno. No Estado foram detectados problemas em 20 urnas eletrônicas, sendo 13 na capital, cinco em Ponta Grossa e duas em Maringá.

Além disso, as ocupações nos colégios provocaram o remanejamento por parte do TRE-PR de 205 locais de votação, sendo 146 em Curitiba, 32 em Maringá e 27 em Ponta Grossa. A mudança provocou um investimento de R$ 3 milhões, além dos R$ 22,2 milhões originais.

Segundo dados da assessoria do TRE, em todo o Estado, 700.315 eleitores votam neste domingo - 533.733 em Curitiba; 102.526 em Maringá e 64.056 em Ponta Grossa -, equivalentes a 2.184 seções eleitorais. O TRE-PR disponibilizou o telefone 41-3330.8880 para os eleitores que estiverem em dúvida.

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) compareceu à sua posse, na Prefeitura de Curitiba, de bicicleta. Disse que era um simbolismo e incentivo aos modais alternativos aos automóveis. Antes, ele havia recebido o título em uma cerimônia na Câmara de Vereadores. Em seu pronunciamento, Fruet preferiu não politizar e disse apenas que o transporte coletivo será o primeiro assunto a ser tratado em seu governo. "O transporte é uma bomba relógio, os dados são preocupantes", reclamou. Ele assumiu o cargo deixado por Luciano Ducci (PSB), que era apoiado pelo governador Beto Richa (PSDB).

Para tentar contornar o problema - a tarifa pode subir dos atuais R$ 2,60 para R$ 3,10 - Fruet disse que irá encaminhar ao governador Beto Richa (PSDB) um pedido de renovação de um convênio que, segundo ele, assegura um aporte de recursos estaduais para subsidiar as tarifas. "Pela primeira vez houve um aporte significativo de recursos do governo do Estado, coincidentemente em um ano eleitoral para a tarifa de transporte. Também vamos dar a transparência ao custo técnico da tarifa", afirmou.

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A posse de Fruet foi acompanhada pela ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e o marido, ministro das Comunicações Paulo Bernardo, ambos do PT. Durante seu discurso, Fruet apenas agradeceu ao partido - que tem a vice Mirian Gonçalves - e fez menção ao governo federal, que o apoiou nesta eleição, quando se referiu a parcerias e futuros projetos. "Quero agradecer ao PT, na pessoa da minha vice prefeita Mirian Gonçalves, que desde o início acreditou na minha candidatura", falou.

Ainda com seu secretariado incompleto, Fruet deve completar a equipe até o final da semana. Apesar disso, já recebeu críticas por ter nomeado a irmã, Eleonora Fruet, para a pasta das Finanças e da mulher, Márcia, para a Fundação de Ação Social (FAS).

"Faltam poucos nomes, mas agora o núcleo de gestão já está constituído e devemos anunciar mais uns três nomes nesta semana ainda. Nossa primeira reunião de avaliação será na sexta-feira onde vamos apresentar para a cidade algumas medidas para os próximos cem dias". Quanto às nomeações, disse que as escolhas são técnicas. Eleonora já foi secretária da Educação no governo de Richa.

O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek (PT), afirmou que Fruet está sendo visto com muita atenção pelo Planalto, por ser um prefeito apoiado pelo partido e que estará no poder em 2014, quando Gleisi Hoffmann deverá disputar o governo estadual. "É uma grande responsabilidade. Há um nome de consenso dentro do PT, que é o dela, e pela primeira vez estaremos à frente de uma prefeitura na capital", disse.

O novo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), recebeu há pouco, por telefonema, os cumprimentos da presidente Dilma Rousseff pela conquista nas urnas. Em entrevista ao Estado, ele disse que sua administração será sintonizada com o governo federal. "Ela (Dilma) me cumprimentou pela vitória", relatou Fruet, sem esconder a emoção. "A presidente disse que pode contar com ela para garantirmos êxito na gestão em Curitiba", completou.

"Ficamos de marcar um encontro em Brasília, que terá também a presença da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann." Fruet irá logo mais para a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde os candidatos vitoriosos costumam dar entrevista coletiva. Até o momento, o TRE apurou 86,56% dos votos. Fruet está com 60,70% dos votos válidos. Ratinho Junior (PSC) tem 39,30%.

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O candidato a prefeito de Curitiba (PR), Gustavo Fruet (PDT), minimizou os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas nesse sábado (27), que o apontaram como favorito à disputa pela Prefeitura de Curitiba contra Ratinho Júnior (PSC). "Vou aguardar o resultado da eleição, não vou pensar em números, até como forma de conter qualquer ansiedade", disse na manhã deste domingo (28), logo após votar na Unicuritiba, no bairro Rebouças.

Acompanhado pelo ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, e Gleisi Hoffmann, ministra chefe da Casa Civil, principais apoiadores de sua campanha, Fruet creditou o favoritismo à migração de votos dos eleitores do prefeito Luciano Ducci (PSB), que tentava a reeleição e foi eliminado no primeiro turno. "Acredito nisso (migração) pois os eleitores do prefeito têm um perfil muito parecido com os que votaram em mim", afirmou.

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O governador Beto Richa, que votou no Colégio Amâncio Moro, disse se manter neutro, mas confirmou a projeção de Fruet. "O meu eleitor está mais próximo de Fruet e isso percebia quando alguns amigos comentavam. O eleitor votou nas qualidades pessoais do candidato, não avaliando quem era o seu partido ou os seus apoiadores", disse.

Ainda que tenha recebido o apoio do Governo Federal, Fruet não contou com visitas ou gravações da presidente Dilma Rousseff ou do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. "Nunca conversei com eles no período de campanha. Essa é uma campanha local e tentaram nacionalizar. Mas mantivemos sempre um diálogo mais próximo com a ministra Gleisi Hoffmann", comentou.

Já a ministra Gleisi, que deve ser a candidata do PT ao governo estadual em 2014, não quis comentar seu futuro e disse que estaria voltada somente às eleições municipais. "A aliança foi feita para as eleições municipais", limitou-se a dizer.

Em relação às eleições em Cascavel, Ponta Grossa e Maringá, onde o PT tem candidatos no segundo turno, Gleisi disse que o partido está fortalecido no âmbito estadual, mesmo que não vença todas as disputas. "Avalio de forma positiva a atuação do PT no processo eleitoral do Paraná nesse pleito municipal. Chegar nessas três cidades no segundo turno já representou uma vitória política importante. Claro que isso nos dá uma grande responsabilidade com o Paraná, se ganhar as prefeituras, e se não ganhar, nos dá uma responsabilidade política por ter cativado um número expressivo de eleitores", concluiu.

Curitiba - O Partido dos Trabalhadores de Curitiba (PR) encontrou em um ex-oposicionista a chance para tentar ganhar a Prefeitura de Curitiba pela primeira vez. Por 167 votos contra 128, o PT decidiu neste sábado (28), em uma votação interna com 300 delegados (houve cinco abstenções), apoiar o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), antigo aliado do governador Beto Richa (PSDB) e feroz crítico do governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (Lula), antes de ingressar para o PDT.

Apesar disso, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que as divergências foram "aparadas". "Eu mesmo cheguei a dar umas botinadas nele, no sentido político. Mas o importante é que agora ele está alinhado com as políticas públicas que já implantamos no governo federal e que pretendemos implantar em um futuro governo. Aliás, as únicas políticas públicas de Curitiba são as realizadas pela nossa gestão", disse o ministro. Já para os próximos dias, Fruet deverá se encontrar com o ex-presidente Lula. "Lula quer conversar e conhecer melhor o trabalho a ser realizado pelo Gustavo", disse.

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Na opinião da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a aliança com o PDT já vinha sendo fortalecida desde o apoio à campanha do ex-senador Osmar Dias (PDT) ao governo estadual. "O PDT é um partido que podemos confiar, sempre estivemos juntos, desde a campanha presidencial de 1989, quando Brizola apoiou Lula. A própria presidenta foi do PDT. Acreditamos que essa aliança será capaz de derrotar esse grupo que está há tanto tempo no poder", disse.

Dentro do PT, no entanto, o momento será de convencimento. Terminamos mais um processo, de debate, de diálogo, de forma emocionada e ativa e é claro que no processo de discussão a gente extrapola, passa um pouco da conta, mas queria dizer que a disputa que travamos foi de ideias, não contra pessoas e que possamos agora seguir em frente para construirmos uma cidade mais humana", afirmou Gleisi.

A disputa, porém, foi acirrada, e os dois pré-candidatos que defendiam a candidatura própria, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) e o federal Dr. Rosinha devem se reunir com a militância para resolver algumas questões internas. "Ainda vamos aparar algumas arestas, mas temos que estar cientes de que vamos enfrentar o PSDB e precisamos estar unidos para essa luta", afirmou Veneri.

O PT ainda não definiu a escolha do nome para compor a chapa, mas tudo indica que será o deputado federal Ângelo Vanhoni. A aliança deverá render cerca de 5,5' de televisão para o candidato Gustavo Fruet. (Julio Cesar Lima)

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