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Um boato sobre o WhatsApp levou a internet à loucura. A notícia de que os usuários seriam notificados quando alguém capturasse a tela de uma conversa, como já faz o Snapchat, é falsa. A informação é que o recurso seria liberado nesta quarta-feira (28), mas até agora nenhuma atualização foi realizada.

Muita gente acreditou no boato, afinal, os aplicativos Snapchat e Periscope já fazem isso. Só que, no caso do WhatsApp, não houve nenhum anúncio oficial sobre novidade. O site Boatos.org, que desmistifica falsas notícias que circulam pela internet, ressalta que nem mesmo na página oficial do WhatsApp (www.whatsapp.com) há informações sobre a suposta atualização.

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Como tudo que circula na internet, o boato virou motivo de piada nas redes sociais, principalmente no Twitter - onde os usuários reagiram à informação com muito bom humor. 

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O Facebook adicionou uma nova funcionalidade ao seu feed de notícias. A partir de agora, será possível denunciar uma notícia falsa ou boato, os famosos hoaxes, que facilmente ganham repercussão em redes sociais.

Para evitar a disseminação deste tipo de post, o usuário deve clicar no botão sinalizado por uma seta apontada para baixo e selecionar a opção “Está é uma falsa notícia”. A atualização será aplicada a mensagens incluindo links, fotos, vídeos e atualizações de status.

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Quando um determinado número de pessoas sinalizar a notícia como falsa, ela será menos visualizada na rede social e, dependendo do caso, virá acompanhada de um aviso sobre a possibilidade de ser um boato.

Ainda de acordo com o Facebook, a novidade não deverá afetar páginas que compartilham conteúdo satírico. Um pequeno número de produtores de conteúdo falso, no entanto, está com seus dias contados.

Templo de Salomão é pichado. Apresentador Jô Soares morre. Barragem de Tapacurá estourou. O que estes casos têm em comum? São todos boatos. Estas e outras mentiras são batizadas de “hoax” na internet, histórias falsas que costumam se espalhar através de redes sociais e e-mails. Pensando nisso, o jornalista Edgard Matsuki criou o site “Boatos.org”, página dedicada a desmistificar rumores que são propagados pelos internautas.

Criado em junho de 2013, o Boatos.org é atualizado diariamente graças a uma equipe de jornalistas ávidos em descobrir a verdade. A equipe fica atenta às notícias que causam impacto na internet, verificam sua veracidade e emitem um alerta de boato na página.

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O site também possui presença no Facebook. Quem quiser estar atento ao que é boato ou verdade na internet, deve curtir a página do projeto – atualmente com 15,3 mil curtidas. Por lá, usuários também enviam notícias para que a equipe de jornalistas investigue se o que foi compartilhado é rumor ou verdade.

Por ser um meio de comunicação rápido, a internet vem sendo a maior proliferadora de notícias e, com a ajuda das redes sociais, essa abrangência se tornou maior. Neste sentido, a web pode ser uma faca de dois gumes: tanto pode ser algo verdadeiro, como, o famoso "Hoax", termo usado para designar boatos que se espalham via e-mail ou redes sociais (Facebook, Twitter, Google+, etc). Um exemplo trágico disso foi o caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, que morreu nesta última segunda-feira (5), dois dias após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo.

Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social que afirmava que a dona de casa sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra.

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Podemos entender o hoax como um SPAM, ou seja, mensagens não solicitadas que são enviadas a várias pessoas. O conteúdo de um SPAM pode ter diversas finalidades. No caso do hoax, é o de gerar boatos pela internet de forma que a "informação" chegue ao maior número de pessoas possíveis. “Com o uso desenfreado da internet, observamos que é comum a proliferação de boatos, que infelizmente ainda consegue um enorme número de compartilhamentos e seguidores. Na internet tudo "pode" ser feito, as pessoas não tem limites, você pode mudar um conteúdo em um site, pode divulgar uma notícia falsa, e como neste caso, pode acarretar a morte de alguém", diz a analista de mídia digital, Giselly Andrade.

A página Guarujá Alerta, conta com mais de 50 mil curtidas. A população do Guarujá, segundo dados do IBGE de 2013, é de 290.752. Fazendo uma comparação, a página conta com um número considerável de curtidores. Desta forma bastou um retrato falado para que os moradores do local associassem a foto à figura de uma vizinha e cometessem o linchamento.

“Como as pessoas não compartilham informações que não lhes interessam, os hoaxs precisam de conteúdo forte e apelativo, primeiro para chamar a atenção, depois para convencer o indivíduo. Por conta de um texto e foto fortes, as pessoas tendem a ler a mensagem e compartilhar, achando até mesmo que estão fazendo um bem. Não é a primeira vez que se utilizam as redes sociais e mensageiros instantâneos para enviar boatos às pessoas. No entanto, este foi um dos únicos casos que uma morte foi ocasionada por conta de um hoax", continua.

Segundo o presidente da Comissão de Tecnologia da OAB, Frederico Duarte, o julgamento do caso deverá passar primeiro pela identificação de onde se originou o boato e a participação de todos que promoveram a divulgação. "A primeira coisa a ser feita é identificar a participação das pessoas que divulgaram o boato. As pessoas precisam entender que internet não é terra de ninguém. Muitas pessoas não se preocupam em saber a veracidade do que está compartilhando ou postando. Tudo agora é motivo para compartilhamento e repasses.”

Duarte também alertou que não é apenas em redes sociais que esse problema surge. "A questão da praticidade de se viabilizar uma notícia é grande nas redes sociais, no entanto, os emails também são difusores desse problema, pois ele não deixam de ser uma forma de repassar uma notícia, que foi redigida e enviada para as pessoas". Para o advogado, o ideal é que as pessoas parem de acreditar e repassar tudo que veem." Um grande problema é que as pessoas pessoas pararem de acreditar em tudo, repassar tudo, e achar que a internet é anônima."

Para ele, esse jeito mais solto de “falar na internet” se dá por conta do “anonimato” que muitos acham que existe. “O anonimato não existe na internet, o que acontece é você aparecer com outro nome. No entanto, quando se quebra os IPs e se apura realmente, se acha imediatamente quem foi o autor das coisas. As pessoas precisam se conscientizar de que o que é feito na internet sofre as mesmas consequências do que é feito na vida 'real'. Ao compartilhar, você será a fonte, então sempre se pergunte se realmente você está querendo dizer aquilo e tem condições de atestar o que está sendo publicado."

O LeiaJá entrou na página do Guarujá Alerta, responsável pela divulgação do material. Segundo os administradores da página, em postagens, o Guarujá Alerta sempre informou os seguidores de que a situação da "sequestradora" era apenas um boato. No entanto, a página assume que publicou um retrato falado semelhante ao da vítima. A página ainda afirma que por ora estão contribuindo com as investigações e não se manifestarão sobre o ocorrido.

Abaixo seguem exemplos de outros boatos, não tão sérios, mas que deram dor de cabeça a muita gente:

Renato Aragão e a demissão do funcionário de um shopping - Um caso recente de boatos na internet com famosos foi o de Renato Aragão, o famoso Didi, que segundo as redes sociais, teria pedido a demissão de um funcionário de um shopping do Rio de Janeiro, após ter pedido para tirar uma foto com ele. O motivo do pedido é que o funcionário, que era manobrista, fez com que Didi se atrasasse na entrega do carro.

O dia em que Tapacurá estourou nas redes sociais - Quem não lembra do fatídico dia em que a capital pernambucana "viveu" o estouro de Tapacurá? Ninguém sabe de onde o boato surgiu, apenas que a proliferação dele foi mais pelo Twitter, que aliou as enchentes da época ao estouro da barragem. Sem nenhum indício de que algo estava para acontecer, os recifenses viveram um dia de pânico, tanto que várias escolas, shoppings e repartições públicas fecharam as portas mais cedo. 

Avião da Praia de Barra de Catuama - Um avião teria caído na Praia de Barra de Catuama, em Goiana, Litoral Norte de Pernambuco. Muitos afirmaram terem escutado até o estrondo, e que mesmo de longe, dava para ver o logotipo da empresa TAM. Neste momento a internet e o Facebook se tornaram as verdadeiras fontes das notícias. O boato foi tão grande, que até a Polícia Rodoviária Federal afirmou que se tratava de um avião bimotor e os bombeiros deslocaram várias viaturas para o local. O engano só foi confirmado depois que as autoridades foram ao local e viram que na realidade a imagem era de uma peça era uma plataforma de petróleo transportada por um navio.

(Foto: Reprodução/Twitter/@mLucianaAzevedo)

Na manhã deste sábado, usuários do Twitter puderam ver que uma hashtag nos Trending Topics (termos dos assuntos mais utilizados do Twitter) se referia ao possível cancelamento da prova do Exame Nacional do Ensino Média, o Enem.

A hashtag #ENEM2012cancelado é falsa. Ela chegou a ficar em 4º lugar entre os Trending Topics mundiais e em 2º no do Brasil. O MEC afirma que já identificou a origem dos boatos. O usuário @gui_pangua postou a primeira mensagem com a palavra-chave às 9h08. Segundo o MEC, a Polícia Federal já foi comunicada e vai investigar o caso.

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Quem participará da prova deve estar atento aos horários, principalmente quem se encontra em regiões que não foram afetadas pelo horário de verão. A abertura dos portões ocorrerá, aqui no Recife, às 11h, e a prova será realizada às 12h.

Acompanhe a cobertura completa do Enem no LeiaJá através do link.

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