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Buscando defender Isabel Torreão durante o julgamento do caso dos "canibais de Garanhuns", o advogado de defesa Paulo Sales insistiu na submissão da ré ao esposo, Jorge Beltrão, e na hipótese de que Isabel teria a chamada Síndrome de Estocolmo, "nome dado a um estado psicológico-particular em que uma pessoa submetida a um tempo prolongado de intimidação passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor", de acordo com a leitura de Sales. 

Para iniciar a defesa, Sales buscou traçar um perfil de Jorge Beltrão, citando a esquizofrenia e alguns casos de descontrole emocional do réu para traçar o quadro de dependência de Isabel em relação ao esposo. "O posicionamento de Isabel deve ser entendido diante dessa síndrome. Isso justifica uma pessoa abdicar de si, de sua dignidade, em função do outro", defende o advogado. Durante a explanação de Sales, Isabel permaneceu de cabeça baixa, chegando a chorar em alguns momentos. 

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A defesa ainda explica que a participação de Isabel no crime não é negada. "Isabel praticou o crime, mas sob o domínio, coação e medo de Jorge. Deveria ser excluída a culpabilidade dela, mas não dele. Trata-se de um homem desequilibrado psicologicamente, dominador e com poder de liderança. É possível enxergar isso através do relacionamento com duas mulheres no mesmo ambiente. Ele é o responsável pelo domínio das acusadas", pontua Sales. 

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