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Ratos canibais hiperagressivos estão nadando pelos encanamentos dos esgotos e, subindo pelas privadas, conseguem invadir as casas procurando alimento.

Segundo informa o tabloide britânico Mirror, o fenômeno tem se verificado com maior intensidade na cidade de Stoke-on-Trent (Reino Unido), com um enorme aumento de avistamentos dentro das habitações nos últimos meses.

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Os controladores de pragas estão assoberbados para atender os chamados originados de toda a cidade. A falta de comida tem levado ratos a recorrer ao canibalismo para sobreviver enquanto se vão reproduzindo em jardins, esgotos e espaços vazios das casas.

Mike Flynn, gerente da empresa de controle de pragas Alpha Pest Control, acredita que os ratos adaptaram seu comportamento para sobreviver devido ao fato de os restaurantes estarem fechados durante o confinamento.

"Definitivamente, houve uma mudança no comportamento dos ratos devido ao confinamento", afirmou Flynn, que trabalha em controle de pragas há 41 anos, acrescentando que "os ratos estão ficando mais descarados e desesperados".

Flynn tem também uma explicação para o aumento de avistamento de ratos nas residências das pessoas.

"Normalmente eles se movem silenciosamente durante a noite [mas agora] estão mais oportunistas e mais corajosos", disse.

O especialista confirma a existência de canibalismo, relatando casos de ratos pegos em ratoeiras que acabam sendo devorados por outros.

Steve Belmain, o principal especialista em ratos do Reino Unido, afirmou ao Mirror que, em caso de necessidade, "as mães comerão suas crias na esperança de que um dia possam se reproduzir novamente".

"Se não houver comida suficiente para cuidar de si mesma, ela não se matará cuidando delas", acrescentou o acadêmico.

Alguns cidadãos opinam que o fenômeno estaria igualmente relacionado com o despejo ilegal de resíduos em becos durante o isolamento social, atraindo os roedores.

Botecos, bares, cafés e restaurantes na Irlanda do Norte e na Inglaterra reabrem hoje (4), pela primeira vez desde março, sob restritas medidas de segurança sanitária. No resto do Reino Unido, o País de Gales tomará idêntica medida em 13 de julho e a Escócia em 15 de julho.

Da Sputnik Brasil

O Tribunal de Justiça de Pernambuco adiou o júri popular do trio que ficou conhecido como "Canibais de Garanhuns". O julgamento estava marcado para o próximo dia 26 de abril, mas foi adiado após a defesa de Izabel Pires pedir transferência do processo para outra comarca. 

A juíza da 1ª Vara Criminal de Garanhuns, Pollyana Maria Barbosa Pirauá Cotrim, adiou a sessão de julgamento até que o Tribunal de Justiça decida sobre o pedido da defesa. O TJPE informou que, após a decisão, será marcada uma nova data para o júri ou desaforado o processo para a comarca que o Tribunal designar.

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Jorge Beltrão Negromonte, Bruna Cristina e Izabel Pires estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio a cadáver em relação às mortes de Alexandra Falcão, de 20 anos, e Giselly Helena, 31 anos. As vítimas foram atraídas com promessas de emprego como babá e acabaram sendo esquartejadas. Os acusados confessaram ter praticado canibalismo e ter usado restos mortais em salgados, como coxinhas e empadas, vendidos em Garanhuns.

Os canibais já estão respondendo pelo homicídio quadruplamente qualificado de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, morta em abril de 2008. Eles foram condenados em 2014. O crime ocorreu em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os acusados passaram a criar a filha da vítima, que tinha um ano na época.

Atualmente, Jorge Negromonte está na Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife. Bruna Cristina e Izabel Pires estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste do Estado.

A Justiça marcou a data do novo júri do trio que ficou conhecido como ‘Os Canibais de Garanhuns’. O novo julgamento será realizado no dia 26 de abril com início agendado para as 8h.

Jorge Beltrão Negromonte, Bruna Cristina e Izabel Pires estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio a cadáver em relação a duas vítimas. A sessão será presidida pela juíza da 1ª Vara Criminal de Garanhuns, Pollyana Maria Barbosa Pirauá Cotrim, no Fórum de Garanhuns.

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Desta vez, eles estão sendo julgados pelas mortes de Alexandra Falcão, de 20 anos, e Giselly Helena, 31. As vítimas foram atraídas com promessas de emprego como babá e acabaram sendo esquartejadas. Os acusados confessaram ter praticado canibalismo e ter usado restos mortais em salgados, como coxinhas e empadas, vendidos em Garanhuns.

Os canibais já estão respondendo pelo homicídio quadruplamente qualificado de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, morta em abril de 2008. Eles foram condenados em 2014. O crime ocorreu em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os acusados passaram a criar a filha da vítima, que tinha um ano na época.

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Os homens de Neandertal que viviam nas cavernas de Goyet, no que hoje é território belga, não comiam apenas cavalos e renas para se alimentar, mas também carne humana, indica um novo estudo internacional.

Isso fica demonstrado pelos corpos despedaçados ou pelos ossos fraturados para que a medula fosse retirada encontrados na região.

"É irrefutável, o canibalismo era praticado aqui", explica o arqueólogo belga Christian Casseyas enquanto percorre a chamada terceira caverna de Goyet, situada em um pequeno vale perto das Ardenas belgas (sul).

Os restos datam de cerca de 40.000 anos atrás, quando a presença na terra dos neandertais estava chegando ao fim. Faltava pouco para que dessem lugar ao homem de Cro-Magnon, nosso ancestral direto, com o qual haviam coabitado.

Durante anos, os homens de Neandertal, com um cérebro um pouco maior que o do homem moderno, foram considerados seres selvagens, apesar de cuidarem dos corpos dos mortos, como demonstram algumas sepulturas da época.

Agora sabemos que eles também comiam seus pares. Já haviam sido detectados alguns casos de canibalismo em populações de neandertais estabelecidas na Espanha (El Sidrón e Zafarraya) e na França (Moula-Guercy e Les Pradelles), mas nunca antes em um país do norte da Europa.

As cavernas de Goyet, ocupadas desde o Paleolítico, são galerias de calcário de cerca de 250 metros de comprimento, esculpidas naturalmente pelo Samson, um pequeno riacho que atualmente está localizado a poucos metros das cavernas.

O lugar começou a revelar seus segredos em meados do século XIX graças a um dos precursores da paleontologia, Edouard Dupont (1841-1911).

Dupont, geólogo e diretor do Museu Real de História Natural da Bélgica, escavou cuidadosamente várias cavernas, incluindo a de Goyet, em 1867, onde encontrou vários ossos e ferramentas.

Em uma época na qual Darwin acabava de formular sua teoria da evolução, Dupont publicou os resultados de suas pesquisas no livro "L`homme Pendant Les Ages de La Pierre".

- Comida e ferramentas -

Por mais de um século, as descobertas de Dupont foram esquecidas no museu, atualmente convertido em Instituto de Ciências Naturais de Bruxelas.

Até que em 2004 Patrick Semal, diretor da seção de antropologia do Instituto, encontrou entre os ossos achados por Dupont um fragmento de mandíbula de um neandertal.

Os cientistas começaram, então, um longo trabalho para reexaminar todos estes ossos, incluindo os que Dupont considerou na época que pertenciam a animais.

A equipe internacional liderada pela antropóloga francesa Hélène Rougier, da California State University Northridge (EUA), conseguiu demonstrar que em Goyet o homem de Neandertal era antropófago.

Vários ossos humanos que pertenceram a seis indivíduos (um recém-nascido, uma criança e quatro adultos ou adolescentes) têm sinais de que foram cortados "para serem desarticulados e para que a carne fosse retirada", explica Christian Casseyas.

"Da mesma forma que quebravam os ossos de renas e cavalos que encontramos na entrada da caverna, eles quebraram ossos humanos para extrair a medula", acrescenta o arqueólogo, que acompanha os turistas que visitam Goyet.

Hélène Rougier confirmou à AFP que "alguns neandertais morreram e foram comidos aqui", a primeira constatação deste fenômeno no norte da Europa.

Seu estudo sobre a caverna belga foi publicado em julho pela Scientific Reports, uma publicação do grupo Nature. "Alguns dos ossos também serviram como ferramentas", explicou Rougier.

No entanto, as razões deste canibalismo e até que ponto ele estava disseminado continuam sendo um mistério.

"Talvez fosse apenas para alimentação, mas também poderia ser simbólico. As hipóteses estão abertas", diz Rougier.

Uma ossada foi encontrada, na tarde da quinta-feira (16), no Bairro de Liberdade, em Garanhuns, no Agreste pernambucano, ao lado da casa em que moravam Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, conhecidos como os Canibais de Garanhuns. Ao lado dos ossos foram encontradas restos de roupas de criança - um pequeno short e restos do que parece ter sido uma camiseta.

Segundo nota à imprensa emitida pelo delegado de Garanhuns João Lins, os moradores informaram que a ossada foi encontrada durante a abertura de um buraco para a instalação de um poste de energia elétrica. "A pequena quantidade e a dimensão dos ossos, colhidos no local pela equipe da 22ª DPH [Delegacia de Polícia de Homicídios], não permitem concluir, por agora, que se tratam de restos humanos, fazendo-se imprescindível a realização de perícia pelo IML", diz o texto.

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Até o momento, segundo o delegado, não foram encontrados ossos como crânio, fêmur, úmero, falanges, ilío, entre outros, que pudessem concluir pertencer a um ser humano. A polícia aguarda o resultado da perícia do IML. Os canibais já são apontados como responsáveis pela morte de três mulheres - não há registro de criança entre as vítimas. 

O trio voltou a ser notícia no mês de maio com a confirmação de que vão passar por novo júri popular por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo de Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão. O crime ocorreu em 2012 em Garanhuns. 

Eles já foram condenados pela morte de Jéssica Camilla, ocorrida em 2008, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto.

A Justiça concluiu que os condenados atraíam as vítimas e Jorge Negromonte cometia o assassinato com golpe de arma branca. Com a carne humana, eles chegaram a confeccionar o recheio de empadas que eram vendidas na cidade do Agreste.  

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Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina, o trio conhecido como os Canibais de Garanhuns, vão voltar a júri popular. A sentença de pronúncia foi publicada nesta sexta-feira (20) pela juíza da 1° Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim. 

O trio já foi quadruplamente condenado em novembro de 2014 e hoje já responde por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, morta em abril de 2008 aos 17 anos. Desta vez, eles serão julgados pelos mesmos crimes cometidos contra outras duas mulheres, Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, brutalmente assassinadas em fevereiro e março de 2012, respectivamente. 

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A sentença do TJPE descreve como os três suspeitos teriam agido. No caso de Gisele, ela teria sido convencida a ir à casa de Isabel para pregar a palavra de Deus. Em determinado momento, Jorge, que estava escondido, “desferiu um violento golpe de faca-peixeira em sua garganta”, diz a sentença. Da vítima, foram retirados partes do corpo  que foram ingeridas pelos acusados por um período de três dias. Fato semelhante ocorreu com a vítima Alexandra, que havia sido atraída com a promessa de emprego de babá.  Com a carne das vítimas, o trio teria confeccionado empadas e vendido em várias partes da cidade, inclusive no Fórum de Garanhuns. 

A data do júri ainda não foi definida. Uma audiência de instrução já foi realizada em outubro de 2015. Depois da publicação, ocorre a intimação dos advogados, do Ministério Público e, em seguida, dos acusados. Ocorre, então, a abertura do prazo para a entrada de recurso. Caso a defesa entre com recurso, o processo vai ao Tribunal. Se voltar sem modificação, é iniciada a fase de diligências a pedido de advogados e do Ministério Público. É neste momento que as partes arrolam testemunhas para o julgamento, apresentam documentos e pedem diligências ao juiz. A seguir, o processo vai ao magistrado, que elabora o relatório e designa a data do julgamento.  

Em 2014, Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto. 

 

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O caso dos assassinos canibais de Garanhuns tomou repercussões internacionais. Preso desde 2012 no presídio de Pesqueira, Jorge Beltrão Negromonte, 54 anos e ex-professor universitário, concedeu entrevista ao jornal britânico Daily Mail por quatro horas e contou detalhes inéditos dos crimes que cometeu em parceria com sua esposa Isabel e amante Bruna que tinha 16 anos na época.

Ao repórter Matt Roper, Negromonte contou que a ideia de matar e comer três mulheres foi da amante, que segundo ele, possuía seu controle absoluto. O homem afirmou ainda que Bruna da Silva foi quem o fez parar de tomar os seus medicamentos de esquizofrenia. Apesar de ter negado culpa, o preso afirmou não se arrepender dos crimes. "Eu acredito que, para as pessoas é seguro que eu, Jorge, esteja aqui", disse ele. "Eu estou aqui, algemado, na prisão. Se eu fosse liberado, como eu sou hoje, eu poderia fazer mais".

Na entrevista, Negromonte chegou a se comparar com Einstein, Leonardo da Vinci, imperador romano Nero, e Moisés, dizendo ser uma mente superior. Ele alega ter tido inspiração em um livro de rituais satânicos, no qual aprendeu o ritual de purificação por meio da ingestão de carne humana. A foto à direita mostra ilustração feita no livro escrito por Negromonte.

O assassino também detalhou que as duas mulheres preparavam a carne em um guisado mexicano com legumes, simulando um prato de macaxeira com carne moída. “A carne durava três ou quatro dias. Fazíamos o almoço e jantar, até que tudo se foi", comenta.

O homem alegou se sentir como a vítima da história, justificando seus crimes como uma vingança às mulheres férteis. É que enquanto sua mulher abortou duas vezes e até fez tratamento para engravidar, outras por aí tinham sem merecer. “A gente olhava ao nosso redor e víamos aquelas mulheres sem instrução, falando mal o português, e gerando crianças”, falou.

Iniciando a defesa através de relatos a respeito de como Bruna Cristina Oliveira e Jorge Beltrão se conheceram, o advogado Rômulo Lyra, responsável pela defesa de Bruna, baseia a sua argumentação na hipótese de participação da ré no crime devido ao medo de Jorge. "Ela tinha medo de morrer, sim", defende Lyra durante a continuidade do julgamento do caso dos "canibais de Garanhuns", na tarde desta sexta (14).

Durante a defesa, Lyra também lê trechos escritos por Jorge Beltrão a respeito dos primeiros contatos com Bruna, à época, com 16 anos de idade. Na passagem, Jorge exalta Bruna e o próprio promotor confirma os escritos do réu. "Você é linda, exatamente como ele diz no livro", inquietando a plateia que acompanha o julgamento. Durante a leitura do advogado, Bruna e Jorge trocam olhares, separados apenas por Isabel, que permanece de cabeça baixa durante a explanação do advogado. 

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Para fundamentar a argumentação, Lyra explica que o amor que Jorge sente por Bruna é de marido e mulher. "Chega a ser tão forte o sentimento dos dois a ponto de nós não conseguirmos compreender", defende o advogado de Bruna. Para ele, o fato de Bruna não ficar por um momento sem a presença de Jorge leva ao raciocínio de que ela era uma prisioneira do réu. "A única que saía sozinha era Isabel. Bruna estava sempre na companhia de Jorge, ela não poderia ligar para a família ou fugir", explica. 

Assim como o advogado de Isabel, Paulo Sales, Rômulo Lyra também não nega a participação de Bruna no crime. Para ele, Bruna teria participado por sentir medo de Jorge, assim como Isabel. "Isabel não seria uma vítima em potencial. Já Bruna, sim. Ela poderia ser vítima do crime e, por isso, participou do cartel", defende Lyra.

 

 

Buscando defender Isabel Torreão durante o julgamento do caso dos "canibais de Garanhuns", o advogado de defesa Paulo Sales insistiu na submissão da ré ao esposo, Jorge Beltrão, e na hipótese de que Isabel teria a chamada Síndrome de Estocolmo, "nome dado a um estado psicológico-particular em que uma pessoa submetida a um tempo prolongado de intimidação passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor", de acordo com a leitura de Sales. 

Para iniciar a defesa, Sales buscou traçar um perfil de Jorge Beltrão, citando a esquizofrenia e alguns casos de descontrole emocional do réu para traçar o quadro de dependência de Isabel em relação ao esposo. "O posicionamento de Isabel deve ser entendido diante dessa síndrome. Isso justifica uma pessoa abdicar de si, de sua dignidade, em função do outro", defende o advogado. Durante a explanação de Sales, Isabel permaneceu de cabeça baixa, chegando a chorar em alguns momentos. 

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A defesa ainda explica que a participação de Isabel no crime não é negada. "Isabel praticou o crime, mas sob o domínio, coação e medo de Jorge. Deveria ser excluída a culpabilidade dela, mas não dele. Trata-se de um homem desequilibrado psicologicamente, dominador e com poder de liderança. É possível enxergar isso através do relacionamento com duas mulheres no mesmo ambiente. Ele é o responsável pelo domínio das acusadas", pontua Sales. 

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“Estamos cansados de julgar crimes de extrema atrocidade. Crimes contra crianças adolescentes, idosos, contra mulheres, de todo jeito. A diferença (neste júri) é que nunca tínhamos tido um caso de canibalismo. Nunca tínhamos nos deparado aqui com um caso de um ser humano comer a carne de outro ser humano. E comeram com frieza, com requintes de crueldade”. Assim, Eliane Gaia, promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), começou a acusação, nesta sexta-feira (14), segundo dia do julgamento dos canibais de Garanhuns, no Fórum de Olinda.

Munida dos exames psicológicos que atestam a perfeita faculdade mental do trio, Eliane Gaia reiterou, por diversas vezes, o fato de o júri estar diante de pessoas normais. “Por mais estarrecedor que o crime possa nos parecer, ele não foi praticado por loucos. Pessoas de alta periculosidade, como diz a avaliação psiquiátrica. E quem me garante que eles mataram só três pessoas? Não acredito apenas nessas três”, pontuou a promotora ao dizer que é impossível apontar quando a seita – o Cartel – teria “iniciado” seus trabalhos na vida dos acusados.  

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Ao analisar o perfil dos réus, Eliane Gaia foi incisiva. Olhando nos olhos de Jorge Negromonte, disse que o homem “é uma parede fria. Olhem a expressaão dele. Esse olhar dele não muda, é sempre assim. Jorge é um manipulador. Mas a justiça você não vai conseguir manipular”, disse ao réu a representante do MPPE. Já em relação a Bruna Cristina, que não raro sorri diante de algum comentário da promotora, Eliane Gaia chegou a chamar a afirmar que a acusada é uma “canibal feliz”. “Olha como ela adora rir. Bruna é uma estrela”, ironizou Gaia, para risos da plateia no Fórum de Olinda.

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Canibais estudavam as vítimas

Segundo a acusação, o trio de acusados não escolhiam aleatoriamente as vítimas. Escolhiam as mulheres a partir de determinadas características. O planejamento, segundo Eliane Gaia, demonstra claramente a premeditação da morte de Jéssica Camila da Silva. Na finalização da sua fala, a promotora apresentou as provas materiais que comprovam o assassinato da jovem, em Olinda, baseadas nos relatos e nos desenhos de Jorge Negromonte. Na gravura, as partes dos corpos mutiladas da vítima. “OIhem aqui, cabeça de um lado, o tronco de outro. Nesta outra parte, o cérebro aberto. E Bruna nos confirmou que isto se refere ao assassinato de Jéssica”, explicou Gaia.

Não permitidos a falarem nesta fase do julgamento, os réus mantêm-se em posturas diferentes. Como no primeiro dia, Isabel Cristina Torreão se mostra extremamente nervosa, chorando muito. Jorge Negromonte parece impaciente. De tempos em tempos, apoia a cabeça nas mãos e, sempre que possível, conversa com Bruna. Esta última, além de sorrir, tenta comentar as provas da acusação. Impedida de falar, quase era retirada do Fórum no final da manhã desta sexta-feira.

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Como já era previsto, o laudo que pode comprovar a insanidade mental do trio, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, não ficou pronto. Eles são acusados de matar Jéssica Camila da Silva Pereira, em 2008, e cometer rituais de canibalismo com o corpo. 

Nesta sexta-feira (14), a Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda realiza uma audiência de instrução e julgamento do processo relativo da jovem. Porém, além deste crime, o trio é acusado de outras seis mortes. 

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A juíza Maria Segunda Gomes de Lima afirmou que os acusados não serão interrogados, pois os exames laboratoriais, que podem comprovar a insanidade mental dos três, ainda não foram concluídos.

No entanto, para o delegado que acompanha o caso, Paulo Berenguer, não há dúvidas sobre a questão. “Acho que ele não é normal, as pessoas não podem estar em sua sã consciência quando cometem um crime deste tipo”, afirmou Berenguer. 

O advogado Raniere Aquino, da dupla Jorge Beltrão e de Bruna Cristina, disse que está aguardando o laudo, pois ele dará propriedade ao caso. Porém ele afirma que seu cliente, Jorge, sofre de esquizofrenia paranoide, o mais alto grau da doença, e já está segurado pelo INSS há mais de três anos. 

Nesta sexta-feira (14), às 10h, será realizada uma audiência de instrução e julgamento do processo sobre o assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, assinada em 2008. Serão ouvidos os acusados: Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva. 

O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Paulo Berenguer, responsável pela realização do inquérito policial sobre o crime, também será ouvido. A audiência ocorre no Fórum Lourenço José Ribeiro, localizado na avenida Pan Nordestina. 

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Segundo a juíza titular da Vara do Tribunal do Júri de Olinda, Maria Segunda Gomes, os acusados só serão interrogados se estiver concluído o resultado do laudo psicológico dos réus, requisitado na primeira audiência sobre o caso, em outubro deste ano. Os exames psicológicos estão sendo realizados no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Itamaracá. A unidade de saúde dispõe de 45 dias, contados a partir da primeira audiência para concluir o laudo. 

Os acusados respondem pelo assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, no ano de 2008, em Olinda. O trio também responde por mortes na cidade de Garanhuns.

A primeira audiência sobre o caso dos “Canibais de Garanhuns” será realizada nesta quinta-feira (15), na Vara do Tribunal do Júri de Olinda, a partir das 13h, sob comando da juíza Maria Segunda Gomes de Lima. O trio, Jorge Negromonte, 50, Isabel Cristina, 51, e Bruna Cristina de Oliveira, 25, é acusado de ter matado e esquartejado mulheres e se alimentado da carne das vítimas - um crime que marcou a história de violência em Pernambuco como um dos mais brutais já registrados, em abril deste ano, no município de Garanhuns, no Agreste do Estado.

Serão ouvidos hoje (25) os acusados, testemunhas, advogados de defesa e a promotoria sobre o caso de Jéssica Camila da Silva, 22, que pode ter sido a primeira vítima do trio. De acordo com a investigação, concluída no dia 05 de junho, Jéssica teria sido chamada para trabalhar como doméstica na casa dos acusados em Olinda, mas o objetivo do trio era de assassiná-la para ficar com sua filha. Os restos mortais dela foram encontrados em abril deste ano, após o início das investigações.

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Após a fase de audiências, a magistrada irá decidir se eles irão ou não a júri popular. Os advogados de defesa solicitaram a realização de exames de insanidade mental, que já foi autorizado pela Justiça, mas ainda não foram marcados.

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