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No momento em que Estados e municípios tentam acelerar investimentos, melhorar serviços públicos - demandas que ganharam mais peso após a onda de manifestações pelo País em junho - e reduzir gastos para manter suas estruturas, a forte ampliação nas despesas com pessoal nos últimos quatro anos tem restringido e até neutralizado esses esforços. O alerta abrange 20 das 27 unidades federativas do País e ajuda a elevar as pressões por mudanças na legislação fiscal.

Levantamento feito pelo Estado a partir dos relatórios de gestão fiscal enviados ao Tesouro Nacional mostra que essa despesa permanente cresceu acima da inflação desde 2009. Vinte unidades federativas já superaram 90% do chamado limite prudencial destinado a gastos com folha salarial (46,55% da receita). Esse é o segundo dos três tetos previstos para os Poderes Executivos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

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A situação deve piorar. Balanço dos primeiros quatro meses de 2013 revela que, na média, o gasto com servidores aproxima-se de 92% do permitido pela LRF. Até abril, R$ 1,77 bilhão foram adicionados às folhas salariais, segundo os Estados.

Governadores e prefeitos têm elevado de forma substancial a proporção dessas despesas nos orçamentos, por vários motivos. De uma lado, tem havido perda expressiva na arrecadação de ICMS - principal fonte de receita dos Estados - em razão do ritmo fraco na economia brasileira, e as desonerações federais, como isenções de IPI, reduzem a verba dos Fundos de Participação de Estados (FPE) e Municípios (FPM). De outro, há um aumento vegetativo na folha de pagamento, a redução nas transferências, o engessamento do orçamento com despesas "carimbadas" e a indexação da dívida por índices "caros".

"Há uma armadilha, uma compulsão, porque temos crescimento inercial de 2% a 3% anual com prêmios, promoções. Mesmo sem aumento real, esse gasto cresce", diz o secretário de Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly. "Se não resolvermos, vamos para um precipício." O Paraná, que elevou em R$ 4,8 bilhões o gasto com pessoal desde 2009, está próximo de superar o limite de comprometimento máximo previsto na LRF (49% da receita).

Outro fator que eleva os gastos com pessoal é o aparelhamento político de Estados e municípios. "Houve aumento dos cargos em comissão nas secretarias em virtude de acordos políticos, além de aumento dos investimentos em direitos sociais, como saúde e educação", diz o advogado e professor do Ibmec-RJ Jerson Carneiro.

Superávit. Neste ano, o governo federal conta com uma boa contribuição da economia de Estados e municípios para fechar sua conta de superávit. Se depender das despesas com pessoal, a estratégia corre riscos. "O relaxamento fiscal federal virou mau exemplo. Os Estados fizeram ajustes, mas estão mais endividados porque usaram recursos próprios de investimentos para pagar pessoal", afirma o especialista em finanças públicas do Ibre/FGV José Roberto Afonso.

Em 2012, os 26 Estados e o Distrito Federal desembolsavam, em média, 43,8% de suas receitas com pessoal. Em 2009, o índice médio era de 42,65%. Com isso, novos gastos com funcionários estaduais não poderão passar de R$ 18,8 bilhões.

"Esse aumento acaba com o 'custeio bom', que é compra de remédios, material de educação, segurança. Estão mudando a lei fiscal por dentro, o pior que podia ocorrer", avalia Oberi Rodrigues, secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte, Estado que também está perto de superar o limite máximo com pessoal.

Nos últimos quatro anos, esse "G-27" elevou sua folha de pagamento em R$ 55,7 bilhões em valores nominais, sem descontar a inflação - um crescimento de 44,2% no período. De 2009 a 2012, o IPCA somou 24,52%. A despesa per capita anual por funcionário foi de R$ 60.225 em 2012 - o País tinha 3.111.944 servidores públicos no ano passado, segundo o IBGE.

Em São Paulo, o dispêndio com servidores atingiu 91% do limite prudencial. O Estado registrou o maior aumento nominal entre todas as unidades: R$ 13,15 bilhões em quatro anos. A Secretaria da Fazenda informa que o principal motivo foi a revisão salarial e planos de carreira para as áreas de saúde, educação e segurança, abrangendo 87% dos servidores ativos.

Pressão. É consenso entre Estados e municípios de que há poucas saídas e muita pressão por mais gastos, como a criação de pisos nacionais para categorias. No Congresso, uma enxurrada de projetos pode piorar as finanças, como a PEC 300, que eleva salários de policiais.

Na contramão, o lobby de governadores e prefeitos busca aprovar a renegociação das dívidas, tentando "descolar" esse debate da reforma do ICMS, onde não há consenso. Um projeto do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tem apoio de Estados. Não resolve, mas dá refresco nas contas públicas, segundo os secretários de Fazenda. O texto prevê reduzir o juro da dívida para 4% e mudar o indexador, de IGP-DI para IPCA, com teto na taxa básica da economia (Selic), mas não alivia o comprometimento da receita, pois não estabelece teto para pagamento de juros e da dívida, previsto na Resolução 43 do Senado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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JOÃO PESSOA (PB) – Cerca de 220 crianças e adolescentes carentes portadores de câncer, atendidas pela Associação Donos do Amanhã, serão as beneficiadas pelo MacDia Feliz 2013 na Paraíba. O evento acontece no Estado desde 1998, sempre no último sábado do mês de agosto.

No próximo dia 31, todas as lojas do McDonald's em João Pessoa e Campina Grande participarão da campanha em prol da Donos do Amanhã, que vem recebendo os benefícios há dez anos. “A gente quer melhorar o atendimento às crianças com tudo o que eles precisam ter em seu tratamento e precisamos que essa arrecadação aumente este ano”, declarou Andrea Gadelha, presidente da Associação.

Para este ano, a expectativa é superar os números alcançados em 2012, quando 14 mil sanduiches foram vendidos, totalizando R$ 170 mil. Ainda de acordo com Andrea, o objetivo é construir uma sede própria, em frente ao Hospital Napoleão Laureano, que atende portadores de câncer.

Os preços do Big Mac já estão definidos e os tickets antecipados já estão  à vendas por R$ 11,50, cada, na sede da associação na avenida Capitão José Pessoa, 1.097, no bairro de Jaguaribe; na loja Sonho Doce e no CNA Ruy Carneiro. No dia do evento, o sanduiche terá um aumento e passará a custar R$ 12,50.

Em apoio a campanha, o Governador do Estado Ricardo Coutinho (PSB), anunciou a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esse Imposto é equivale a 17% do preço do sanduiche e, segundo a assessoria de imprensa da McDonald's, será revertido diretamente para a Donos do Amanhã.

Em 2012, foram vendidos mais de 1,6 milhão de sanduíches Big Mac em todo o país, o que contribuiu para a arrecadação recorde de R$ 18,3 milhões. O MacDia Feliz acontece há 25 anos no Brasil e nesta edição beneficiará 78 projetos de 55 instituições.

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O governador Geraldo Alckmin assinou nesta sexta-feira, 7, um decreto que estende a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para taxistas Microempreendedores Individuais (MEI) de São Paulo. Cerca de dois mil profissionais, com faturamento de até R$ 60 mil por ano, serão beneficiados. A medida, que era somente destinada aos profissionais autônomos, visa renovar a frota de táxis para atender uma maior demanda, como a da Copa do Mundo de 2014.

A medida foi autorizada pelo Convênio ICMS 17/12 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A isenção será válida até 30 de novembro de 2015 para os fabricantes de automóveis e até 31 de dezembro de 2015 para as vendas realizadas pelas concessionárias.

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"Ano passado foram 33 mil taxistas beneficiados com a isenção do ICMS. É importante ter carros novos, seguros e que possam transitar com segurança em benefício do usuário do sistema de táxi", destacou Alckmin.

Requisitos

Para adquirir o veículo com a utilização do benefício, o taxista MEI precisa ter o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual, que é concedido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Também é necessária a comprovação da licença para o exercício da atividade de serviço de táxi e cópia da autorização expedida pela Receita Federal que concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A formalização como Microempreendedor Individual assegura também a isenção de cobrança do registro na Junta Comercial e a concessão de alvará de funcionamento. A contribuição mensal de R$ 31,10 garante benefícios previdenciários como aposentadoria por idade ou invalidez, auxílio-doença, pensão por morte ou reclusão e salário-maternidade.

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), disse nesta quarta-feira que ainda acredita numa solução para o projeto de reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Eu acredito sim, o governo federal mostrou boa vontade ao encaminhar o projeto ao Congresso mudando o indexador, que é parte da solução", disse, na saída de um evento sobre administração pública, em São Paulo, onde foi palestrante.

Apesar de querer que o governo federal faça mais concessões, Anastasia afirmou que o importante neste momento é que as conversas não parem. Há governos de Estados que pleiteiam também a redução do estoque da dívida de forma linear. "O governo, que tem a maioria expressiva no Congresso, é que vai definir o que deve ser feito ou não. É importante continuarmos com esta discussão porque, do contrário, vamos chegar a 2028 numa situação de dificuldades", disse. De acordo com ele, Minas Gerais paga R$ 6 bilhões de juros anuais à administração federal.

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Dada como morta em maio, a reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) voltou a ser discutida entre o governo federal e os Estados, com resultados "surpreendentes", segundo participantes da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), encerrada há pouco. A condução dos trabalhos pelo secretário executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira, foi elogiada.

"Foi uma discussão cautelosa, avançando a pequenos passos", disse o secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi. Não por acaso, a reunião durou seis horas. "Estou surpreso, avançou mais do que eu esperava", comentou o secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Renato Villela.

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Embora o diálogo tenha evoluído, os secretários não chegaram ao ponto de amarrar uma proposta. Houve uma forte divergência em relação à tributação dos produtos da Zona Franca de Manaus e do gás. Uma nova rodada de negociações foi marcada para a próxima terça-feira.

De toda a complexa agenda de negociações entre União e Estados, o que mais avançou foram as regras para legalização (convalidação) dos incentivos fiscais estaduais, concedidos contrariamente à lei, na chamada "guerra fiscal". Houve praticamente um consenso que, legalizados, eles ainda permanecerão vigentes por 15 anos. "Está praticamente certo", comemorou o coordenador do Confaz e secretário de Fazenda do Maranhão, Cláudio Trinchão.

O problema é que, pelo menos do ponto de vista de São Paulo, essa discussão está atrelada a outra mudança: a redução das alíquotas interestaduais do ICMS. E, nisso, as posições parecem inconciliáveis. O texto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no mês passado prevê três alíquotas: 4%, 7% e 12%, esta última para a Zona Franca de Manaus (ZFM) e outras zonas de processamento de exportação. Também ficaria em 12% a alíquota do gás natural.

Foi a alíquota de 12% que azedou as discussões de hoje. Do ponto de vista do governo federal, de São Paulo e alguns outros Estados, o correto seria que ela fosse de 7%. Diante da resistência de Estados produtores, foi colocada sobre a mesa uma proposta alternativa, de 9%. "Não abrimos mão dos 12%, porque todo o plano de desenvolvimento econômico do Maranhão é baseado no gás", afirmou Trinchão. Nos bastidores, ele está sendo acusado de haver inviabilizado um acordo.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou nesta quarta-feira que ainda existe uma chance para salvar a reforma do ICMS. Segundo ele, os secretários de Fazenda dos Estados indicaram, durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que podem buscar um consenso para adequar o projeto de resolução que reduz as alíquotas interestaduais de ICMS.

O senador afirmou que os Estados estão "se mexendo" depois do recuo do governo, que ameaçou retirar a proposta caso ela seja mantida na forma como foi aprovada pela CAE, com uma alíquota diferenciada para as Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo (7%), mais a Zona Franca de Manaus (12%). "O ministro Guido Mantega (Fazenda) não quer votar a reforma do ICMS com o Brasil dividido", afirmou, após reunião com o titular da Fazenda.

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Lindbergh acredita que é possível voltar à proposta original debatida com o governo de manter uma alíquota de 7% para o ICMS no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, apenas para produtos industrializados; e reduzir o imposto a 4% para serviços e comércio nessas regiões, assim como no Sul e Sudeste. O senador acredita também que é possível voltar à proposta de uma alíquota de 9% para a Zona Franca de Manaus. "Esta é uma maioria que está sendo construída e isso pode salvar a reforma do ICMS. Já se caminhou demais e temos de ir em frente", declarou.

Ele afirmou que nos próximos 15 dias haverá uma negociação com os secretários de Fazenda para tentar levar o projeto de resolução à votação no plenário do Senado. "Os secretários entenderam que se não tiver convergência, a reforma não sai", disse o senador. Lindbergh lembrou que, sem a reforma, os Estados correm o risco de o Supremo Tribunal Federal (STF), que já julgou inconstitucional os benefícios fiscais estaduais, baixar uma súmula vinculante, anulando esses benefícios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou nesta quarta-feira, em reunião extraordinária, convênio regulamentando a resolução que estabelece alíquota de 4% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual para produtos importados. A resolução está em vigor desde 1.º de janeiro.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, o convênio aprovado nesta quarta-feira estabelece a simplificação de procedimentos de declaração de conteúdo importado das mercadorias ou bens objeto de operações interestaduais. "Para fins de cálculo do conteúdo de importação, não será mais necessária declaração detalhada em nota fiscal dos valores dos insumos importados eventualmente existentes nas mercadorias. Tais informações deverão constar apenas na Ficha de Conteúdo de Importação (FCI), documento acessível apenas pelos fiscos estaduais", esclarece a nota.

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A obrigação de entrega da Ficha de Conteúdo de Importação (FCI) foi adiada para 1.º de agosto, segundo a nota, atendendo a demanda de alguns governos de Estados e empresários por mais tempo para adaptar os sistemas. O Confaz autorizou os governos estaduais a perdoar eventuais autuações aplicadas no período entre 1.º e 22 de maio, quando estiveram em vigor as regras anteriores.

Os créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) acumulados por empresas exportadoras são imunes à cobrança de PIS e Cofins. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, em processo com repercussão geral, que a União não pode cobrar os tributos sobre a cessão a terceiros de créditos de ICMS decorrentes de operações de exportações.

Relatora do processo, a ministra Rosa Weber afirmou que a legislação brasileira estimula as empresas nacionais a "exportar produtos e não tributos". A cobrança dos tributos sobre a transferência de créditos de ICMS a terceiros seria "vilipendiar" a imunidade tributária às exportações e "abalar a competitividade" das empresas brasileiras.

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No entendimento da Corte, os créditos de ICMS não constituem receita própria da empresa ou faturamento. A maioria dos ministros julgou que os créditos são recuperação de custos ou recomposição do patrimônio. Por isso, por não serem receitas, os créditos estariam imunes à incidência de PIS e Cofins.

Rosa acrescentou que, mesmo que os créditos fossem considerados receita, a Constituição impediria a tributação. De acordo com ela, o artigo 149 prevê que não incidirão contribuições sociais sobre receitas decorrentes de exportações. O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que a decisão da Corte, nesse sentido, contribui para reduzir o "Custo Brasil" e aumentar a competitividade das exportações brasileiras. Voto vencido, o ministro Dias Toffoli afirmou que a Constituição não vedou a cobrança dos tributos sobre as operações de cessão de créditos decorrentes de exportações.

O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (22) que o governo estima que pelo menos metade dos telefones celulares habilitados no País em 2014 serão smartphones, ou seja, equipamentos com acesso à internet 3G ou 4G. "A indústria do setor estima que este ano o porcentual já possa chegar a 35%, e a desoneração dos aparelhos deve ajudar", acrescentou, durante palestra no 57º Painel Telebrasil, organizado pelo sindicato das companhias de telecomunicações.

Bernardo comentou ainda ter a percepção de que há uma grande vontade no Congresso para a aprovação da chamada Lei de Antenas, que facilitará a instalação de novas torres de telefonia móvel. "Acreditamos que possamos ver o texto aprovado ainda neste semestre", voltou a dizer o ministro.

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O ministro lembrou que o governo deve licitar no primeiro semestre de 2014 a faixa de 700 megahertz (MHz) para a telefonia e internet de quarta geração. Atualmente, o serviço já é oferecido na faixa de 2,5 gigahertz (GHz) em cerca de uma dezena de municípios, incluindo as cidades sede da Copa das Confederações.

ICMS

Bernardo voltou a dizer que o governo Federal irá procurar os Estados para propor a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para banda larga fixa. "Alguns Estados, como o Espírito Santo, já têm iniciativas nesse sentido. Estudos mostram que a redução do tributo aumenta a base de assinantes dos serviços, o que compensa a arrecadação estadual", afirmou.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), disse nesta terça-feira que foi o Ministério da Fazenda que lhe pediu para apresentar a fórmula do desconto, e não da retroatividade, para a correção da dívida dos Estados e dos municípios. "Eu não inventei nada. Não sou criança", esbravejou Cunha. Em rota de colisão com o Palácio do Planalto, o deputado contou que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi o primeiro a telefonar para ele, ainda nesta terça-feira, quando ficou sabendo que a Fazenda mandou retirar o projeto de tramitação no Congresso, sob a alegação de que o desconto feria a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"Eu propus retroatividade. A Fazenda me mostrou os mapas e disse: 'Não faça retroatividade porque vai dar `esqueleto'", comentou o líder do PMDB, ao lembrar que muitos Estados já pagaram a dívida e, com essa fórmula, o Tesouro acabaria ficando credor.

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Relator do projeto na Câmara, Cunha disse que o negociador do governo com o Legislativo era o então secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que deixou o cargo na semana passada. "Eu queria tirar saúde e educação do cálculo da receita líquida, mas não deixaram", afirmou o deputado. "Quem mais se beneficiaria com a minha proposta seria Haddad." Pelos cálculos de Cunha, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Alagoas e as prefeituras de São Paulo e Rio representam 85% de todo o montante da dívida dos Estados com a União. "É uma dívida impagável", insistiu o líder do PMDB.

Quatro empresários, um advogado e três agentes fiscais de rendas foram presos nesta terça-feira, 21, na Operação Yellow, do Ministério Público Estadual (MPE), que desarticulou um esquema de fraude fiscal no processamento de soja, na região de Bauru, interior do Estado de São Paulo. O grupo teria causado prejuízos de R$ 2,76 bilhões aos cofres públicos. Outros dois suspeitos estão foragidos.

A investigação começou há cerca de 1 ano e 8 meses, sob comando dos promotores do Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - núcleo Bauru. Em um prédio da Alameda Santos, na capital paulista, onde fica a sede de um grupo de processamento de soja, as equipes de busca encontraram grande quantidade de dinheiro. Na residência de um empresário foram apreendidos US$ 204,9 mil. Na casa de um inspetor fiscal a operação encontrou R$ 320,8 mil, além de 7,3 mil euros e mais sete barras de ouro.

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O MPE informou que as fraudes eram praticadas por meio de operações comerciais simuladas que geravam créditos frios de ICMS. Segundo os promotores, a organização criava empresas, cujos quadros societários eram integrados por laranjas - pessoas jurídicas registradas em Montevidéu, no Uruguai. O grupo fazia compra e venda simulada e remessa para indústrias do setor. Esse expediente gerava os créditos de ICMS que eram usados para abater as dívidas com o Fisco.

Os promotores estimam que R$ 100 milhões por mês eram sonegados dos cofres públicos. Os empresários e os agentes fiscais de renda, alvos da investigação, estão sendo indiciados criminalmente por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

Os promotores calculam que do total da fraude, pelo menos R$ 1,6 bilhão são relativos a débitos estaduais e cerca de R$ 1,1 bilhão relativos a dívidas com a União. Segundo a investigação, cada agente fiscal de renda da Secretaria da Fazenda de São Paulo recebia propina de R$ 500 mil por operação realizada. Um dos fiscais é dono de dez imóveis de alto padrão.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que é preciso buscar alternativas para a retomada da discussão da reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais. No último lance que pode enterrar de vez a aprovação da reforma, o governo decidiu retirar do Congresso o projeto que convalida os incentivos fiscais já concedidos e também altera o indexador das dívidas de Estados e municípios com a União.

A retirada da proposta foi uma resposta do Executivo à decisão do relator da matéria e líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), de incluir no seu relatório emenda que amplia os benefícios aos Estados, ao conceder desconto de até 45% da dívida com o governo federal. Desde a tramitação da Medida Provisória dos Portos, Eduardo Cunha e o governo têm medido forças.

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Além disso, o projeto que unifica as alíquotas do imposto está emperrado desde que o governo não aceitou as mudanças feitas pelos senadores na proposta. Pendente de votação no plenário, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ampliou sem o aval do Executivo as alíquotas diferenciadas nas operações que partem das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para o restante do País.

"Eu acho que é importante conversar um pouco sobre ICMS, deixar a bola assentar e ver como retomá-la. O Brasil cobra muito essa unificação", afirmou. Ele disse que conversou rapidamente com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), relator do projeto que mexe nas alíquotas do imposto, e vai falar ainda nesta terça-feira, 21, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o assunto. "A partir de agora é fundamental baixar a poeira, deixar decantar um pouco e ver como retoma essa discussão", completou.

O PMDB prepara a reação ao movimento do governo de emperrar a reforma do ICMS. Em uma manobra regimental para impedir o arquivamento do projeto de Lei Complementar que renegocia as dívidas dos Estados e municípios com a União e convalida os incentivos fiscais, um deputado da base aliada deve apresentar ainda nesta terça-feira, 21, outro projeto de lei nos mesmos termos do que o governo quer arquivar.

Esse movimento fará com que o novo projeto seja apensado à proposta do Executivo, segundo as regras do regimento interno da Câmara. Essa manobra tem dois objetivos: impedir o arquivamento da proposta, conforme anunciado na segunda-feira, 20, pelo Ministério da Fazenda; e garantir que a relatoria da reforma fiscal continue nas mãos do líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).

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Os termos da reforma do parecer de Eduardo Cunha no projeto que o governo quer arquivar têm o apoio de pelo menos seis governadores (AL, GO, MG, RJ, RS e SP) e dos prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB); e de São Paulo, Fernando Haddad (PT). O relatório de Cunha desagradou o governo porque amplia os benefícios aos governos estaduais ao conceder desconto de até 45% da dívida com a administração federal, entre outros pontos.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) apresentou uma emenda para reduzir o porcentual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações realizadas a partir da Zona Franca de Manaus. Na semana passada, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o projeto de resolução que muda as alíquotas do ICMS, mas decidiu manter em 12% o porcentual do imposto para as transações que saiam do polo industrial de Manaus.

A emenda de Monteiro, que deve ser apreciada no plenário, reduz o porcentual para 9%. Atualmente, além da Zona Franca, as operações que partem das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo em direção ao restante do País praticam alíquota de 12%. As transações que saem das regiões Sul e Sudeste, 7%.

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A intenção do senador do PTB, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, de propor a alíquota de 9% para a Zona Franca é manter a atual diferença de porcentuais na reforma do ICMS. O parecer aprovado na CAE derruba para 4% as operações que saem do Sul e Sudeste e para 7%, do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo. "Acho que vamos ter um bom nível de apoio", garante.

As mudanças feitas pelos senadores na CAE não contam com o aval do governo, que decidiu deixar de garantir apoio à mudança das alíquotas do ICMS. Sem qualquer mudança, o governo já disse que não dará apoio à criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional para compensar as mudanças das alíquotas do imposto, previstos na Medida Provisória 599/2012. Diante desse impasse, não há prazo para que o projeto que altera as alíquotas do ICMS seja votado pelo plenário do Senado. Regimentalmente, é a última etapa antes de ela passar a vigorar.

Empresas estão conseguindo na Justiça liminares para não ter de cumprir uma obrigação de discriminar na nota fiscal o valor da importação do bem. A determinação, que começou a valer a partir de 1.º de maio, está prevista pelo Ajuste Sinief 19 do Conselho de Política Fazendária (Confaz), que regulamentou a Resolução 13/12, do Senado.

Essa resolução acabou com a chamada guerra dos portos e unificou a alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4% para produtos importados.

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O secretário da Fazenda de Pernambuco, Paulo Henrique Saraiva Câmara, afirmou nesta sexta-feira (17), que a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) precisa ainda de clareza, transparência e de regras bem definidas. De acordo com ele, os senadores que representam o Nordeste no Congresso estão favoráveis ao texto apresentado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

"A exceção é a discussão sobre a assimetria nas alíquotas interestaduais só de produtos industrializados", comentou o secretário, em seminário O ICMS que Interessa a Todos, promovido pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham Brasil), em São Paulo.

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O texto aprovado na CAE prevê três alíquotas de ICMS: de 4%, 7% e 12%. No caso das transações que saírem do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Estado do Espírito Santo, a alíquota aprovada foi de 7%. O governo não concorda que as transações de comércio e serviços sejam incluídas na alíquota de 7%, que originalmente se destinaria aos produtos industriais e agroindustriais.

Saraiva Câmara ressaltou que, junto com a alteração das alíquotas de ICMS, devem ser debatidos pontos como o Fundo de Participação dos Estados (FPE), a dívida dos Estados com a União e a convalidação dos benefícios já concedidos. A convalidação dos benefícios já concedidos, afirmou, traria segurança sobre os investimentos realizados em uma região.

"O contexto hoje deve ser de discussão das questões federativas. A taxa de pobreza do Nordeste é o dobro da média nacional", comentou o secretário. O ICMS representa 65% de toda a arrecadação de Pernambuco, informou o secretário. "Nosso sistema tributário hoje não combate as desigualdades. Há Estados que perdem com essa alíquota unificada em 4% em 12 anos", reclamou.

Ele afirmou ainda que seu Estado defende que se recolha ICMS no local de destino, "mas isso é um passo futuro". Assim como deve ficar para o futuro, na sua opinião, a unificação das alíquotas.

Já o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, voltou a criticar a manutenção pelo Senado da tabela de distribuição dos recursos do FPE, cuja rigidez, segundo ele, foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o secretário, as regiões Sul e Sudeste, que respondem por 56,5% de toda a população brasileira e 71,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e recolhem 78,7% de todo o Imposto de Renda e Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) no País, recebem apenas 15% do bolo federativo, comentou.

Sobre a reforma do ICMS interestadual, Calabi voltou a criticar a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado de projeto que, em vez de unificar alíquotas, prevê três alíquotas para o imposto - uma de 7%, outra de 4% e uma permanente de 12% para a Zona Franca de Manaus.

De acordo com ele, o objetivo da proposta inicial era acabar com a guerra fiscal gerada pelas diferenças de alíquotas, atrair investimentos, eliminar a insegurança jurídica e simplificar a legislação, o que acabou não sendo preservado pelo projeto aprovado na CAE.

Para o secretário da Fazenda do Estado do Mato Grosso do Sul, Jader Rieffe Julianelli Afonso, o projeto de reforma, no entanto, "atendeu um pouco o pleito dos Estados menos desenvolvidos", mas é necessário ainda discutir aspectos federativos. "A mudança é necessária, mas os passos talvez tenham de ser mensurados. A diferença de alíquota compensa a diferença de logística", disse.

De acordo com Afonso, o ideal seria a unificação da alíquota em 4%, mas há Estados que teriam com isso perdas relevantes. No caso do Mato Grosso do Sul, a perda seria de 33% da receita. Hoje, 90% da receita do Estado advém do ICMS. "É preciso analisar a peculiaridade de cada região", afirmou. Afonso criticou os fundos que compensariam os Estados por eventuais perdas com a reforma do ICMS. "As regras não são claras", criticou.

Estados produtores, principalmente do Sul e Sudeste, têm pressa em alinhar propostas para aprovar a unificação de alíquotas interestaduais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O receio é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue as cerca de 40 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contra benefícios concedidos a setores e empresas por diversos Estados, o que cria risco de anular as medidas regionais.

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais, Leonardo Colombini, há consenso para aceitar o projeto de alteração das alíquotas aprovado semana passada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A proposta, que precisa ser aprovada pelo plenário da Casa, reduz progressivamente as alíquotas do ICMS até a unificação em 7% sobre produtos industrializados feitos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste destinados ao Sul e Sudeste e em 4% o imposto no sentido inverso.

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Colombini ressaltou que há urgência em um acordo para a unificação das tarifas porque a possibilidade de o STF julgar as ADIs cria risco e insegurança jurídica "não só em Minas Gerais", mas sim para "todos os Estados". Por isso, estamos discutindo e chegando a um consenso de como a gente faz para que isso não ocorra. Não tem a menor dúvida de que queremos proteger as empresas, sim, que tenham benefícios. Senão, iríamos trazer um transtorno terrível para toda a economia brasileira. As empresas não aguentariam pagar aquilo que teria que ser cobrado delas", avaliou o secretário.

Ele afirmou que um dos empecilhos para que o projeto aprovado pela CAE tenha adesão de todos os Estados é a emenda que estende para o comércio a redução prevista para os produtos industrializados. "Isso a gente não concorda", adiantou. Outro problema, segundo o secretário, é a manutenção de alíquotas de 12% para produtos da Zona Franca de Manaus e para o gás, por exemplo, proposta também criticada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "Está se criando colcha de retalhos que vai complicar o ICMS. O gás é um energético importante para a produção o Brasil. Eu recebo a 12% em Minas, cobro 18%. Aí, quem precisa vender fornecer gás para a indústria, tem alíquota elevada", observou.

A Comissão Mista da Medida Provisória 599/2012, que cria os fundos de compensação para as mudanças nas alíquotas do ICMS interestadual, cancelou a reunião marcada para terça-feira, 14, na qual seria votado o parecer do relator, senador Walter Pinheiro (PT-BA). A apreciação dessa MP está em compasso de espera há pelo menos duas semanas, desde que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou uma reforma nas alíquotas do ICMS que desagradou o governo e a equipe econômica.

A situação da reforma do imposto está cada vez mais difícil de ser resolvida depois das notícias de que o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, principal negociador da reforma no Congresso, avisou ao governo que pretende deixar o cargo em breve.

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Pelo calendário do relator da MP, o texto na comissão mista tem de ser votado até pelo menos 21 de maio, a tempo de ser apreciado pelos plenários da Câmara e do Senado antes de a MP perder a validade.

Depois de uma hora e meia de reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), atacou, nesta sexta-feira, 10, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao comentar a defesa pelo governo paulista de baixar a alíquota de ICMS na Zona Franca de Manaus. O prefeito tucano disse que esse posicionamento de São Paulo condena o Estado a não eleger "tão cedo" um presidente da República.

"A atitude predatória de São Paulo condena o Estado a não eleger tão cedo um presidente da República", disse Virgílio. Na terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou um destaque do senador Eduardo Suplicy ao parecer sobre o projeto de resolução de unificação das alíquotas do ICMS e decidiu manter em 12% a alíquota para a Zona Franca de Manaus. O destaque pedia redução da alíquota para 7%.

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A rejeição do destaque foi mais uma derrota para São Paulo na reforma do ICMS, cujo texto enviado pelo governo federal originalmente previa a adoção da alíquota única de 4% para todas as transações. Os paulistas defendem um único porcentual do imposto - o próprio Alckmin tratou do assunto com a presidente Dilma Rousseff na semana passada.

"(Essa) É uma questão federativa em que cada senador vota da melhor maneira. Alguns podem votar iludidos, quando vejo alguém de Tocantins votar junto com São Paulo, considero que é quase uma alienação. Nunca vi ovelha fazer acordo com lobo. Ovelha fala com outra ovelha", afirmou o prefeito. "Manaus é no máximo um carneirinho. São Paulo tem 34% do PIB, e o governador querer convencer, a quem quer que seja, de que esse carneirinho de 1,5% do PIB é capaz de destruir um gigante de 34% do PIB..."

Na avaliação de Virgílio, a visão de Brasil "exige de São Paulo concessões e não falácias". "Não é verdade que haverá desindustrialização (em São Paulo, com a manutenção da alíquota do ICMS na Zona Franca de Manaus). As fronteiras do Brasil vão além das fronteiras de São Paulo. Uma indústria sair de lá eventualmente significa que algum outro Estado ganhou oportunidade de gerar emprego", afirmou. "Aconselho que quando (Alckmin) for lá pra Manaus, vá de chapéu, bigode, todo disfarçado, porque as pessoas lá não morrem de alegria por ele, ao contrário de São Paulo, que me respeita muito, Manaus não gosta dele."

O prefeito de Manaus disse que, no momento, não tem "vontade" nem "necessidade" de conversar com o governador de São Paulo, apenas se a posição dele mudar, no sentido de buscar uma maior "flexibilidade". "É hora de deixarmos assentar a poeira para não ficarmos estimulando uma guerra de Brasil contra Brasil", afirmou.

Questionado sobre o posicionamento da presidente Dilma Rousseff acerca do assunto, Virgílio limitou-se a dizer que "a minha parte eu falo, a parte dela eu preferia não falar tanto". No entanto, o prefeito tucano afirmou que sentiu a presidente "sensibilizada" com a questão.

Na pauta da reunião no Palácio do Planalto, o prefeito e a presidente discutiram ICMS, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e investimentos. Segundo Virgílio, as eleições do ano que vem não foram comentadas. "2014 é um outro jogo, uma outra história", desconversou.

O secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, afirmou nesta quarta-feira que a proposta de reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aprovada nesta terça-feira, 7, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado traz distorções de considerações constitucionais e rupturas do equilíbrio federativo.

Segundo ele, a proposta aprovada com três alíquotas complica e acrescenta complexidade ao sistema do ICMS. O secretário afirmou a proposta não garante o respeito ao crédito cobrado por outros Estados. Ele acredita que ainda haverá fraudes nas notas fiscais, como no comércio. Calabi participou, no Ministério da Fazenda, de reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), com a presença do secretário-executivo da Pasta, Nelson Barbosa.

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