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Antonio Fagundes é o protagonista de um vídeo do canal “Porta dos Fundos”, que aborda  a campanha “Novembro Azul” e a conscientização do câncer de próstata.Com muito humor, o vídeo viralizou ao mostrar Fagundes usando um vocabulário explícito ao convocar os homens para se cuidarem. 

Com um sorriso e vestindo azul, a cor da campanha, o ator diz: “Olá, você me conhece das novelas da televisão, mas hoje tô aqui pra falar de um assunto sério. Você sabia que a cada 38 minutos morre alguém por câncer de próstata? Novembro tá chegando, e com ele a campanha Novembro Azul, então a pergunta que fica é: quando é que você vai liberar esse c* aí?”. Fagundes também fala sobre o preconceito que alguns homens ainda nutrem em relação ao exame preventivo: “Muito homem se recusa a soltar o fedido no dedo do médico, por achar que essa experiência vai afetar de alguma forma a sua sexualidade, mas isso é um mito. Não existem evidências de que abrir a avenida pra deixar o ônibus passar interfira na sua orientação sexual”, explica de forma humorada.

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O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais e Antonio foi muito elogiado. “Eu não sabia que precisava ver o Antônio Fagundes falando tanto cu por minuto até ver”; “Antônio Fagundes, é o melhor”; “Eu tô passando mal com essa participação do Antônio Fagundes em ação do Novembro Azul sobre prevenção ao câncer de próstata”; “Quanta irreverência em Antônio Fagundes”.  

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O escritor e ator italiano Dario Fo, Nobel de Literatura por sua extensa obra irreverente e criativa, foi um intelectual comprometido e uma referência moral para a esquerda italiana.

O dramaturgo, ator, diretor teatral, escritor, ensaísta, poeta e pintor morreu em um hospital de Milão por problemas respiratórios, acompanhado por seu filho Jacopo.

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"Teve um grande final", reconheceu o filho, que aceitou que o funeral seja aberto ao público no próximo sábado, na praça central de Milão.

"Foi o maior e mais famoso artista italiano de todos os tempos", lamentou o jornal italiano La Repubblica.

Nascido em 24 de março de 1926 na Lombardia (norte), em uma família operária antifascista, Dario Fo estudou pintura e arquitetura antes de iniciar sua bem sucedida carreira teatral no início da década de 1950.

O célebre dramaturgo deixa mais de 100 obras teatrais, entre as quais se destacam "Mistério bufo" (1969) e "A Morte Acidental de um anarquista" (1970), nas quais critica a Igreja, a máfia e o poder político.

Seu teatro se caracteriza por uma linguagem absurda, na qual mescla dialetos, latim, italiano e citações literárias.

Fundador junto com sua ex-esposa Franca Rame, musa, companheira e coautora de inúmeras peças de teatro, do grupo "La Comune" nos anos 70, Dario Fo soube com ironia tratar tanto de temas políticos como de conflitos sobre o amor e o sexo.

Anticonformista, simpatizante comunista, admirador da experiência chilena de Salvador Allende, as pessoas de teatro de todo o mundo o chamavam de "o mestre", sendo um dos autores teatrais mais representados depois de Goldoni.

- Artista de seu tempo -

O sexto Nobel italiano era um homem alegre e será recordado por suas gargalhadas e sua maneira descomplicada de viver.

Censurado pela televisão pública nos anos 1960, por desmascarar a hipocrisia da chamada "sociedade burguesa", assim como por suas canções revolucionárias, por acreditar no amor livre, falar da infidelidade amorosa e ter uma especial sensibilidade pela problemática feminina, Dario Fo jamais teve boas relações com os representantes do poder.

Premiado, segundo a Real Academia de Estocolmo, "por fustigar o poder e restaurar a dignidade dos humilhados", seu Nobel foi interpretado como um reconhecimento ao teatro político.

Seus monólogos e esboços, cheios de crítica social, deixam uma ampla margem para a improvisação e se inspiram na commedia dell' arte, assim como no teatro de Vladimir Maiakovski e Bertolt Brecht.

Sua obra aborda todas as questões políticas e sociais de seu tempo: a guera do Vietnã, o assassinato do presidente John Kennedy, a questão palestina, a aids, o aborto, a corrupção e a ecologia.

Com Franca Rame, falecida em 2013 aos 83 anos, teve seu único filho, Jacopo Fo, sócio e cúmplice em suas inúmeras aventuras, formando atores e levando o teatro a fábricas e às ruas.

Em seu textos, Fo não poupou dardos contra um sistema político que considerava corrupto e injusto e em seus espetáculos ridicularizava o então magnata e primeiro-ministro Silvio Berlusconi, personagem a quem detestava abertamente.

Era um expert em pintura, admirador dos afrescos de Piero della Francesca e também capaz de pintar e reproduzir grandes autores como Picasso.

Criticado pelo poder político e eclesial, o mestre da sátira e referência da esquerda italiana, aceitou ser candidato à prefeitura de Milão em 2007, e, decepcionado com a classe política, apoiou nos últimos anos de vida o Movimento 5 Estrelas, do cômico Beppe Grillo, com quem escreveu, em 2013, a obra "Il Grillo sempre canta al tramonto".

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