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Um tribunal especial de Bangladesh adiou o veredicto contra o principal líder de um partido islâmico acusado de crimes de guerra após o defensor passar mal. Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio, assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão, em 1971.

O chefe de um painel de três juízes, M. Enayetur Rahim, explicou que uma nova data não será definida até que se avalie detalhadamente a condição médica de Nizami. "Nós não achamos que será lógico anunciar o veredicto sob as atuais circunstâncias", disse.

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A guerra ainda é um assunto emocional. Bangladesh acusa os soldados paquistaneses de matarem três milhões de pessoas, estuprarem 200 mil mulheres e forçarem cerca de 10 milhões a procurarem abrigo em campos de refugiados na Índia.

Isso levou alguns, que demandam a pena de morte a Nizami, a avaliar o adiamento como uma conspiração. "Nós não aceitaremos qualquer compromisso com as pessoas que mataram nosso povo em 1971", disse Imran H. Sarkar, que está fazendo campanha pela sentença de morte. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente de um partido Islâmico de Bangladesh, Ghulam Azam, de 91 anos, foi condenado a 90 anos de prisão por crimes contra a humanidade durante a guerra de independência do país. A sentença, porém, irritou tanto seus partidários, para quem o julgamento teve motivação política, quanto seus opositores, que queriam que ele fosse executado.

Um painel especial, formado por três juízes, anunciou a decisão nesta segunda-feira numa sala lotada do Judiciário na capital do país, Daca. Os magistrados disseram que o ex-líder do partido Jamaat-e-Islami merecia a pena capital, mas seria preso por causa de sua idade avançada e de seus estado de saúde.

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Azam estava no banco dos réus quando o veredicto foi lido, enquanto manifestantes do lado de fora exigiam sua execução. Tanto a defesa quando a acusação disseram que vão recorrer da sentença.

O político liderava o Jamaat-e-Islami no então Paquistão Oriental em 1971, quando Bangladesh se tornou independente por meio de uma sangrenta guerra. Ele está entre os vários líderes do Jamaat-e-Islami condenados por um tribunal formado em 2010 pelo governo da primeira-ministra Sheikh Hasina para julgar os acusados de colaborar com o Exército paquistanês durante a guerra.

Segundo Bangladesh, o Exército paquistanês matou 3 milhões de pessoas e estuprou 200 mil mulheres durante a guerra, que durou nove meses, período no qual cerca de 10 milhões de pessoas se abrigaram do outro lado da fronteira, na Índia.

Azam liderou o partido até o ano 2000 e ainda é considerado seu líder espiritual. O Jamaat-e-Islami afirma que seu julgamento e de outros integrantes da legenda tiveram motivação política, o que é negado pelas autoridades.

Episódios de violência foram registrados após veredictos anteriores. Meios de comunicação, dentre eles o jornal Daily

Star, informaram que pelo menos três ativistas do Jamaat-e-Islami foram mortos no país nesta segunda-feira. Dois foram espancados até a morte por ativistas da oposição no distrito de Kushtia e o outro foi assassinato no distrito de Chapainawabganj, no noroeste, quando guardas paramilitares de fronteira abriram fogo depois que uma bomba foi jogada contra a polícia.

O tribunal disse que Azam é culpado por 61 acusações em cinco categorias: conspiração, incitamento, planejamento, cumplicidade e falha em impedir assassinatos. Ele e seu partido foram acusados de formar brigadas de cidadãos para cometer genocídio e outros crimes graves contra combatentes pró-independência durante a guerra. Fonte: Associated Press.

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