Tópicos | Jandrira Feghali

Os partidos de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) defenderam, nesta terça-feira (7), durante uma reunião com o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PR-AM), que haja mais debates sobre o assunto. Os líderes propuseram 15 audiências públicas em Brasília e, no mínimo, mais 10 nos Estados.

A comissão especial retoma hoje os trabalhos com a votação de requerimentos de encontros para tratar do tema. A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição quer focar o debate na economia, mas sem deixar de discutir questões temáticas como os benefícios, as mulheres e o modelo de previdência que se quer adotar.

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“Precisamos também que os dados cheguem à Câmara, porque o governo ainda não os encaminhou”, disse a líder em referência aos números que embasam a proposta do governo.

Apesar da maioria já se declarar contra as mudanças, o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que foi feito um acordo de não obstruir os debates na comissão, que devem acontecer durante maio e junho. Depois disso, deve começar a discussão sobre o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

“Queremos o debate para mostrar que há alternativas melhores do que essa apresentada pelo governo. O ideal é que a comissão comece os trabalhos ouvindo o secretário de Previdência, Rogério Marinho, e termine com uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes”, disse Molon.

A proposta

A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende alterar o sistema de Previdência Social para os trabalhadores do setor privado e para os servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima para aposentar será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição para os atuais contribuintes.

O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, segundo o governo, é conter a diferença entre o que é arrecadado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o déficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 266 bilhões.

*Com informações da Agência Câmara

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