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Um relatório investigativo revelou uma lista com os abusos sexuais que permaneceram impunes por mais de 50 anos cometidos pelo apresentador da BBC, Jimmy Savile, contra suas vítimas, com idade entre 8 e 47 anos, enquanto a Justiça faz sua mea culpa.

Jimmy Savile, que morreu em 2011 aos 84 anos, foi um "predador sexual" que usou seu status de celebridade para cometer 214 "atos criminosos", incluindo 34 estupros, entre 1955 e 2009, indica o relatório da polícia e do serviço de proteção à criança, após uma investigação de três meses sobre este escândalo.

Estrela excêntrica dos anos 1970-80, que apresentou um programa infantil e estava envolvido em muitas obras de caridade, agia em sua cidade natal, Leeds, e em Londres nas instalações da BBC, em escolas, 13 hospitais e uma casa para os jovens, de acordo com o relatório.

A vítima mais jovem conhecida foi um menino de oito anos de idade na época, mas mais de 80% das vítimas eram meninas e mulheres, a maioria com idade entre 13 e 16 anos.

Foram praticados principalmente "agressões sexuais, quando a oportunidade se apresentava", mas alguns atos eram "planejados", de acordo com o documento.

A impunidade beneficiada por Jimmy Savile durante toda a sua vida resultou em um pedido de desculpas do Ministério Público, que nesta sexta-feira divulgou um relatório sobre os motivos que levaram à decisão de arquivar o processo em 2009, apesar das queixas recebidas pela polícia de Surrey (sul).

"Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para pedir desculpas pelo fracasso da Promotoria", declarou o diretor do Ministério Público (DPP), Keir Starmer, afirmando que espera que o caso "marque um ponto de viragem".

Alison Levitt, conselheiro judicial do DPP, considerou que "se a polícia tivesse adotado uma abordagem diferente, as acusações poderiam ter sido levadas adiante, pelo menos no caso de três vítimas". Ele afirmou ainda que as queixas foram tratadas "com uma advertência que era não justificada nem apropriada".

Para Peter Watt, o diretor da agência britânica de proteção à criança, co-autor do relatório, a extensão do abuso vai "além da compreensão", qualificando Savile como "um dos predadores sexuais mais ativos que já conheci".

"Está claro que Savile maliciosamente construiu toda a sua vida profissional, a fim de ter acesso a crianças indefesas para cometer seus abusos", disse.

"Ele se escondeu atrás de um véu de excentricidade, jogando a carta do blefe para aqueles que o questionavam", continuou Peter Watt, referindo-se aos rumores que circulavam sobre a vida e moral de Jimmy Savile.

"Ele não pode ser levado à justiça hoje, mas esperamos que este relatório leve algum conforto para as centenas de vítimas que já foram ouvidas e levadas a sério", declarou o oficial de polícia encarregado da investigação, Peter Eixo, da Scotland Yard. "Temos de usar esses eventos chocantes para evitar que outras crianças e outros adultos vulneráveis sejam vítimas de abusos", acrescentou.

As acusações contra Jimmy Savile, reveladas em outubro passado pelo canal ITV, provocou uma crise interna na BBC, que foi acusada de tentar abafar o caso e que, posteriormente, teve sua situação agravada com a falsa acusação de um político conservador da era Thatcher. Eventos que levaram à renúncia do seu CEO, George Entwistle.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, a BBC expressou "consternação" sobre os crimes cometidos em suas instalações, e reiterou suas "sinceras desculpas às vítimas."

O ex-apresentador da rede britânica BBC, Jimmy Savile, cometeu mais de 200 crimes sexuais durante cerca de 50 anos, informa um relatório da polícia divulgado nesta sexta-feira. Segundo o documento, crianças e adolescentes compõem a maior parte das vítimas, que foram atacadas em todo o Reino Unido, em locais que vão de estúdios de TV a hospitais e até mesmo um hospício.

Detetives disseram que a escala dos abusos de Savile não tem "precedentes no Reino Unido". Os investigadores registraram 214 crimes supostamente cometidos pelo ex-apresentador entre 1995 e 2009, incluindo 34 estupros, contra vítimas de idades entre 8 e 47 anos. Ao todo, 450 pessoas se apresentaram com informações sobre abusos de Savile.

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O número de crimes deve aumentar ainda mais, uma vez que mais relatos de vítimas estão sendo registrados, disse o detetive superintendente David Gray, chefe policial da investigação. O relatório da polícia é o mais completo até agora sobre as acusações contra Savile, uma personalidade famosa que morreu em outubro de 2011, aos 84 anos.

O sofisticado funeral do ex-apresentador refletiu sua carreira como celebridade e incansável ativista de projetos de caridade, mas um documentário divulgado no ano passado tirou sua máscara, mostrando que ele era um grave criminoso sexual que se aproveitava da fama para atacar crianças. As informações são da Associated Press.

A polícia metropolitana de Londres informou nesta quarta-feira (12) que investiga 199 acusações de estupros e abuso sexual supostamente cometidos por Jimmy Savile, o falecido apresentador de um programa infantil na televisão estatal British Broadcasting Corporation (BBC). Savile morreu de causas naturais aos 84 anos, em 2011.

As denúncias contra o apresentador começaram a ser feitas após a morte de Savile. Segundo a polícia, a maioria das vítimas são mulheres e as acusações são de abusos sexuais, embora 31 denúncias sejam de estupros. As vítimas eram crianças e adolescentes quando os crimes teriam sido cometidos, entre as décadas de 1980 e 2000. A BBC foi acusada de encobrir as acusações contra Savile, enquanto fazia documentários elogiosos sobre a vida do apresentador.

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As informações são da Associated Press.

Uma investigação sobre a BBC teve início nesta segunda-feira, depois que a rede britânica se viu envolvida no escândalo de abusos sexuais contra menores praticados pelo ex-apresentador Jimmy Savile, morto há um ano.

A investigação, conduzida pela juíza Janet Smith, concentra-se no período em que ocorreram os supostos abusos de 300 vítimas ao longo de quatro décadas. Savile foi uma das principais figuras da televisão britânica durante os anos 1970 e 1980.

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Muitos desses abusos podem ter ocorrido nas instalações da própria BBC, onde Savile apresentou seus famosos programas infanto-juvenis.

A juíza vai considerar os testemunhos daqueles que relataram abusos nas instalações da BBC e daqueles que expressaram em algum momento preocupação com as atividades de Savile.

Um dos objetivos da juíza é determinar "em que medida a equipe da BBC tinha, ou deveria ter, conhecimento da conduta ilícita ou indevida de Jimmy Savile na própria BBC ou durante viagens para a BBC", segundo o site da cadeia.

Além disso, a investigação examinará se as políticas de proteção à criança e de denúncia de irregularidades vigentes na cadeia são "apropriadas", acrescentou.

Este é um dos dois inquéritos internos que a direção da BBC se comprometeu a realizar em outubro, quando eclodiu o escândalo de Jimmy Savile, que prejudicou a reputação da televisão.

O outro, conduzido por um ex-diretor da rede Sky News Nick Pollard, deve averiguar se havia algum tipo de acobertamento por parte de funcionários da BBC quando houve a decisão de não levar ao ar, em dezembro do ano passado, uma entrevista com testemunhos de vítimas de Jimmy Savile, morto poucas semanas antes aos 84 anos de idade.

Os supostos abusos de Savile, considerado agora um dos maiores criminosos sexuais da história britânica, foram finalmente revelados no início de outubro por outra rede britânica, a ITV, que transmitiu os testemunhos de cinco mulheres que afirmam terem sido vítimas de violência sexual pelo apresentador quando eram menores.

Dadas as proporções que o escândalo tomou, a Scotland Yard lançou uma investigação penal, na qual os agentes identificaram até agora cerca de 300 vítimas em potencial, principalmente meninas, de Savile e outros suspeitos de cometer abusos, juntamente com o apresentador.

Após anunciar que havia prisões iminentes na semana passada, a polícia prendeu no domingo um ex-ídolo pop britânico Gary Glitter em conexão com este caso, antes de libertá-lo sob fiança, com ordens de se apresentar à justiça novamente em meados de dezembro.

Glitter, de 68 anos, teve seu auge nos anos 1970 graças à canção "I'm the leader of the gang (I am)", antes de ser condenado duas vezes por acusações relacionadas com pedofilia, uma no Reino Unido e outra no Vietnã.

Jimmy Savile, um verdadeiro patrimônio da TV britânica, adorado por gerações de jovens entre os anos 60 e 90, caiu em desgraça um ano depois de sua morte, ao ser acusado de abusos sexuais contra menores, um escândalo que afeta a BBC, suspeita de ter feito vista grossa em relação ao caso.

O escândalo explodiu após a exibição no início de outubro pelo canal ITV de um documentário no qual cinco mulheres afirmam ter sido agredidas sexualmente por Jimmy Savile quando eram menores de idade.

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Os fatos aconteceram supostamente na BBC, no Rolls Royce de Savile e em uma escola, entre outros lugares, segundo os depoimentos que parecem ter estimulado outras pessoas a falar.

A Scotland Yard, que chamou Jimmy Savile de "predador sexual delinquente", anunciou na terça-feira que registrou oito denúncias, duas delas por estupro, em quatro décadas a partir de 1959. A polícia acredita que podem existir entre 20 e 25 vítimas, que seriam principalmente jovens adolescentes, de 13 a 16 anos.

Os últimos depoimentos obtidos pela imprensa destacam que Jimmy Savile também teria agredido sexualmente jovens pacientes em hospitais para os quais arrecadava recursos.

Estas revelações, um ano depois da morte de Savile aos 84 anos, chocaram o Reino Unido, onde o apresentador, famoso pelo cabelo louro quase branco, as roupas extravagantes e o inseparável charuto, alcançou o status de estrela.

A grande popularidade foi obtida em dois programas de televisão: "Jim'll Fix It", no qual permitiu que centenas de crianças realizassem seus sonhos (comer biscoitos com forma de elefante, ver uma rena de verdade, etc) e "Top Of The Pops", programa musical com apresentações ao vivo.

Jimmy Savile também era muito respeitado pelo trabalho beneficente, com o qual arrecadou quase 50 milhões de euros, Também foi reconhecido pela rainha Elizabeth II e foi condecorado pelo papa João Paulo II.

Mas em poucos dias, o "tesouro nacional" caiu do pedestal.

Atônitas diante das acusações, várias cidades retiraram as placas com o nome do apresentador. A imponente lápide com o agora considerado provocativo epitáfio "It was good while it lasted" ("Foi bom enquanto durou") foi retirada e destruída a pedido da família.

Em uma demonstração da grande comoção provocada no Reino Unido, o primeiro-ministro britânico David Cameron chamou as acusações contra Savile de "totalmente escandalosas". Também exigiu explicações da BBC, acusada por vários funcionários no caso.

Os supostos abusos de Jimmy Savile eram "um segredo conhecido", afirmou na semana passada Liz Kershaw, ex-locutora da Radio 1, onde o apresentador também tinha um programa.

"Ele era considerado uma espécie de Deus", recorda Esther Rantzen, jornalista da BBC.

Os supostos abusos remontam a uma época, os anos 60 e 70 sobretudo, na qual "as condutas ruins eram endêmicas no mundo do rock e do pop", destacou o Daily Telegraph.

"Isto não pode desculpar em absoluto Jimmy Savile", insistiu a BBC, embaraçada com as "acusações horríveis".

Para tentar acalmar os ânimos, a emissora pública apresentou um pouco comum pedido de desculpas às supostas vítimas e prometeu uma investigação interna quando a polícia encerrar o inquérito.

A polícia já havia recebido denúncias contra Jimmy Savile, mas nenhuma chegou aos tribunais por falta de provas suficientes.

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