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Com o fim do velório de Pelé e de todo o cortejo pela cidade de Santos, a ausência dos jogadores que conquistaram o pentacampeonato mundial para o Brasil saltou aos olhos. Através das redes sociais, Cafu e Rivaldo explicaram a razão que fez com que não estivessem no último adeus ao Rei do Futebol.

Capitão da seleção brasileira na Copa de 2002, Cafu explicou, através de um longo vídeo em seu instagram, que estava em Frankfurt e não conseguiu antecipar sua volta para o Brasil para chegar a tempo para o velório de Pelé.

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"Infelizmente e com todo pesar eu não pude estar no velório do Pelé, estou do outro lado do mundo, a trabalho, meus voos de volta ao Brasil iniciaram nesta madrugada com algumas paradas que me farão chegar no Brasil apenas amanhã. Tive total compreensão para ir embora antes, mas não consegui antecipar os voos ou até mesmo diminuir as paradas com voos mais diretos, infelizmente não consegui. Isso muda o que sinto por Pelé, ou o que ele representa para mim e para o futebol? Jamais!", diz o texto da publicação de Cafu.

Já Rivaldo usou um vídeo de uma entrevista do próprio Pelé para explicar o motivo que o deixou longe do último momento com o Rei do Futebol. De acordo com a postagem, o camisa 10 do Brasil na Copa do Mundo de 2002 assumiu que não gosta de fazer homenagem neste momento.

"Gostaria de passar a limpo essa história que estão falando na mídia que nenhum jogador do penta foi no velório do Pelé . Eu falo por mim, que mesmo se eu estivesse no Brasil não tenho certeza se iria ao velório mesmo sabendo que o Pelé foi o melhor de todos os tempos. Não gosto de fazer homenagem nesta hora, não sou contra quem quer fazer. Eu conheci o Pelé, tive várias vezes com ele e tive a oportunidade de honrar e homenagear ele em vida. Mostrei meu carinho e admiração por ele em cada momento e ele sempre agradeceu por isso. Ninguém vai mudar o meu respeito e admiração que eu tinha e continuo tendo por ele por não ir no velório. A melhor homenagem é em vida e isto eu fiz e estou com a consciência bem tranquila."

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O velório de Pelé atraiu mais de 200 mil pessoas na Vila Belmiro, em Santos, e mobilizou autoridades e personalidades do esportes. No entanto, nenhum dos principais jogadores da atualidade nem ex-jogadores pentacampeões mundiais foi pessoalmente à cerimônia dar o último adeus ao rei.

Do grupo do tetra, apenas Mauro Silva marcou presença. Mas o ex-meio-campista é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e esteve representando a entidade que comanda o futebol paulista.

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No Catar, onde acompanhou a Copa do Mundo, Kaká disse que os brasileiros, no geral, não valorizam os ídolos do esporte que Ronaldo, no Brasil, era "só um gordo andando pela rua". No entanto, nem ele nem outro ex-jogador do penta foi ao velório, bem como a um evento organizado pela Conmebol durante o Mundial em homenagem ao Rei.

Ronaldo, Romário e Neymar foram ausências sentidas. Os três mandaram coroas de flores, mas os dois primeiros não explicaram porque não puderam estar na solenidade. Neymar, astro do Paris Saint-Germain revelado pelo Santos, não pôde comparecer à Vila Belmiro, porque, segundo o pai do atleta, Neymar da Silva Santos, que o representou na solenidade, não foi liberado pelo Paris Saint-Germain.

"Não, não, não consegue", respondeu o pai de Neymar, em tom de irritação, ao ser perguntado se o filho estaria na cerimônia. "Meu filho pediu para que eu estivesse aqui no lugar dele e trouxesse apoio à família". Também era esperado que o técnico Tite, comandante da seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo estivesse na Vila Belmiro.

Essas ausências, sobretudo dos principais nomes do penta, incluindo também Ronaldinho Gaúcho e Cafu, provocaram críticas aos ausentes e geraram estranhamento. Amigos, ex-atletas históricos do Santos e a família de Pelé não entenderam algumas das ausências.

Por outro lado, ídolos do Santos e companheiros de Pelé, como Manoel Maria, Clodoaldo, Lima, Lalá, e Aguinaldo, goleiro que carregou o Rei no colo quando ele anotou o seu milésimo gol, foram dar adeus ao amigo e se emocionaram. Outras figuras importantes do Santos, como Narciso, Leo, Elano, Zé Roberto e Serginho Chulapa foram se despedir do Rei. Chulapa, em particular, chorou muito. Zé Roberto carregou com Edinho, filho de Pelé, o caixão.

Atual técnico do Santos, Odair Hellmann também esteve presente, além do coordenador de futebol Paulo Roberto Falcão. Do atual elenco do Santos, foram ao velório o zagueiro Messias, o meio-campista Vinícius Zanocelo e os atacantes Soteldo, Ângelo e Marcos Leonardo. Atletas do time sub-20 que irá disputar a Copinha também deram adeus ao Rei.

"O Rei foi o mais emblemático entre os Meninos da Vila. Todo mundo sonha em ser um pela grandeza do Pelé. O Rei me lembra títulos, Copa do Mundo e genialidade. O maior de todos", declarou o garoto Ângelo, que vestia uma camisa com a imagem de Pelé. O único ex-jogador que não atuou no Santos a comparecer até o momento foi Emerson Sheik, ex-Corinthians.

Entre a madrugada e a manhã de terça-feira passaram pelo velório do Rei Pelé mais alguns ex-jogadores, entre eles Neto, Careca, Aranha e Marcelinho Carioca, todos que defenderam o Santos. "O que está acontecendo é muito pouco. As pessoas precisavam entender quem foi Pelé", criticou Neto, hoje apresentador da Band, em depoimento à Santos TV.

Entre os clubes, o São Paulo foi representado pelo presidente Julio Casares. Corinthians e Palmeiras não mandaram representantes, nem mesmo dirigentes. Os atletas não foram à cerimônia porque essas equipes argumentaram que o início da pré-temporada foi o impeditivo.

Se faltaram atletas e ex-atletas de peso, sobraram autoridades importantes no velório do maior nome da história do futebol. Os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, da Conmebol, Alejandro Domínguez, e da CBF, Ednaldo Rodrigues, além do ministro do STF, Gilmar Mendes, do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e dos prefeitos da capital paulista, Ricardo Nunes, e de Santos, Rogério Santos, apareceram na Vila.

Infantino foi que mais exaltou o Rei e disse que a Fifa pedirá a todos os países-membros da entidade que batizem pelo menos um estádio em cada país com o nome de Pelé. "Vamos homenagear o Rei como ele merece. Por esse motivo, pedimos um minuto de silêncio em todos os estádio e agora também vamos pedir a todas as federações no mundo inteiro que batizem um estádio de cada país com o nome de Pelé, porque os jovens têm que saber e lembrar quem ele era".

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