Tópicos | Johannes Heester

O mais velho artista em atividade (segundo o livro de recordes "Guiness Book") faleceu no último sábado (24), véspera de Natal, aos 108 anos, em um hospital na região da Baviera, na Alemanha, onde morava com sua família. Johannes Heesters nasceu na Holanda, em 1903 e durante o Terceiro Reich foi um dos cantores favoritos de Adolf Hitler, fato que o “perseguiu” até seus últimos dias de vida.

Há algum tempo, um jornalista reprovou o fato de Heesters ter visitado um campo de concentração em Dachau, na região da Baviera - durante a liderança de Hitler - e ter assistido a um concerto em sua homenagem, com direito a apresentação da Orquestra de Judeus presos. O cantor - que também era ator - teria uma etiqueta de identificação de "cantor do regime nazista", mas Johannes negava este fato.

Em 1964, o artista interpretou o capitão Von Trapp, na montagem teatral de “Sonrisas y Lágrimas” (uma das montagens do clássico A Noviça Rebelde). O papel do capitão era o de um viúvo anti-nazismo que se apaixona pela babá de seus sete filhos. A sociedade holandesa não o perdoou por considerar o ato da interpretação de Heesters um insulto à memória da Família Von Trapp, que realmente existiu na Áustria e que se refugiou nos Estados Unidos durante a ditadura nazista.

 

Carreira - Johannes não se deixava abalar pelas críticas da mídia. O artista subiu ao palco, ao longo de sua carreira, cerca de nove mil vezes, sendo destas 1.600 “apenas” pela opereta A viúva alegre, do compositor austro-húngaro Frans Lehar.

Em 2008, ano em que completou 105 anos, ele voltou aos palcos de Amersfoort, sua cidade natal, após décadas, mesmo sob protestos e com uma saudação nazista como uma espécie de crítica coletiva da sociedade holandesa. Johannes concluiu sua apresentação e afirmou que, apesar da idade avançada, sua alma era a de um jovem.

O "multiartista" ainda atuou, em 2011, o curta-metragem “Ten” e, em 2007, o seu último single “Generationen”.

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