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No Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, autoridades europeias fazem um aceno à data e relembram as vítimas do nazismo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu em sua conta na rede social X (antigo twitter) que, "no dia em Memória do Holocausto, nós lembramos das vítimas e pronunciamos seus nomes em voz alta". Ela afirmou ainda que os atos antissemitas estão aumentando "de forma alarmante" e que "é nosso dever proteger e fazer prosperar a vida judaica na Europa".

O chanceler alemão Olaf Scholz se manifestou ao dizer "nunca mais à exclusão social e à privação de direitos, à ideologia racista, à desumanização e à ditadura". Em sua conta no X, ele escreveu que "nosso 'nunca mais' tem milhões de vozes e a nossa democracia milhões de rostos".

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O presidente da França, Emmanuel Macron, também se pronunciou. "Há 79 anos, o campo de extermínio de Auschwitz foi libertado. A humanidade estava finalmente perfurando as trevas do nazismo. Na memória eterna dos milhões de vítimas da Shoah (palavra hebraica para "catástrofe"), lembremo-nos que o antissemitismo e o ódio conduzem às piores atrocidades", escreveu.

Já o primeiro ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, compartilhou uma foto sua ao lado da sobrevivente de Auschwitz Lily Ebert, que comemorou recentemente seu aniversário de 100 anos. "Temos o dever de recordar os crimes horríveis do Holocausto. É por isso que conhecer sobreviventes como Lily Ebert é tão importante. Lily comemorou recentemente seu 100º aniversário. Por favor, reserve um tempo para ouvir sua história nas suas próprias palavras", falou.

Uma operação conjunta entre o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Polícia Militar e Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE), da Polícia Federal, apreendeu na sexta-feira, 19, cerca de 500kg de cocaína no município de Conquista D’Oeste, a 530 km de Cuiabá.

Segundo o comando da operação, a ação faz parte da operação Protetor das Fronteiras, que combate o tráfico de drogas e a movimentação do crime organizado na região de fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia.

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O material foi encontrado em dois veículos depois de uma denúncia anônima recebida. A droga estava dividida em 15 fardos grandes marcados com a suástica, um símbolo usado na Alemanha nazista dos anos 1930 e 1940.

Um suspeito foi preso e duas caminhonetes, apreendidas. A polícia busca os outros envolvidos no transporte da droga, que podem estar escondidos em matas da região.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso, desde 2019, o Gefron apreendeu cerca de 62,5 toneladas de drogas na região de fronteira, com valor estimado em R$1,5 bilhão.

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) denunciou uma atividade com apologia ao nazismo numa escola estadual de Arapongas, no Paraná. As imagens compartilhadas pela parlamentar nas redes sociais neste domingo, 8, mostram alunos ao lado de um boneco com o bigode em referência ao ditador Adolf Hitler, além de faixas vermelhas com a suástica pregadas nas paredes. A Secretaria de Educação do Paraná afirmou que está apurando o caso.

As fotos foram publicadas, originalmente, pelo perfil do Colégio Marques Caravelas na sexta-feira, 6, e apagadas horas depois. A descrição menciona que a atividade era parte de um projeto dos alunos do 3º do ensino médio sobre a Segunda Guerra Mundial. Segundo o texto, os estudantes também entrevistaram a filha de um soldado nazista, moradora de Rôlandia (PR).

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"A senhora entrevistada é Relinda Kronemberg, nasceu em 1934 e com oito anos voltou para a Alemanha. O seu pai era nazista e queria lutar pelo país", dizia a publicação, que foi deletada posteriormente.

O colégio ainda parabenizou a realização do evento e a iniciativa da professora responsável pela atividade na publicação. Além disso, classificou a conversa com a senhora como uma "belíssima e forte experiência", que "certamente irá tocar os corações de todos que assistirem a entrevista".

A publicação do colégio foi curtida pelo Núcleo Regional de Educação de Apucarana, braço da Secretaria de Educação do Estado na região.

Ao Estadão, a deputada Carol ressaltou que esse não é um caso isolado. "Há poucos meses, tivemos a deflagração de uma operação que fez busca e apreensão em diversas cidades dos Estados da região sul. Nesse cenário, é dever do campo democrático estar vigilante para qualquer ação ou discurso que possa fazer um regime nazista parecer justificável", disse.

A parlamentar ainda afirmou que, nas postagens, havia comentários de alunos que não entenderam a gravidade da situação. "É dever do governo do Estado e de toda a sociedade não deixar essa deturpação acontecer."

Secretaria de Educação apura o episódio

Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná afirmou que está apurando o caso. "A Seed-PR reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas encarada com extrema gravidade. A Secretaria instaurou procedimento de averiguação urgente e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído", disse.

Um documento descoberto recentemente sugere que o papa Pio XII tinha informações sobre os campos de concentração nazistas e o extermínio em massa de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A carta foi publicada pelo caderno "La Lettura", do jornal italiano Corriere della Sera neste fim de semana.

Datado de 14 de dezembro de 1942, o documento foi descoberto pelo arquivista e pesquisador do Vaticano, Giovanni Coco, que afirmou ao jornal italiano que a carta era uma correspondência detalhada sobre o extermínio nazista dos judeus, inclusive em fornos. A correspondência era de uma fonte da igreja na Alemanha que fazia parte da resistência católica contra Hitler e que conseguiu obter informações secretas.

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A documentação contradiz o argumento da Igreja Católica de que não podia verificar relatórios diplomáticos sobre crimes nazistas para denunciá-los e acende os debates sobre o legado de Pio XII, que será discutido em uma grande conferência numa universidade em Roma no próximo mês.

Historiadores se dividem sobre a atuação do papa no período da guerra, com apoiadores argumentando que ele usou a diplomacia discreta para salvar vidas judias e que o papa não pôde falar com veemência contra os nazistas por medo medo de represálias, enquanto críticos afirmam que ele permaneceu em silêncio enquanto o Holocausto acontecia.

A carta do padre, o reverendo Lothar Koenig, para o secretário de Pio, um outro jesuíta alemão chamado reverendo Robert Leiber, foi escrita em alemão e relata que os nazistas estavam matando até 6 mil judeus e poloneses diariamente em Rava Ruska, uma então cidade polonesa, que hoje está incorporada à Ucrânia. Os judeus também estavam sendo transportados para o campo de extermínio de Belzec.

A data da carta de Koenig sugere que a correspondência chegou ao escritório de Pio dias após o massacre em Rava Ruska, sendo apenas mais um documento diplomático, além das visitas de diversos enviados de governos estrangeiros a partir de agosto de 1942, com relatos de que até 1 milhão de judeus haviam sido mortos na Polônia, até então.

Embora não seja possível afirmar que Pio tenha visto a carta, Leiber era o principal assistente do papa e trabalhou com a autoridade quando ele era embaixador do Vaticano na Alemanha durante os anos 1920, sugerindo uma relação próxima, especialmente em questões relacionadas à Alemanha.

De acordo com livro "O Papa na Guerra", do antropólogo vencedor do Prêmio Pulitzer David Kertzer, um oficial de alto escalão do secretariado de estado, Monsenhor Domenico Tardini, disse ao enviado britânico no Vaticano em meados de dezembro de 1942 que o papa não podia falar sobre crimes nazistas porque não havia certeza das informações.

Em uma entrevista, Kertzer disse que o documento marca a primeira vez que uma referência a judeus sendo mortos em fornos foi revelada em uma carta que, segundo ele, certamente teria chegado ao conhecimento de Pio.

Kertzer disse que os historiadores estavam aguardando ansiosamente por revelações do período, porque, como arquivista do Vaticano, Giovanni Coco teve acesso a arquivos pessoais de Pio que ainda não haviam sido indexados e disponibilizados para estudiosos. O Vaticano autorizou a abertura dos arquivos secretos do pontificado de Pio em março de 2020.

"A novidade e a importância desse documento vêm deste fato: sobre o Holocausto, agora há a certeza de que Pio XII estava recebendo da Igreja Católica alemã notícias exatas e detalhadas sobre os crimes contra judeus", disse Coco em entrevista ao Corriere della Sera.

No entanto, o pesquisador observou que o autor da correspondência pediu à Santa Sé para não tornar público o que estava sendo revelado porque temia por sua própria vida e pela vida das fontes.

(Com AP)

Após a chuva de críticas nas redes sociais, a Riachuelo suspendeu a venda do conjunto de roupas listrado em azul e branco, semelhante aos uniformes dos campos de concentração nazistas. A loja pediu desculpas e disse que a venda das peças foi uma infelicidade.

Ao longo dos anos, as roupas listradas foram impostas dentro das cadeias para segregar os presos e facilitar a identificação. Pelo baixo custo de produção, as listras produzidas em azul e branco foram usadas pelo regime nazista e representa o cárcere do povo judeu.   

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Conjunto listrado em uma das lojas da rede. Reprodução/Redes Sociais

A especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya comentou sobre a falta de bom senso e o desrespeito à memória histórica do modelo.

"Tendências de moda não são isoladas da estética, da semiótica, da história, e nenhuma tendência deve estar acima da decência, da memória e do respeito", apontou.

A Riachuelo pediu desculpas e disse que não teve intenção de fazer alusão ao período que feriu os direitos humanos. A rede afirmou que a escolha do modelo foi uma infelicidade e ressaltou que todas as peças serão retiradas das lojas e do site.

A húngara Eva Fahidi, sobrevivente dos campos de concentração de Auschwitz e de Buchenwald, morreu nesta segunda-feira (11) aos 97 anos.

"Com grande tristeza, soubemos da morte esta manhã, em Budapeste, de Eva Fahidi-Pusztai, uma combatente comprometida com a democracia e com os direitos humanos", anunciou a Fundação dos memoriais de Buchenwald e de Mittelbau-Dora, em um comunicado.

"Sua voz cheia de sabedoria e calor nos fará muita falta", diz a nota, que também lamenta uma grande perda "para o trabalho de memória na Europa".

Nascida em 22 de outubro de 1925 em Debrecen (leste da Hungria), Eva Fahidi estava no Ensino Médio aos 18 anos, quando foi deportada na primavera de 1944, junto com 440.000 judeus húngaros, para os campos de extermínio.

Perdeu 49 membros de sua família, incluindo seus pais. Conservava na memória a última visão de sua mãe e de sua irmã caçula de 11 anos na rampa de seleção de Birkenau.

Libertada em março de 1945 pelas tropas americanas, voltou para a Hungria, onde desistiu do sonho de se tornar pianista pelas fortes sequelas das duras condições de trabalho.

Durante décadas, foi reticente a evocar os anos de cativeiro, mas depois de uma visita a Auschwitz em 2003, sentiu necessidade de escrever suas memórias.

Sua obra, "The Soul of Things: Memoir of a Youth Interrupted" ("A alma das coisas: memórias de uma juventude interrompida", em tradução livre), foi publicada primeiro em alemão, em 2004, e depois, traduzida para o húngaro.

Ao lado da então chanceler alemã, Angela Merkel, participou de uma cerimônia em Berlim pelo 70º aniversário da libertação de Auschwitz, em janeiro de 2015. Depois, prestou depoimento no julgamento, na Alemanha, do ex-contador do campo de concentração Oskar Gröning.

"Me dei conta de que minha vocação era falar sobre Auschwitz ao maior número possível de pessoas. Era o mínimo que podia fazer", disse ela em uma entrevista à AFP em 2016.

"Descobri que o ódio é um peso. O que aconteceu, aconteceu. Estou viva e amo a vida", completou.

Uma caixa de livros, que faz parte de um monumento aos judeus de Berlim deportados pelos nazistas, foi queimada parcialmente por um indivíduo não identificado na capital alemã, informou a polícia neste sábado (12).

"Quase todos os livros foram queimados", informaram as forças de segurança na rede social X, antigo Twitter.

Duas testemunhas viram, no começo da manhã, um homem ateando fogo a essa caixa de livros, uma antiga cabine telefônica transformada em minibiblioteca sobre o regime nacional-socialista, informou a polícia.

A caixa faz parte de um espaço comemorativo, chamado "Plataforma 17", situado na estação ferroviária de Grünewald, no oeste de Berlim.

Durante o Terceiro Reich (1933-1945), cerca de 50.000 judeus alemães foram deportados da "Plataforma 17" aos campos de concentração e extermínio de Auschwitz e Theresienstadt.

O memorial "Plataforma 17" foi inaugurado em janeiro de 1998 e inclui 186 placas com a data em que o trem partiu, o número de judeus a bordo e seu destino final.

A Polícia Federal em São Paulo vasculhou, na manhã desta terça-feira, 27, a casa de um homem de 67 anos acusado de fazer apologia ao nazismo na internet. Durante as diligências, executadas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba (interior paulista), o suspeito "reconheceu ser adepto do nazismo", informou a PF.

O homem foi enquadrado na lei que trata de "crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor" e, se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão.

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Durante as buscas na casa do suspeito, a PF encontrou imagens que remontam ao regime nazista, com as inscrições "Meine Ehre heißt Treue" - "lema da Schutzstaffel, organização paramilitar da Alemanha nazista sob comando de Adolf Hitler".

Segundo a corporação, o homem escrevia textos afirmando que "anos em que Hitler esteve à frente da Alemanha teria havido queda dos índices de crime, melhoria da saúde, diminuição do desemprego".

O homem também sustentava que o mundo "seria um lugar muito menos caótico se o resultado da Segunda Guerra Mundial fosse justamente o oposto do que foi".

Sob o comando de Hitler, a Alemanha nazista exterminou milhões de pessoas no Holocausto. Quase oitenta anos depois da Segunda Guerra, o Brasil vê o crescimento de organizações nazistas e neonazistas.

Em abril, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, determinou que a Polícia Federal apure os movimentos dessas organizações.

O governo italiano tomou mais uma medida em combate ao antissemitismo no país. A Federação Italiana de Futebol (FIGC) e o Ministério do Interior da Itália assinaram uma declaração de intenções com o intuito de combater tudo que possa envolver ao nazismo. Uma das ações foi proibir o uso da camisa 88.

O número 88 remete simbologicamente à saudação "Heil Hitler", devido a letra H ser a oitava do alfabeto. Nesta última temporada, torcedores facistas foram vistos em estádios italianos com a numeração nas costas e com a escrita "Hitlerson", o que pode ter como significado "filho de Hitler".

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A entidade tenta acabar com qualquer tipo de manifestação antissemitas nos estádios, por isso proibiu os torcedores de usarem símbolos que remetam ao nazismo, e autorizou a interrupção da partida, por parte da arbitragem, em casos de episódios de discriminação.

Nesta temporada, cânticos com teor antissemitas foram ouvidos ao longo do clássico entre Lazio e Roma, o que gerou muita crítica por parte dos italianos. Ocorreram também vaias e xingamentos a jogadores negros e judeus.

Na última temporada, apenas dois jogadores vestiram a camisa com o número 88. São eles: os meias Mario Pasalic, da Atalanta, e Toma Basic, da Lazio. Ambos são croatas e nunca usaram tal numeração antes na carreira.

O deputado eleito democraticamente, Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para prestar uma homenagem ao avô, que lutou como voluntário na Segunda Guerra Mundial. O parlamentar aproveitou o Dia Internacional da Vyshyvanka (camisa bordada que é símbolo da herança cultural da Ucrânia), celebrado nesta quinta-feira (17), e destacou com orgulho que o avô, o ucraniano Bohdan Bilynskyj foi voluntário da Waffen-SS, exército pessoal de Hitler. 

Em seu discurso, o parlamentar traçou a trajetória do avô e ainda afirmou que luta contra a instalação do que chamou de "regime comunista no Brasil", sem apresentar qualquer prova que confirme suas declarações o paralelo na narrativa que tentou construir sobre o período histórico. "Essas vestes são uma homenagem às minhas origens, ao meu avô Bohdan Bilynskyj, que chegou ao Brasil, em 30 de setembro de 1948, após lutar bravamente pela liberdade de seu país, invadido por russos comunistas. Meu avô Bohdan, aos 20 anos de idade, lutou em uma guerra mundial para libertar a Ucrânia das garras do comunismo. E hoje, como deputado federal, ao lado de meus irmãos, luto contra a instalação de um regime comunista no Brasil”, discursou na tribuna da Câmara.

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No entanto, vale lembrar que os "voluntários" de Hitler vinham por simpatia ao nazismo, enquanto outros não-alemães das forças armadas alemãs eram recrutados ou recrutados em campos de prisioneiros de guerra e segundo o deputado, seu avô se alistou na 14ª Divisão de Granadeiros.

Discursos extremistas

Semelhante ao discurso de Bilynskyj, parlamentares da extrema direita brasileira, especialmente os do PL têm usado as tribunas do Senado e da Câmara dos Deputados para fazer discursos de apreço à figuras históricas brasileiras e internacionais conhecidas pelo seu lado sombrio e atuações ditatoriais que feriram os direitos humanos e que foram devidamente refutadas e condenadas.

Uma dessas menções foi feita pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - ao enaltecer o Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército Brasileiro, que foi condenado em segunda instância por tortura e outros crimes em 1971, durante a ditadura militar - no voto pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Em outras ocasiões, enquanto presidente, Bolsonaro também exaltou Ustra, dizendo que o torturador foi um "velho amigo, que lutou por democracia" e o chamando de "herói nacional".

Em outro episódio protagonizado pela família Bolsonaro e também integrante do PL, Eduardo Bolsonaro, em entrevista a jornalista Leda Nagle, chegou a sugerir como resposta à esquerda a criação de um novo AI-5 (Ato Institucional Número 5). "Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, executavam e sequestravam grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, militares", disse sobre o ato que é considerado o início do período mais duro da ditadura militar, por ter cassado direitos constitucionais. 

 

A polícia de Paris e o ministro do Interior da França foram alvos de críticas nesta segunda-feira (8), após a autorização de uma manifestação com cerca de 600 neonazistas nas ruas da capital francesa no último sábado.

Vestidos de preto, manifestantes de extrema direita caminharam pelas ruas de um luxuoso bairro da capital sob supervisão da polícia, com bandeiras que marcavam o aniversário de morte do ativista de extrema direita, Sebastien Deyzieu, em 1994.

"Explique-se!", pediu no Twitter o senador do Partido Socialista, David Assouline, ao ministro do Interior, Gérald Darmanin.

"É inadmissível ter permitido que 500 neonazistas e fascistas desfilem no meio de Paris. Suas organizações, a exibição de sua ideologia, slogans e insígnias são tão insultantes para os mortos quanto incitam o ódio racial", tuitou Assouline.

A França comemorou nesta segunda-feira a vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista em 1945, assim como recordou as vidas perdidas na luta contra o fascismo.

Esta concentração da extrema direita, autorizada pela cidade, acontece em um momento que as autoridades reprimem os panelaços contra o governo, com novas restrições impostas nesta segunda para proteger o presidente Emmanuel Macron do ruído.

"Os panelaços são aparentemente mais perigosos que os barulhos de botas militares", ironizou o porta-voz do partido Comunista, Ian Brossat.

A instituição de caridade de esquerda Attac também criticou esta manifestação "do ódio com total impunidade, no centro de Paris". O intelectual Jacques Attali classificou o ato como "intolerável".

O departamento de polícia parisiense explicou em comunicado nesta segunda-feira que, sem "risco demonstrado à ordem pública", não tinha poder legal para interromper a manifestação, que já aconteceu sem incidentes em outros anos.

Na segunda-feira, as manifestações estavam proibidas nas redondezas do Champs-Elysees, onde Macron participou de uma cerimônia em 8 de maio, no memorial da guerra no Arco do Triunfo.

O presidente também prestou homenagem ao herói da resistência francesa Jean Moulin, em Lyon. As manifestações também foram proibidas na cidade, apesar do sindicato CGT entrar com um recurso - rejeitado por um tribunal local.

Os panelaços contra os membros do governo se multiplicaram desde que o presidente liberal promulgou em 15 de abril sua impopular reforma da Previdência, que aumenta a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos.

A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta quarta-feira (5), 11 livros com ideias nazistas na casa de um idoso de 76 anos em Guarapari, Região Metropolitana de Vitória (ES). O suspeito distribuía os exemplares pela cidade, o que é considerado crime de acordo com a legislação brasileira. O nome do homem não foi divulgado. 

“Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é crime previsto no artigo 20 da lei 7.716/1989. A pena é de um a três anos de reclusão e multa. 

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“Ter um livro não é crime. O crime é você divulgar e distribuir com a finalidade de propagar o nazismo na sociedade”, explicou o delegado Bruno Zane, que participou das buscas. 

A denúncia foi feita por comerciantes locais 

O crime foi denunciado por comerciantes locais. Segundo a PF, os livros com ideias nazistas eram deixados em carrinhos de supermercados, bancos e outros locais públicos da cidade. 

No entanto, o homem não foi preso, mas será convocado a prestar esclarecimentos. Os livros apreendidos serão analisados pela PF e encaminhados à Justiça. 

Rubenval Sérgio Duarte, professor da rede pública de ensino de Santa Catarina, foi afastado das suas funções por elogiar o ditador nazista Adolf Hitler em sala de aula. "Tenho admiração por Hitler, enormemente", disse aos estudantes.

O caso aconteceu na cidade litorânea de Imbituba, a pouco mais de 90 quilômetros de Florianópolis.

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O professor foi filmado por um aluno. Um estudante questionou Rubenval se ele apoia as atrocidades do ditador. "Sim", respondeu o docente, taxativamente.

Duarte já responde a um processo administrativo disciplinar perante a Secretaria de Educação por causa de outras situações em que teceu elogios a Hitler e ao nazismo.

A conduta do docente se enquadra na Lei nº 7.716, que estabelece os crimes resultantes de preconceito racial, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão para quem 'fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo'.

A Secretaria de Educação de Santa Catarina confirmou que Rubenval Duarte já fora havia sido afastado anteriormente. Diante do novo episódio, a medida foi prorrogada por mais 60 dias.

Além do processo administrativo, o professor também é investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Ao Estadão, o órgão confirmou que o caso é acompanhado pela 40ª Promotoria de Justiça de Imbituba e pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA

"A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da Coordenadoria Regional de Laguna, informa que, assim que tomou conhecimento da conduta do professor na manhã desta terça-feira, 14, começou a tomar todas as medidas cabíveis, visto que há um processo em andamento. O afastamento do professor foi prorrogado 60 dias e a SED informa que irá tomar todas as providências dentro da legalidade."

COM A PALAVRA, RUBENVAL SÉRGIO DUARTE

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o professor Rubenval Sério Duarte, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

A banda norueguesa de black metal Mayhem tem show agendado em Porto Alegre, no próximo dia 21 de março, e a apresentação ganhou um inimigo. O deputado estadual Leonel Radde (PT-RS) está tentando vetar o evento. O parlamentar acusa os músicos de serem nazistas.

“Parece até piada, mas a banda neonazista norueguesa Mayhem quer fazer show em Porto Alegre, no Bar Opinião”, disse o deputado, em seu perfil no Twitter. Segundo o site especializado em música Roadie Crew, o parlamentar estaria acionando as autoridades e aguardando uma posição do bar sobre o cancelamento do show.

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Ainda, de acordo com Roadie Crew, nem a produtora nem o Bar Opinião se manifestaram. A banda Mayhem coleciona polêmicas desde a sua fundação, nos anos 80, como o suicído do seu primeiro vocalista e o assassinato de um dos membros originais, até envolvimento com movimentos da extrema direita da Noruega.

A Polícia Militar de São Paulo (PM/SP) apreendeu nesta segunda-feira (13) um adolescente de 17 anos que portava armas e bombas caseiras no município de Monte Mor. Ele foi detido após tentar invadir o terreno onde funcionam duas escolas da rede pública e jogar um explosivo em um dos banheiros do prédio.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), o menor foi flagrado com uma machadinha em mãos, além de galões de gasolina, um simulacro de arma de fogo e pequenas bombas artesanais. Ninguém ficou ferido durante os ataques.

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Moradores da vizinhança gravaram o momento da ação, onde o acusado é visto saindo de um carro preto com uma machadinha na mão. Ele estava todo vestido de preto, e uma faixa no braço com a estampa da suástica, símbolo nazista. 

Ainda segundo a pasta, na residência do meliante foram encontrados materiais que fazem alusão ao nazismo, e seu computador pessoal foi apreendido para investigação.

Um tribunal da Alemanha condenou nesta terça-feira (20) a dois anos de prisão com suspensão da pena uma ex-secretária de um campo de concentração nazista, de 97 anos, acusada de cumplicidade no assassinato de mais de 10.000 pessoas.

Ao concluir um dos últimos julgamentos do Holocausto no país, o juiz Dominik Gross leu a sentença contra Irmgard Furchner, condenada por seu papel no que os promotores chamaram de "assassinato cruel e maligno" de prisioneiros no campo de Stutthof, na Polônia ocupada.

Furchner era julgada desde setembro de 2021 em um tribunal de Itzehoe, norte da Alemanha.

Um homem não identificado foi fotografado com uma camisa escrito “Hitler”, em apologia ao nazismo, na manhã desta quarta-feira (7), no Terminal Integrado Pelópidas Silveira, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A imagem circula nas redes sociais. 

Apologia ao nazismo no Brasil é crime previsto na lei federal 7.716/98, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A lei diz que quem "fabricar,  comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" cumprirá reclusão de dois a cinco anos e multa. 

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No ano passado, um jovem de 17 anos foi expulso de um shopping em Caruaru, no Agreste pernambucano, por estar com uma suástica no braço. À época, foi instaurado um procedimento para apurar o caso e equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passaram por perícia. O menor foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco.

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Polícia Civil para saber se houve alguma prisão por apologia ao nazismo nesta quarta e aguarda resposta. 

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A Escola Municipal José Silvino Diniz, localizada no bairro Solar do Madeira, na cidade de Contagem, em Minas Gerais, foi alvo de vandalismo na madrugada desta terça-feira (29). As imagens que circulam nas redes sociais mostram vidros estilhaçados, móveis quebrados e suásticas desenhadas nas paredes da instituição de ensino.

Além disso, os autores do vandalismo fizeram pixações em alusão a um jogo chamado Bully, em que o personagem principal violenta os colegas e funcionários da escola onde estuda, e há ameaças à diretora da instituição, assim como, a uma turma do 9º ano.

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De acordo com o jornal Estado de Minas, os funcionários chegaram a acionar a Polícia Militar, no entanto, os militares alegaram não ser possível realizar perícia do local, pois, outras pessoas já tinham entrado na cena. Devido ao crime, os estudantes da Escola Municipal José Silvino Diniz foram liberados das aulas e um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil para que haja investigação do caso.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) confirmou na segunda-feira (24) que vai solicitar à Polícia Civil informações sobre os alunos da instituição presos por suspeita de neonazismo no Estado. Com os dados, a instituição anunicou que vai adotar "medidas disciplinares cabíveis".

A operação da Polícia Civil prendeu, temporariamente, na semana passada, três suspeitos de participarem do grupo nazista em Joinville, no Norte, e um na cidade de São José na Grande Florianópolis. A investigação já identificou outros suspeitos.

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No Brasil, a Lei nº 7.716, de 1989 prevê como crime "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional", tal como outras formas de divulgação do nazismo.

Leia a nota da universidade na íntegra:

"A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tomou conhecimento através da Imprensa do envolvimento de estudantes com movimentos neonazistas. Ao tempo em que cumprimenta a ação da Polícia Civil na investigação, oferece colaboração para o total desvendamento e punição a este crime.

De sua parte, a UFSC solicitará às autoridades informações sobre os estudantes presos, para a adoção das medidas disciplinares cabíveis.

A Universidade também reforça que a Ouvidoria mantém canais para recebimento de denúncias, com a finalidade de mapear qualquer indício de redes neonazistas na UFSC.

Em outras frentes de atuação, a UFSC informa que o Conselho Universitário, em sessão realizada no dia 11 de outubro de 2022, aprovou uma moção de repúdio ao racismo, após o relato de casos ocorridos em Unidades Acadêmicas."

A professora do Colégio Sagrada Família, na cidade de Ponta Grossa (PR), que foi filmada fazendo um gesto nazista dentro da sala de aula, foi demitida da instituição de ensino. As imagens foram feitas na última sexta-feira (7), durante uma aula do terceiro ano do Ensino Médio.

Na gravação é possível ver a professora levando a mão à testa como sinal de continência militar e depois estender o braço direito, cumprimento usado pelo líder nazista alemão Adolf Hitler.

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Em entrevista a UOL, o advogado da professora, Alexandre Jorge, afirma que o gesto não se trata de uma saudação nazista. "Ela não compactua com qualquer ato de nazismo, nem qualquer organização, seja nazismo, comunismo, fascismo ou qualquer uma delas”, disse o advogado.

Ele afirmou também que a gravação foi retirada de contexto. "Ela colocou um hino, bateu aquela continência, e alguns alunos que têm a posição contrária a dela, que são do candidato Lula, começaram querer induzir para esse lado de que ela estava fazendo o símbolo do nazismo", completou.

Em nota, o Colégio Sagrada Família afirmou que não compactua nem concorda com a postura da professora. "Também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo", complementou a instituição. Confira, abaixo, a nota na íntegra:

"Em respeito a nossa comunidade escolar, Pais, Alunos e a todos que interesse tiverem sobre o ocorrido com uma de nossas professoras da 3ª Série do Ensino Médio, afirmamos que não compactuamos e não concordamos com a postura da Professora e também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.

O Colégio Sagrada Família em Ponta Grossa – PR tem uma história pautada pela lisura em suas ações e respeito à comunidade, por isso repudia ações que venham a ferir os valores da vida, da moral e da ética.

Bem como, em relação à funcionária envolvida nos fatos, por se tratar de questão “interna corporis”, foram tomadas as medidas cabíveis ao caso."

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