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A Suécia rejeitou uma recomendação feita pelo Equador no caso de Julian Assange, que prevê agilizar o processo a refugiados, em benefício do fundador do site WikiLeaks, segundo documento ao qual membros da ONU devem se submeter e que foi divulgado pela ONU em Genebra.

O Equador sugeriu à Suécia "agilizar os mecanismos de cooperação jurídica internacional nos órgãos judiciais e da promotoria para garantir o devido processo e, especificamente, nos casos em que a pessoa afetada esteja protegida por decisão de asilo ou estatuto de refugiado", segundo prevê o Exame Periódico Universal (EPU), uma revisão internacional de direitos humanos que todos os países da ONU devem se submeter a cada cinco anos.

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Assange é procurado pela justiça sueca por supostas agressões sexuais contra duas mulheres, acusações de ele nega.

O caso remonta a 2010, quando o fundador do site de vazamento de documentos secretos foi acusado de estupro e assédio sexual na região de Estocolmo.

A Suécia aceitou, ao contrário, outras três recomendações para estudá-las até junho próximo, quando deverá se pronunciar ante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Uma foi elaborada por Cuba, que pede à Suécia para "tomar medidas concretas para assegurar que o acesso às provas seja garantido a qualquer pessoa sob qualquer regime de detenção", uma das reivindicações do juiz destituído Baltasar Garzón, que comanda a defesa de Julian Assange.

A segunda foi apresentada pelo Equador, que defende "medidas para limitar o tempo de prisão ou situação equivalente de privação de liberdade, sem a formulação de acusações e com fins de investigação".

A terceira recomendação que a Suécia vai avaliar foi apresentada pela Argentina, que pediu a adoção de "medidas concretas para assegurar que as garantias de não devolução possam ser dadas a qualquer pessoa sob controle das autoridades suecas enquanto for considerado um refugiado de país terceiro, incluindo para isso, e se for necessário, a adoção de medidas legislativas".

Assange está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde agosto de 2012.

O ator britânico Benedict Cumberbatch, que interpreta o fundador do WikiLeaks no filme "The Fifth Estate", do diretor Bill Condon, afirmou nesta sexta-feira que espera que Julian Assange continue com seu trabalho de divulgar segredos.

Assange está abrigado na embaixada do Equador em Londres, depois de pedir asilo a este país há um ano para evitar ser extraditado à Suécia, onde é buscado por acusações de abuso sexual contra duas mulheres.

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Cumberbatch interpreta o controverso hacker, depois de emprestar seu talento à recriação de Sherlock Holmes, no seriado da BBC, e mais recentemente do vilão Khan, em "Além da Escuridão - Star Trek".

"The Fifth Estate" abriu o festival de cinema de Toronto na quinta-feira.

"É muito complicado, tem a ver com transações e acontecimentos a portas fechadas, e eu não tenho acesso a nenhum tipo de informação ou perspectiva que pudesse lançar uma luz sobre alguma certa verdade sobre isso", afirmou Cumberbatch em uma coletiva de imprensa.

"O que eu gostaria de ver é que o homem seja capaz de continuar o seu trabalho como fundador do WikiLeaks. Para além disso, o devido processo deve ocorrer em qualquer modelo ou forma".

Condon acrescentou que o homem por trás do maior vazamento de segredos da história americana em 2010 é "um pioneiro absoluto e fez uma grande diferença. Ele abriu a porta pela qual Edward Snowden passou. Por todas estas razões, penso que ele é uma figura extremamente admirável".

"Torna-se uma questão quando ele é responsável por tanta informação e se ele é a pessoa ou o tipo de pessoa que queremos deixar ter essa responsabilidade".

O lançamento do filme ocorre poucas semanas após a condenação do soldado Bradley Manning a 35 anos de prisão por enviar 700.000 documentos - registros militares de guerra e telegramas diplomáticos americanos - ao WikiLeaks, que os publicou.

Na esteira desta polêmica, o ex-consultor Edward Snowden revelou recentemente detalhes das operações secretas de monitoramento eletrônico da Agência de Segurança Nacional americana, e, em seguida, fugiu para a Rússia.

O próprio Assange criticou o filme de Condon, afirmando que é "mentira em cima de mentira", mas Condon explicou que estes comentários foram baseados em um roteiro inicial, "que realmente tem pouca semelhança com o filme que fizemos".

Cumberbatch acrescentou: "Eu não queria personificar Julian, mas interpretá-lo".

Os integrantes do elenco, ao falar sobre a preparação para seus respectivos papéis, disseram que eram, em grande, analfabetos em informática antes das filmagens.

"Felizmente meu irmão é um cara de TI, porque não sei nada sobre computadores", afirmou o ator Daniel Bruhl, que interpreta o confidente de Assange Daniel Domscheit-Berg.

"Quando eu conheci o Daniel (Domscheit-Berg), ele disse que provavelmente levaria apenas cinco minutos para entrar no meu computador e (ter acesso a) todas as minhas informações, então eu mudei as minhas senhas e agora não me lembro delas", brincou.

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