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A Klabin, maior fabricante nacional de papéis para a produção de embalagens, registrou prejuízo de R$ 129,825 milhões no segundo trimestre de 2013, 29% menor do que o resultado negativo de R$ 183,906 milhões apurado no mesmo período do ano passado. O dado no vermelho já era aguardado pelo mercado, uma vez que a valorização de 10% do dólar ao longo do trimestre provoca impacto negativo no resultado financeiro de empresas que possuem grande volume de dívidas denominas em dólar, como é o caso da Klabin. Além disso, a companhia fez um investimento significativo em modernização da caldeira 6, instalada na unidade Monte Alegre (PR), seu principal complexo produtivo.

O resultado financeiro da fabricante ficou negativo em R$ 418,196 milhões, contra R$ 468,659 milhões negativos do segundo trimestre de 2012. Quando desconsideradas as variações cambiais, a Klabin destaca que a linha financeira teria apresentado resultado igualmente negativo, em R$ 63 milhões, contra R$ 57 milhões negativos do segundo trimestre do ano passado.

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No campo operacional, porém, a companhia continua a apresentar evolução. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado totalizou R$ 309,194 milhões entre abril e junho, expansão de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, a despeito da paralisação no equipamento de Monte Alegre.

A alta do Ebitda foi impulsionada pelo incremento de 6% da receita líquida, que somou R$ 1,093 bilhão entre abril e junho. A variação positiva tem origem principalmente no câmbio mais favorável às exportações e nos reajustes de preços de produtos como o papel cartão, aplicados durante o trimestre.

O projeto de construção de uma fábrica de celulose da Klabin no município de Ortigueira (PR) saiu oficialmente do papel ontem (11), após aprovação do conselho de administração. A unidade terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose e demandará investimento de R$ 5,3 bilhões. A planta será abastecida por 107 mil hectares de florestas, avaliadas em R$ 1,5 bilhão, o que eleva o investimento a R$ 6,8 bilhões, conforme a previsão inicial.

A estruturação financeira do Projeto Puma, como é conhecido o complexo em construção no Paraná, passou por mudanças desde o anúncio do projeto, em 2011. Agora, a empresa prevê fazer uma operação de aumento de capital, a partir da oferta pública primária de distribuição de units, estimada em aproximadamente R$ 1,7 bilhão. O valor restante deverá ser obtido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e agências multinacionais de importação, cujos valores estariam atrelados às operações de compra de equipamentos no exterior.

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A proposta inicial para o projeto, que era buscar parceiros para o projeto, só será retomada se o aumento de capital não for aprovado pelos acionistas da Klabin.

O Projeto Puma é considerado a etapa mais importante para que a Klabin atinja o objetivo de dobrar de tamanho em três anos. A capacidade da companhia é atualmente de 1,7 milhão de toneladas de papéis e embalagens, número que pode superar 3,4 milhões de toneladas com a produção de celulose - a fábrica de Ortigueira poderá produzir até 1,8 milhão de toneladas de celulose em futura expansão.

A fábrica deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2016. A maior parte da celulose produzida será de fibra curta, produzida do eucalipto, em um total de 1,1 milhão de toneladas anuais. A unidade também produzirá 400 mil toneladas de celulose de fibra longa, de pinus.

O modelo híbrido fará com que a Klabin adote uma estratégia de negócios distinta das brasileiras Fibria e Suzano, líderes globais na produção de celulose de eucalipto. “Não seremos competidores de produtores de celulose de fibra curta. Queremos ser cada vez mais produtor de papéis para embalagens e passaremos a fornecer celulose para nichos específicos”, disse o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, em entrevista à Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Em um primeiro momento, a produção de celulose de fibra longa deverá ser destinada a fabricantes de produtos como fraldas e absorventes. Já a fibra curta será utilizada pela própria Klabin, nos processos de fabricação de papéis cartão e kraftliner, e para potenciais clientes.

A maior parte do volume total de 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta, o equivalente a 700 mil toneladas anuais, será destinada a clientes. As 400 mil toneladas restantes devem atender a demanda da própria Klabin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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