Tópicos | La La Land: Cantando Estações

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou, na madrugada desse domingo (26) para segunda (27) o Oscar 2017 nas 24 categorias da premiação. O prêmio de melhor filme ficou com "Moonlight: sob a luz do luar", que também levou outras duas estatuetas.

O grande vencedor da noite foi "La La Land: Cantando Estações", que levou seis estatuetas. Damien Chazelle ficou com a melhor direção e Emma Stone com o prêmio de melhor atriz. City of Stars recebeu a estatueta de canção original. O musical ainda levou as premiações de trilha sonora, fotografia e direção de arte.

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Já a estatueta de melhor ator ficou com Casey Affleck, "Manchester à beira-mar". O prêmio de ator coadjuvante foi entregue a Mahershala Ali, de "Moonlight: sob a luz do luar". Já Viola Davis, "Um limite entre nós", levou o prêmio de atriz coadjuvante.

O fato inusitado da noite foi a confusão no anúncio de melhor filme. Warren Beaty, o apresentador do prêmio, anunciou que o vencedor era "La La Land: Cantando Estações". Mas logo em seguida a informação foi corrigida. O verdadeiro campeão de melhor filme foi "Moonlight: sob a luz do luar".

Beaty justificou o erro. Segundo ele, dentro do envelope estava escrito "Emma Stone, 'La la land'". Coube a Jordon Horowitz, produtor de 'La la land', corrigir a informação do vencedor de melhor filme, ao mostrar o cartão com os nomes dos produtores de "Moonlight: sob a luz do luar".

Confira a lista completa de premiados:
Filme - "La la land: cantando estações"
Direção - "La la land: cantando estações", Damien Chazelle   
Ator -  Casey Affleck, "Manchester à beira-mar"
Atriz - Emma Stone, "La la land: cantando estações"
Atriz coadjuvante - Viola Davis, "Um limite entre nós"
Ator coadjuvante - Mahershala Ali, "Moonlight: sob a luz do luar"
Longa documentário - "O.J.: made in America", Ezra Edelman
Mixagem de som - "Até o último homem"
Maquiagem - "Esquadrão suicida"
Figurino - "Animais fantásticos e onde habitam"
Filme estrangeiro - "O apartamento" (Irã)
Efeitos visuais - "Mogli: o menino lobo"
Fotografia  - “La la land: cantando estações"
Direção de arte - "La la land: cantando estações"
Longa de animação - Zootopia"
Curta animado - "Piper"
Canção original - "City of stars", de "La la land: cantando estações"
Trilha sonora- “La la land: cantando estações"
Edição de som - "A chegada"
Edição - "Até o último homem "
Curta documentário - "Os capacetes brancos"
Curta-metragem - "Sing', Kristof Deak e Anna Udvardy
Roteiro original - "Manchester à beira-mar"
Roteiro adaptado - "Moonlight: sob a luz do luar"

O musical americano "La La Land: Cantando estações", atual sensação da indústria cinematrográfica, obteve 11 indicações do BAFTA, o prêmio máximo do cinema britânico, que foram anunciadas nesta terça-feira (10).

Depois de "La La Land", estão "A chegada" e "Animais noturnos", com 9 indicações cada um, e "Manchester à beira mar", com 6. "Capitão Fantástico", "Animais fantásticos e onde habitam", "Até o último homem", "Lion: uma jornada para casa" e "Eu, Daniel Blake" disputam 5 prêmios cada.

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Os prêmios da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA) serão entregues em 12 de fevereiro no teatro Royal Albert Hall de Londres, em cerimônia apresentada pelo ator britânico Stephen Fry.

"La La Land", que arrasou na entrega do Globo de Ouro conquistando as sete estatuetas a que competia e é a favorita para o Oscar, disputará melhor filme, diretor, roteiro (ambos Damien Chazelle), ator (Ryan Gosling), atriz (Emma Stone) e trilha sonora original.

O tributo de Chazelle à época de ouro dos musicais americanos competirá pelo prêmio de melhor filme com "A chegada", "Eu, Daniel Blake", "Manchester à beira mar") e "Moonlight: sob a luz do luar".

"Cidade das estrelas... está brilhando apenas para mim?", Esta é a canção que Ryan Gosling dedica a Los Angeles no aclamado musical "La La Land: Cantando Estações", que arrasou no domingo (8) conquistando sete prêmios em todas as categorias às quais foi indicado.

O tributo de Damien Chazelle à era de ouro dos musicais dos Estados Unidos levou prêmios para seus protagonistas, Gosling e Emma Stone, direção, roteiro, canção original, trilha sonora e melhor comédia-musical.

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Até domingo, o recorde de mais Globos de Ouro era compartilhado pelos filmes "Um Estranho no Ninho" (1975) e "O Expresso da Meia-Noite" (1978), que ganharam seis prêmios. "Demorou seis anos para fazer este filme, tudo isso parece tão surreal, foi um sonho que se tornou realidade literalmente no primeiro dia de filmagens", expressou em uma coletiva de imprensa posterior à premiação Chazelle, que fechou uma estrada de Los Angeles para gravar a espetacular primeira cena.

É um romance em um cenário muito comum, o de uma Hollywood cruel, que rejeita uma atriz em centenas de audições, mas onde no fim ela encontra o amor em um músico de jazz. "A qualquer pessoa criativa que tenha tido uma porta fechada na cara, metaforicamente ou fisicamente, ou aos atores que tiveram audições canceladas ou esperam por uma ligação de volta que nunca chega, ou a qualquer um que se sente vencido, mas encontra forças para seguir adiante, compartilho isso com vocês", disse Stone ao receber o prêmio.

Já "Moonlight", que conta a tragédia de um narcotraficante homossexual preso no armário de sua realidade, foi premiado como melhor drama, enquanto Casey Affleck ganhou como melhor ator por "Manchester à Beira-Mar".

- Tom político -

A Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (HFPA) homenageou a atriz veterana Meryl Streep, que foi indicada em 30 oportunidades a este prêmio, famoso também por ter muito champanhe durante toda a noite.

Mas, fazendo um parênteses a esta festa, Street deu o tom político à noite, a apenas alguns dias da posse de Donald Trump, nada querido pela indústria cinematográfica, como novo presidente dos Estados Unidos.

"Vocês e todos nós nesta sala pertencemos, realmente, aos segmentos mais vilipendiados da sociedade americana neste momento. Pensem: Hollywood, estrangeiros e a imprensa", lançou Streep sob aplausos. "Hollywood está repleta de forasteiros e estrangeiros. Se você expulsar todos, não terá mais nada para assistir, com exceção de futebol e artes marciais mistas, que não são arte", prosseguiu.

A atriz atacou Trump e suas piadas contra o jornalista com deficiência Serge Kovaleski. "Fiquei com o coração partido quando vi", expressou. "Precisamos que a imprensa com princípios mantenha seu poder, para colocá-los em seu lugar por cada indignação", declarou antes de citar sua "querida amiga, a princesa Leia", Carrie Fisher, que faleceu por um infarto no fim de dezembro. "Pegue seu coração partido e o transforme em arte".

- Noite de Huppert -

O britânico Aaron Taylor-Johnson foi premiado como melhor ator coadjuvante por seu papel em "Animais Noturnos" e Viola Davis pelo drama familiar "Fences".

A francesa Isabelle Huppert levou o prêmio de melhor atriz dramática por seu papel em "Elle", que somou, no total, dois prêmios. "Obrigada por me fazerem ganhar com um filme francês dirigido aqui na América", expressou.

Era um prêmio que todos acreditavam que iria para Natalie Portman, por sua personificação da ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jackeline Kennedy no filme biográfico "Jackie", dirigido pelo chileno Pablo Larraín.

O filme de Paul Verhoeven, que conta a história de uma mulher que foi estuprada em sua casa e tenta encontrar o agressor, também se impôs como melhor filme em língua não inglesa. "Estou um pouco impressionado porque é um filme que não te convida a gostar do personagem, que vai em direções que vocês, na melhor das hipóteses, não tomariam", expressou Verhoeven.

O mexicano Gael García Bernal também conseguiu revalidar seu prêmio como melhor ator de comédia por "Mozart in the Jungle", que ganhou no ano passado.

A histórica criminal "American Crime Story: The People v. O.J. Simpson" levou dois dos cinco prêmios nos quais foi indicada, incluindo melhor série dramática e Sarah Paulson como melhor atriz.

Tom Hiddleston, Hugh Laruie e Olivia Colman ganharam por seus papeis em "The Night Manager", a série sobre o inescrupuloso traficante internacional de armas.

A comédia "Atlanta" levou duas estatuetas, incluindo melhor comédia para televisão, e "The Crown", sobre a chegada ao trono de Elizabeth II da Inglaterra, ganhou como melhor série dramática para televisão e sua protagonista, Caire Foy, como melhor atriz. "Suponho que (o sucesso) é porque todos estão obcecados com a monarquia", brincou John Lithgow, que interpreta o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.

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