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Com mais confederações para dividir o "bolo" dos recursos da lei Agnelo/Piva, muitas entidades devem perder o status no próximo ciclo olímpico por causa da campanha abaixo da expectativa do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Enquanto modalidades como a natação e basquete deixaram a desejar, outras, como canoagem e ginástica, mostraram que podem subir degraus.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) determina ao final de todo ano qual é a expectativa de valor que terá para repassar às confederações. Os recursos são oriundos de uma parte dos 1,7% da renda bruta das loterias federais que o COB recebe. Em 2015, por exemplo, o montante foi R$ 244,7 milhões.

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Assim, as modalidades entram em faixas diferentes de importância, de acordo com critérios definidos para a distribuição. Um deles é ter obtido um desempenho igual ou melhor que o esperado. Pela campanha no Rio, modalidades importantes devem perder espaço e outras, que entraram no programa olímpico, como surfe, skate, caratê, escalada, beisebol e softbol, vão passar a receber verba.

"Vai haver uma reanálise e possivelmente elas vão trocar de posição. Essas divisões das modalidades são vivas", explicou Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de esportes do COB.

Após receber investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos e ficar abaixo da meta de conquistar pelo menos o décimo lugar no quadro geral de medalhas, o COB considerou "extraordinária" a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio. O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12º lugar na soma total de pódios - empatado com a Holanda - e em 13º na classificação geral, que tem como critério de desempate o maior número de ouros. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado duas medalhas a menos.

O baixo crescimento - de cerca de 10% - não pode ser creditado à falta de investimentos nos últimos quatro anos. No total, o COB recebeu cerca de R$ 700 milhões em repasses através da Lei Agnelo-Piva, e o montante dobrou com a injeção de recursos de patrocinadores privados. No ciclo olímpico anterior, entre os Jogos de Pequim e Londres, o orçamento da entidade foi 50% inferior - o COB recebera R$ 390 milhões em leis de incentivo e praticamente o mesmo valor em patrocínios.

As confederação brasileiras olímpicas vão receber R$ 101 milhões de repasse do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no ano de 2014, referentes aos recursos das Lei Agnelo/Piva. O valor é 12% maior do que os R$ 90 milhões transferidos para as modalidades no ano vigente, acima da inflação prevista de 5,70% para o IPCA. Os números foram divulgados pelo COB nesta quinta-feira.

A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB, que fica com 85% deste valor, e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), que recebe o restante.

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O repasse deste dinheiro às confederações olímpicas não sofrerá praticamente nenhuma alteração de percentuais com relação ao que havia sido praticado em 2013. Assim, atletismo, desportos aquáticos, judô, vela e vôlei continuam recebendo o teto (agora R$ 3,9 milhões), seguidos de basquete, ginástica, handebol e hipismo, que seguem ganhando 200 mil reais a menos (R$ 3,7 milhões).

Em síntese, as modalidades que estão na casa dos 3 milhões ganharam um acréscimo de R$ 400 mil, as que estão na casa dos 2 milhões um acréscimo de R$ 300 mil e as que ganham na casa de R$ 1 milhão receberão R$ 200 mil a mais no ano.

As exceções são as confederações de desportos na neve e de desportos no gelo, que foram de R$ 1,5 milhão a R$ 1,6 milhão. Já esgrima, golfe, hóquei sobre grama, levantamento de peso, rúgbi, tae kwon do e tiro com arco, que antes estavam no mesmo patamar que os esportes de inverno em 2013, passaram para R$ 1,7 milhão em 2014.

O COB afirma que, para fazer a divisão, considerou, entre outros fatores, os resultados das modalidades nos últimos dois anos. Mas o tae kwon do, por exemplo, ganhou medalha no Mundial e segue no mesmo nível de investimento de modalidades que têm chance irrisória de subir ao pódio em 2016. Levantamento de peso e tiro com arco também tiveram atletas entre os 10 melhores do mundo em 2013.

ORÇAMENTO - O COB trabalha com uma estimativa de arrecadação de R$ 180 milhões em 2014, R$ 20 milhões a mais do que no ano passado. Dos recursos recebidos, o COB é obrigado por lei a investir 10% no esporte escolar (R$ 18 milhões estimados para 2014) e 5% no esporte universitário (R$ 9 milhões em 2014). Dos cerca de R$ 153 milhões restantes, R$ 77,1 milhões serão aplicados diretamente nos programas das 29 confederações olímpicas, exceto o futebol.

Além do valor que cada entidade receberá para a execução do planejamento mensal em 2014, as confederações irão dispor de R$ 23,9 milhões do Fundo Olímpico, um fundo de reserva formado pelo COB com o objetivo de atender aos projetos especiais apresentados pelas Confederações Brasileiras Olímpicas, desde que estejam alinhados ao planejamento estratégico de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Confira os valores iniciais de cada Confederação em 2014:

Atletismo - 3,9 milhões

Badminton - 1,8 milhões

Basquete - 3,7 milhões

Boxe - 2,9 milhões

Canoagem - 2,9 milhões

Ciclismo - 2,9 milhões

Desportos Aquáticos - 3,9 milhões

Desportos na Neve - 1,6 milhões

Desportos no Gelo -1,6 milhões

Esgrima - 1,7 milhões

Ginástica - 3,7 milhões

Golfe - 1,7 milhões

Handebol - 3,7 milhões

Hipismo - 3,7 milhões

Hóquei sobre a Grama - 1,7 milhões

Judô - 3,9 milhões

Levantamento de Peso - 1,7 milhões

Lutas Associadas - 2,0 milhões

Pentatlo Moderno - 1,9 milhões

Remo - 2,5 milhões

Rúgbi - 1,7 milhões

Tae kwon do - 1,7 milhões

Tênis - 2,5 milhões

Tênis de Mesa - 2,9 milhões

Tiro com Arco - 1,7 milhões

Tiro Esportivo - 2,6 milhões

Triatlo - 2,8 milhões

Vela - 3,9 milhões

Vôlei - 3,9 milhões

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) definiu o repasse dos recursos da Lei Agnelo/Piva para as confederações olímpicas do Brasil no ano de 2013. Pelas estimativas, incluindo as verbas do Fundo Olímpico, as entidades receberão um total de R$ 89 milhões, 16,84% a mais do que em 2012, valor a ser repartido em partes diferentes.

A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do País ao COB (85%) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (15%). A estimativa do COB para 2013 é de uma arrecadação de R$ 160 milhões. Desse valor, 10% é investido no esporte escolar e 5% no esporte universitário. Dos R$ 136 milhões restantes, R$ 67,4 milhões serão aplicados diretamente nos programas das 29 confederações olímpicas - a exceção é o futebol.

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Além dos recursos da Lei Agnelo/Piva, as confederações irão dispor do Fundo Olímpico, um fundo de reserva formado pelo COB com o objetivo de atender aos projetos especiais das entidades. Para 2013, o valor a ser destinado é de R$ 21,6 milhões. Assim, totaliza os R$ 89 milhões que serão divididos entre as 29 filiadas.

O repasse dos recursos tem um valor mínimo de R$ 1,5 milhão anuais, como é caso das confederações de golfe, esgrima e tiro com arco, entre outras, e um teto máximo de R$ 3,5 milhões por ano, que vai apenas para cinco entidades: atletismo, desportos aquáticos, judô, vela e vôlei. Das 29, apenas a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo não teve um valor estimado para 2013, porque o COB aguarda um relatório do presidente nomeado pela Justiça, Emílio Strapasson, para definir os futuros projetos.

Segundo o COB, a divisão dos valores leva em consideração a quantidade de medalhas olímpicas em disputa em cada modalidade, as perspectivas de pódio para a Olimpíada do Rio em 2016, os resultados em campeonatos mundiais e a análise da gestão das entidades, incluindo os patrocínios que elas possuem.

O dinheiro restante (R$ 47 milhões), que não será repassado diretamente às confederações, ficará sobre administração do COB. E, segundo a entidade, servirá para manutenção do próprio COB e dos centros de treinamento do Time Brasil, além de investimentos em projetos de preparação de atletas e no envio de delegações para competições no exterior.

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