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O deputado Leonardo Quintão (MG) desistiu de se candidatar a líder do PMDB na Câmara Federal. Ele agora passará a apoiar a reeleição do atual líder, Leonardo Picciani (RJ). A decisão foi tomada na noite dessa sexta-feira (22), após acordo entre os dois parlamentares. Quintão integra a ala do PMDB avessa ao Governo Federal, já Picciani é aliado aos petistas. 

O apoio ao governista, no entanto, não foi o principal motivo da desistência. De acordo com informações de bastidores, a saída de Quintão da disputa se deu após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lançar o nome do deputado Hugo Mota (PB) para ocupar o posto de líder do PMDB. 

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"Foi uma deslealdade comigo [o lançamento da candidatura de Hugo Mota], com o objetivo único e exclusivo de desunir mais o partido", disparou o parlamentar. Com uma relação boa entre os peemedebistas que apoiam o governo, Motta pode atrair votos de Picciani e, com a desistência de Quintão, também pode conquistar votos da ala avessa ao PT.

A eleição para líder do PMDB na Câmara está marcada para o dia 17 de fevereiro.

Alçado à liderança do PMDB da Câmara, com apoio de 35 dos 66 deputados, Leonardo Quintão (MG) admite que as decisões da bancada também passarão pelo vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer.

A atuação do vice ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo integrantes da legenda, foi crucial para a destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ) do cargo. O deputado fluminense é aliado da presidente Dilma Rousseff e vinha atuando contra o impeachment na Câmara.

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"O Michel Temer estará sim mais próximo das nossas decisões, como conselheiro", afirmou Quintão ao jornal O Estado de S. Paulo na noite desta quarta-feira, 9, horas após se reunir com o vice no Palácio do Jaburu, residência oficial. "Estive com o vice-presidente para comunicá-lo que fui convidado para assumir a liderança. E pedi a ele que esteja mais próximo da bancada. E ele ficou muito feliz, disse que o convite o anima muito", ressaltou Quintão.

O novo líder minimizou, contudo, o racha no partido e a forma como foi conduzido ao comando da bancada. Em tese, o mandato de Picciani na liderança do PMDB se encerraria apenas no próximo ano.

O deputado fluminense entrou em confronto direto com parte da cúpula do partido no processo de escolha dos nomes que irão compor a comissão especial que irá tratar do impeachment da presidente. Picciani defende uma composição com deputados pró-governo.

"Eu fui convocado para uma missão que é unir o partido e me sinto honrado. Essa questão momentânea irá passar, vamos unificar o partido", considerou Quintão.

Sobre como ficará a composição da comissão especial, o novo líder ressaltou que a decisão caberá à bancada. "Toda decisão será tomada em reunião de bancada. A decisão da maioria será respeitada. Se ela definir que as cadeiras sejam divididas igualmente entre os grupos ou que outra forma, eu vou respeitar. O que não posso fazer é tentar impor o que eu penso em cima da bancada", afirmou.

O deputado Leonardo Quintão (MG) é o novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados. A mudança foi anunciada há pouco pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados e aconteceu após o próprio Quintão e os deputados Darcísio Perondi (RS) e Osmar Terra (RS) protocolarem um pedido de destituição do antigo líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). O requerimento tem 35 assinaturas, uma a mais do que o necessário para substituir o líder, uma vez que o partido conta com 66 parlamentares.

O desejo dos parlamentares de destituírem Picciani do posto foi baseado no apoio dele ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e após ele se negar, na última segunda (7), a indicar peemedebistas antigoverno para integrarem comissão especial do impeachment. Mesmo ocupando a vice-presidência da República, o PMDB está dividido no apoio ao impeachment. 

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De acordo com Osmar Terra, um dos líderes do movimento contra Picciani, o correligionário foi "totalmente insensível" ao pedido da ala pró-impeachment para que dividisse as oito indicações da legenda para comissão especial. "Se tivesse dividido 5/3 ou 4/4, não teria havido ruptura. Mas ele disse que ia exercer a prerrogativa de líder para indicar quem fosse mais adequado", contou. "Agora vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo", acrescentou.

 

 

 

 

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