Tópicos | lesão corporal grave

O ex-fisiculturista Bruno Nunes Elihimas, de 35 anos, deixou a prisão na noite da sexta-feira (26). Ele estava em prisão preventiva por agredir um idoso no dia 29 de dezembro em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. As agressões foram filmadas e causaram indignação da população.

A revogação da prisão foi oficializada também na sexta-feira pelo juiz Ivan Alves de Barros, da 8ª Vara Criminal da Capital. O cárcere será substituído pelas seguintes cautelares: o acusado terá que comparecer em juízo a cada dois meses para informar e justificar atividade; estará proibido de acessar ou frequentar bares, casas noturnas e casas de jogos, para evitar risco de novas infrações; não poderá se ausentar da comarca por prazo superior a oito dias sem autorização judicial; e ficará recolhido em sua residência no período noturno e nos dias de folga.

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Bruno deixou o Presídio Agente Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), no Complexo do Curado, Zona Oeste da capital, por volta das 20h. Em nota, a defesa do acusado escreveu: "O Juiz, ao analisar tal pedido, entendeu, que a medida extrema da prisão, não se justificaria mais, decidindo portanto, no sentido de revogar a prisão preventiva, expedindo-se o competente Alvará de Soltura".

Em junho, o juiz havia decidido pela manutenção da sentença. Durante audiência, o réu apontou que teria sofrido um tipo de surto que o impediu de discernir sobre os atos que praticava. "O que garante que em liberdade não venha novamente a ter tal tipo de reação contra a vítima ou outra pessoa?", questionou o magistrado na ocasião. Na nova decisão, o juiz levou em conta que o Ministério Público opinou pela substituição da prisão pelas medidas cautelares.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso no dia 8 de janeiro. Além de Bruno, foi indiciada Edylla Katharine de Oliveira Carneiro, 28, que manteria um relacionamento extraconjugal com o ex-fisiculturista. A motivação do crime seria um comentário feito pelo idoso Willian José de Souza, de 63 anos.

Segundo o delegado Ramon Teixeira, Willian teria dito que seu patrão e marido de Edylla seria o "pai e a mãe das crianças", o que irritou o casal. À polícia, Edylla e Bruno teriam afirmado que Willian agrediu a mulher e, em decorrência disso, ela sofreu um aborto. Não houve documento que comprovasse a versão, entretanto.

Edylla não chegou a ser presa pelo crime. "Ficou provado que ela não teve qualquer participação", diz o advogado de defesa Carlos Sá. Bruno Nunes Elihimas tem passagem pela polícia por receptação de carro roubado e venda de anabolizantes.

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