Tópicos | Bruno Nunes Elihimas

O ex-fisiculturista Bruno Nunes Elihimas e a namorada dele, Edylla Katharine de Oliveira Carneiro, foram condenados por agredir um idoso em 29 de dezembro de 2018 em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A sentença foi publicada em 25 de agosto. Bruno foi condenado a quatro anos de reclusão, mas cumprirá a pena em regime aberto. Edylla foi condenada a dois anos e oito meses de reclusão também em regime aberto.

O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade das agressões ao flanelinha William José de Souza, que tinha 61 anos. O idoso perdeu vários dentes. O crime foi filmado por câmera de segurança de prédio.

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O inquérito policial apontou que o crime foi premeditado por Edylla e Bruno, que teriam um relacionamento extraconjugal. Edylla alega que o pai de seus filho sabia do relacionamento e que eles não terminavam o casamento pois não seria bem aceito pela família dela. William fazia serviços gerais para a família. Ele teria dito que o seu patrão seria o "pai e a mãe das crianças", o que irritou a mulher.

Edylla afirmava ter sofrido um aborto após discussão com o idoso. "Nenhum laudo médico foi juntado pela Defesa a fim de comprovar que Edylla Katharine esteve grávida ou tenha sofrido um aborto", assinalou o juiz Ivan Alves de Barros na decisão. 

No depoimento, Bruno disse ter sido tomado por “alguma coisa” e que lembra apenas de “flashes” do fato. Ele esteve foragido por dois dias até comparecer à delegacia, ficando preso de 31 de dezembro de 2018 até 26 de julho de 2019.

À Justiça, o flanelinha contou que ficou ensanguentado na frente do prédio e quando abriu os olhos já estava em uma Unidade de Pronto Atendimento. Ele disse que não passa mais pelo local onde foi atacado, pois ficou cismado. William passou por cirurgia cerca de um mês após o ocorrido.

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O ex-fisiculturista Bruno Nunes Elihimas, de 35 anos, deixou a prisão na noite da sexta-feira (26). Ele estava em prisão preventiva por agredir um idoso no dia 29 de dezembro em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. As agressões foram filmadas e causaram indignação da população.

A revogação da prisão foi oficializada também na sexta-feira pelo juiz Ivan Alves de Barros, da 8ª Vara Criminal da Capital. O cárcere será substituído pelas seguintes cautelares: o acusado terá que comparecer em juízo a cada dois meses para informar e justificar atividade; estará proibido de acessar ou frequentar bares, casas noturnas e casas de jogos, para evitar risco de novas infrações; não poderá se ausentar da comarca por prazo superior a oito dias sem autorização judicial; e ficará recolhido em sua residência no período noturno e nos dias de folga.

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Bruno deixou o Presídio Agente Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), no Complexo do Curado, Zona Oeste da capital, por volta das 20h. Em nota, a defesa do acusado escreveu: "O Juiz, ao analisar tal pedido, entendeu, que a medida extrema da prisão, não se justificaria mais, decidindo portanto, no sentido de revogar a prisão preventiva, expedindo-se o competente Alvará de Soltura".

Em junho, o juiz havia decidido pela manutenção da sentença. Durante audiência, o réu apontou que teria sofrido um tipo de surto que o impediu de discernir sobre os atos que praticava. "O que garante que em liberdade não venha novamente a ter tal tipo de reação contra a vítima ou outra pessoa?", questionou o magistrado na ocasião. Na nova decisão, o juiz levou em conta que o Ministério Público opinou pela substituição da prisão pelas medidas cautelares.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso no dia 8 de janeiro. Além de Bruno, foi indiciada Edylla Katharine de Oliveira Carneiro, 28, que manteria um relacionamento extraconjugal com o ex-fisiculturista. A motivação do crime seria um comentário feito pelo idoso Willian José de Souza, de 63 anos.

Segundo o delegado Ramon Teixeira, Willian teria dito que seu patrão e marido de Edylla seria o "pai e a mãe das crianças", o que irritou o casal. À polícia, Edylla e Bruno teriam afirmado que Willian agrediu a mulher e, em decorrência disso, ela sofreu um aborto. Não houve documento que comprovasse a versão, entretanto.

Edylla não chegou a ser presa pelo crime. "Ficou provado que ela não teve qualquer participação", diz o advogado de defesa Carlos Sá. Bruno Nunes Elihimas tem passagem pela polícia por receptação de carro roubado e venda de anabolizantes.

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