Tópicos | Liga Howard para Reforma Penal

Um prisioneiro tira a sua própria vida a cada três dias nos presídios da Inglaterra e País de Gales, segundo pesquisa da Liga Howard para Reforma Penal. Em 2016, foram registrados 102 suicídios dentro da prisão, pior marca desde que o dado começou a ser computado, em 1978.

A pesquisa associa o aumento de suicídios a cortes de pessoal e no orçamento além da superlotação nas unidades prisionais. Através de um relatório construído com o Centro de Saúde Metal, o instituto sugere que os presídios devem ser mais seguros e mais saudáveis, com detentos sendo capazes de tomar banho, ter café da manhã, se ocuparem produtivamente, se socializarem, se exercitarem e saírem das celas.

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Antes de 2016, o maior número de suicídios em presídios da Inglaterra e País de Gales havia sido em 2004. Naquele ano, 96 mortes foram anotadas.

O levantamento também aponta que a quantidade de presos tirando a própria vida cresceu ao mesmo tempo em que a punição aos presos ficou mais rígida, com internos ficando acima de 23 horas dentro das celas. A taxa de suicídio em prisões, de 120 mortes para 100 mil pessoas é 10 vezes maior que a taxa na população geral.

“O número de pessoas morrendo por suicídio na prisão alcançou proporções epidêmicas. Ninguém deveria estar tão desesperado enquanto aos cuidados do estado a ponto de tirar a própria vida, e ainda a cada três dias uma família é informada que um amado seu morreu atrás das grades”, comentou o chefe executivo da Liga Howard para Reforma Penal, Frances Crook.

Outra crítica feita pela Liga é o esquema de Incentivos e Privilégios Ganhos (IEP, na sigla em inglês), implementado em novembro de 2013. Com o esquema, alguns prisioneiros tiveram uma limitação no contato com a família, na atividade física e no acesso a dinheiros e suas posses. Desde que o IEP foi introduzido, os suicídios cresceram em 34%, saindo de 76 em 2013 para 102 até agora em 2016. “Manter relações familiares, exercícios físicos e socializar com os outros deve ser considerado como parte de uma vida normal, saudável, não como privilégios a serem ganhos”, diz o texto. 

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