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Um dos maiores festivais de música do Brasil, o Lollapalooza divulgou nesta quarta-feira (18), o lineup para os três dias de evento. Entre as atrações mais aguardadas, a banda americana Red Hot Chilli Peppers se apresenta já no primeiro dia do Lolla, junto a nomes como Zara Larsson, Galantis, Alok e Chance de Rapper.

O sábado (24) terá Pearl Jam, Imagine Dragons, Kygo e DJ Snake. Deixando para o domingo, os shows de The Killers, Lana Del Rey, Wiz Khalifa e Hardwell. Confira quais as atrações para cada data:

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Para quem deseja comprar o ingresso de apenas um dia, chamado 'Lolla Day', é preciso desembolsar R$ 350 pela meia entrada ou R$ 700, inteira.

Quem não é estudante pode adquirir a entrada social que, ao destinar R$ 30 para o projeto Criança Esperança, garante o dia por R$ 370.

No caso do 'Lolla Pass', que vale para os três dias de festival, o terceiro lote está custando R$ 850 na meia entrada e entrada social e R$ 1.700 para inteira.

É possível evitar a taxa de conveniência do site oficial do festival, comprando as entradas direto na bilheteria oficial, no Citibank Hall, localizado na Avenida das Nações Unidas, 17.955, São Paulo-SP.

O local fica aberto de terça à sábado, das 12h às 20h e domingos e feriados, das 13h às 20h, com exceção do dia 11/09, em que vai funcionar das 12h às 20h. Os ingressos estão à venda no site do Lollapalooza.

O festival Lollapalooza Brasil acaba de divulgar o line up da edição de 2018, que será realizada nos dias 23, 24 e 25 de março. Alguns nomes já vinham sendo divulgados de maneira não oficial, como Lana Del Rey, Red Hot Chilli Peppers, The Killers, Alok, Wiz Khalifa, Hardwell e outros mais. Todos esses foram confirmados na lista divulgada pela organização.

Juntamente às atrações, foi liberado a venda do novo lote de ingressos, agora com o preço aumentado. Os ingresso estão a venda desde o dia 16 de setembro, mas os dias exatos que cada atração irá se apresentar não foram confirmados. Na nova leva, os preços variam entre R$ 637,50 (meia-entrada para clientes de cartões Bradesco) e R$ 1500 (inteira para o público em geral).

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Confira os nomes que marcarão presença nos palcos do Autódromo de Interlagos:

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A produção do festival Lollapalooza Brasil ainda não divulgou oficialmente quais artistas serão convidados para tocar na edição de 2018, no entanto, alguns nomes já começam a surgir. As duas novidades são as cantoras Lana Del Rey e Zara Larsson, que, segundo o jornalista José Norberto Flesch, do Destak, irão compor o line-up do festival. Ambas lançaram novos álbuns em 2017, o 'Lust For Life' e 'So Good', respectivamente.

Oficialmente já se sabe que o festival será realizado 23, 24 e 25 de março. Entre outras atrações que estão sendo especuladas para 2018 estão Pearl Jam, Royal Blood, The National e Imagine Dragons, todos nomes também informados por Flesch. Além destes, Red Hot Chilli Peppers, Gorillaz e The Killers também estão sendo citados por outro jornalista, o Lúcio Ribeiro do Popload.

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O cantor Liam Gallagher abandonou o show no festival Lollapalooza, em Chicago (EUA), após cantar três músicas. No início da quarta canção, o artista deixou o palco e a plateia começou a gritar o nome do irmão e ex-companheiro de Oasis, Noel, com quem Liam tem um profundo ressentimento, desde o fim do grupo.

Pelo Twitter, o cantor pediu desculpa aos fãs e disse que a interrupção foi motivada por um problema na voz. "tive um show difícil ontem à noite e minha voz está destruída". No dia anterior, Liam se apresentou numa pequena casa de espetáculos. Os músicos da banda terminaram a música e ficaram aguardando a volta do cantor, como ele não apareceu, eles também deixaram o palco.

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Chuva interrompe festival

O abandono de Liam Gallagher não foi a única interrupção inesperada dessa quinta-feira (3) no Lollapalooza em Chicago. Por conta de uma tempestade que começou quando as atrações principais estavam se apresentando, o festival foi suspenso e a organização pediu que as cerca de 100 mil pessoas presentes evacuassem o local.

Nesta quarta-feira (28), a organização do Lollapalooza divulgou parte da programação do festival, que será realizado nos dias 25 e 26 de março de 2017. Metallica, The Strokes, The Weeknd e The XX são algumas das atrações já confirmadas. Além desses destaques, o Lolla contará com The Chainsmokers, Flume, Two Door Cinema Club, Rancid, Duran Duran, The 1975 e G-Eazy. O evento será realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Em 2017, o festival privilegia bandas de rock em vez de artistas solo, diferente do que foi apresentado este ano. Quanto aos brasileiros que vão integrar a programação, o público vai poder conferir os shows de Céu, Criolo, Suricato e Jaloo. Os ingressos para curtir os dois dias de apresentação podem ser adquiridos ao valor de R$ 920, no segundo lote de venda. Já para quem preferir ter acesso ao camarote, os passaportes custam R$ 1920 a inteira e R$ 1460 a meia.

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Confira a programação a seguir:

Metallica

Strokes

The Weeknd

The XX

Two Door Cinema Club

The Chainsmokers

Racid

Duran Duran

G-eazy

Tovelo

Cage The Elephant

MarshMello

Olivier Heldens

Nervo

Catfish and the bottleman

Illusionize

Tegan and Sara

Tchami

Suricato

Borgore

Vistor Ruiz

Jaloo

Baianassystem

Gabriel Boni

Ricci

Doctor Pheabes

Flume

The 1975

Melanie Martinez

MO

Vintage Culture

Céu

Glass Animals

Dan Diablo

Chemical Surf

Vance Joy

Haikais

Silversun Pickups

Bob Moses

Griz

Daniel Groove

Bratislava

The Outs

Neste domingo (13), segundo e último dia do festival Lollapalooza 2016, em São Paulo, apostou em programação com artistas que voltam ao Brasil. Florence + The Machine, Noel Gallagher e Jack Ü cativaram o público. 

No sábado (12), Eminem, Tame Impala, Mumford & Sons e Marina and the Diamonds se apresentaram no Autódromo de Interlagos. Confira detalhes do evento na reportagem de Lorena Brito, da Rádio Unama FM 105,5, parceira do LeiaJá:

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Desde o palco Axe, onde se apresentava o integrante do Strokes Albert Hammond Jr., do outro lado do Autódromo de Interlagos, a peregrinação seguia. Era o meio da tarde desse domingo, 13, e o Alabama Shakes, banda que foi do encontro do soul com southern rock do primeiro álbum para algo mais ruidoso e desesperado no segundo, estava prestes a subir ao palco Onix Stage.

Até o sol parece ter feito a peregrinação para ouvir Brittany Murphy, vocalista da banda, uma das melhores vozes a surgir nos Estados Unidos nos últimos 20 anos. A garoa fina que caía, transformando terra fofa em lama, foi embora. E, mesmo que por poucos minutos, as nuvens desapareceram, dando espaço para um sol imprevisto. Capas de chuva foram embora, trocaras pelos óculos escuros.

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Tudo para presenciar o que o Alabama Shakes é capaz de fazer sobre o palco. A garganta larga de Brittany funciona como uma caixa acústica para as suas cordas vocais. A voz sai grave, poderosa. Não é límpida, pelo contrário. Brittany canta do fundo, de voz rasgada, como se o som viesse de um canto obscuro, no qual o desespero fica alojado e, quando abre a boca, ela solta essas angústias aprisionadas para o voo livre.

Hold On, hit do disco Boys & Girls, a estreia da trupe, ainda é o cartão de visitas para o grande público. É também mais melódica do que o punhado de canções gravadas no segundo disco, assobiável, e também autobiográfica. "Nunca achei que chegaria aos 22 anos de idade", canta Brittany, confessando seu desespero. A banda não tem mais executado a faixa nos shows em grandes festivais pelo mundo. Mas acrescentou-a no repertório para esse retorno ao Brasil.

Sound & Colour, disco lançado no ano passado e listado como um dos melhores de 2015, é ainda mais poderoso ao vivo. O ruído do álbum combina com ambiente de festival. Soa mais viceral. I'm Yours, por exemplo, cresce na performance no palco.

Há quem diga que as canções do novo disco tem versos repetitivos, pouco inspirados. Mas a realidade é outra. São canções mais desesperadas. Brittany urra de dor, pede pelo fim das brigas em Don't Wanna Fight No More, e clama pelo amor do companheiro em Gimme All Your Love. E o faz como se a própria vida dependesse disso.

O Maglore fez um show consistente na tarde deste domingo, 13, na abertura do palco Onix, no Autódromo de Interlagos, no festival Lollapalooza. Com guitarras equilibradas e arranjos bem estruturados, os baianos mostraram um repertório heterogêneo.

Além dos sucessos de Vamos Pra Rua (2013), disco que alavancou a carreira da banda, Teago Oliveira (vocal), Rodrigo Damati (baixo), Felipe Dieder (bateria) e Leonardo Marques (teclado e guitarra) tocaram faixas de III (2015), trabalho mais recente. A apresentação do Maglore manteve a consistência do início ao fim. As canções mais leves ganharam força. Em Se Fosse Minha, mostraram desenvoltura. Não enfraqueceram nem com os pequenos deslizes do vocal de Teago na afinação.

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O rock do Maglore é robusto e encorpado. A sonoridade do grupo ficou ainda mais vigorosa quando Helio Flanders, vocalista do Vanguart, foi chamado ao palco. Com o violão nas mãos, ele deu um toque refinado à apresentação.

As canções de III mostram um grupo mais maduro e coeso. E isso acabou refletindo na performance ao vivo. Nos últimos anos, o Maglore passou por uma extensa reformulação. A saída do tecladista Leo Brandão e do baixista Nery Leal, todavia, trouxeram melhoras significativas para a banda. O som do grupo parece mais atrativo, embora as músicas de Vamos Pra Rua e Veroz já fossem boas o bastante para colocar o conjunto como uma das grandes apostas do rock nacional.

O sol queimava a cabeça daqueles aventureiros que chegaram cedo ao primeiro dia da edição de 2016 do Lollapalooza, realizado neste sábado, 12, enquanto ótimos shows incendiavam ainda mais o Autódromo de Interlagos, cuja pista já estava queimando os pés de quem passava por lá. De uma forma que se mostrou sagaz, a programação do festival entendeu a necessidade de turbinar as atrações que dão início ao festival.

Em uma análise econômica simples, é compreensível apostar na força do line up completo, em vez de privilegiar grandes fortunas para os shows principais, como ocorreu na primeira edição, quando rumores dão conta de milhões de dólares em um leilão com outras produtoras para garantir a presença do Foo Fighters, em 2012.

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Desta vez, não. As coisas funcionaram de forma diferente. Eminem, o headliner da primeira noite, há tempos não faz uma sequência grande de shows. O último disco, Marshall Mathers LP 2, saiu há três anos e nem de longe alcançou o sucesso do passado. Ele, por mais que ostentasse o nome no lugar mais alto do pôster do festival, não é o único a criar pequenas catarses.

Pelo contrário, aliás. Depois de 40 minutos de show, já era possível ver parte da massa se dirigindo às saídas do Autódromo de Interlagos. O rapper foi esperto, jogou o hit Sing For The Moment logo para o início do set e garantiu que alguns ainda permanecessem por mais tempo. Com rimas impetuosas e velozes, ele não interage tanto com o público, mas entregou o suficiente para quem ficou até o fim. Antes de subir ao palco, Eminem proibiu que a imprensa fizesse fotos de sua apresentação e também que o show fosse transmitido na TV.

De acordo com a organização, 85 mil pessoas compareceram ao primeiro dia de festival, embora tenha sido muito mais fácil de se locomover desta vez do que nas edições anteriores.

O público brasileiro está, a cada ano, mostrando que sabe aproveitar um festival de grande porte. Com ingressos cujo preço, por dia, giravam em torno de R$ 400, é preciso aproveitar a experiência completa, se entregar às bandas às vezes desconhecidas. Vintage Trouble e Joy Formidable, escondidas no palco Axe Stage, eram as responsáveis por receber bem os visitantes - justamente de onde vinha o grande fluxo de entrada principal do festival.

Enquanto os meninos do Dônica fizeram um show para uma plateia tão jovem quanto eles, o duo The Baggios encarou um atraso de mais de 30 minutos por causa de problemas técnicos com maestria. Tocaram um set quase completo, sem medo de mostrar músicas inéditas e exibir até um formato mais experimental e progressivo. Grandes festivais trazem encontros inusitados - e divertidos até. Quem diria que o público de Mumford & Sons, Tame Impala ou Eminem poderiam curtir o metal escarrado do Matanza, veterana banda nacional?

Inegável, contudo, a força do Eagles of Death Metal. Ovacionado do começo ao fim. Existe uma clara simpatia pelo o que a banda passou nos últimos meses, com o ataque terrorista à casa de shows Bataclan, em Paris, em novembro passado, mas nenhuma banda seria capaz de manter essa empolgação de público se não fosse boa. Além da banda competente, Hughes é a estrela do show. Magrelo, alto, bigodão capaz de deixar os caminhoneiros norte-americanos dos anos 1980 com inveja, o líder do grupo dança de forma desengonçada, com suas pernas e seus braços longos demais. Carismático, sem dúvida.

A mesma comoção, em maiores proporções, mas não tão emocionante no sentido mais humano da palavra, Tame Impala e Mumford & Sons fizeram sua estreia no festival. A primeira, australiana, já veio ao Brasil, mas nunca para um público tão numeroso. Psicodelia, que nunca foi o forte do Lollapalooza, ganhou ao experimentar sua vertente mais contemporânea.

Curiosamente, enquanto as canções do terceiro disco do Tame Impala, chamadoCurrents, lançado no ano passado, foram as mais comemoradas, o álbum de mesmo número do Mumford & Sons, grupo britânico que agora se aventura no rock, deixando o banjo e o folk de lado, vacila. As canções, baladas mais tristonhas e melancólicas, enfraquecem justamente a força da performance do grupo. O segredo de Marcus Mumford, líder do grupo, é estar com o violão na mão. Ali, parece um gigante que o Eminem não se mostrou ser. (COLABORARAM JULIO MARIA, JOÃO PAULO CARVALHO E RENATO VIEIRA)

O Young the Giant é o elo perdido do indie rock. Enquanto Strokes, Libertines e Hives lutavam pra salvar o rock, killers e phoenix botavam o pessoal pra dançar e kings of leon e beirut recuperavam coisas do folk e country, eles passaram completamente incógnitos.

Agora os californianos usam um pouquinho de tudo que seus antecessores, que estão meio no ostracismo, faziam para ter o tipo de sucesso logo abaixo do radar do mainstream. A fórmula dá certo, os fãs dançaram e aplaudiram. Quando o vocalista, Sameer Gadhia, pediu para a plateia cantar junto o hit cough syrup, a resposta foi automática.

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O show pode ficar tedioso em alguns momentos para quem não é fã de carteirinha, mas a oportunidade de tocar à noite fez com que a banda aproveitasse bem as luzes e o telão com animações bonitas e simples. Assim como strokes e companhia, eles não vão salvar o rock, mas quem disse que o rock precisa de salvação?

No show de artista nacional do palco Axe mais bem-recebido pelo público, Pitty apresentou um arsenal de sucessos, cantados com força pela plateia feminina. Vestindo um quimono e um short jeans, a cantora e compositora iniciou sua performance com Setevidas, música que dá nome ao seu álbum lançado no ano passado.

Depois, veio um de seus primeiros hits, Admirável Chip Novo. Pitty soube como segurar a atenção da plateia com um show dominado pela pressão roqueira, presente em Máscara e Memórias. Nessas horas, a memória afetiva também conta, já que Pitty tem 15 anos de carreira e muitos adultos que estavam na plateia eram adolescentes quando ela estourou em 2003.

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A artista, que recentemente fez declarações em uma rede social contra o protesto do dia 15 de março, que pedia a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo, sendo ofendida por internautas, apenas agradeceu o público entre uma música e outra, além de se dizer envergonhada com a reação da plateia quando tirou o quimono.

O momento de maior leveza veio com Serpente, que encerrou o show, com seu "ô ô ô" cantado pela plateia após o final. Como síntese de carreira, o show não é valido, pois não entraram no repertório Equalize e Semana que Vem. Mas é uma amostra de que Pitty é coisa de gente grande.

O Foster The People transformou o palco Skol em uma verdadeira pista de dança na tarde deste domingo, 29, no Autódromo de Interlagos. Com um show recheado de hits dos dois álbuns da banda, Torches (2011) e Supermodel (2014), os norte-americanos mostraram por que eram uma das atrações mais aguardadas desta edição do Lollapalooza Brasil.

Pumped Up Kicks, maior sucesso da banda, tem efeito imediato sob todo tipo de público. Tudo porque a música reúne um refrão clichê, daqueles que ficam na mente e fazem você dar o play muitas e muitas vezes seguidas num curto espaço de tempo. Dez de cada nove festas de indie pop da capital paulista executam a canção. Ela é chiclete e modernosa para os adolescentes e, ao mesmo tempo, "cool" para os pais quarentões que acompanhavam os filhos.

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O Foster The People quebrou o trauma do segundo disco ao lançar Supermodel no ano passado. Mais maduros o power trio de Los Angeles formado por Mark Foster, Mark Pontius e Cubbie Fink mostrou que o rock dançante está realmente em alta, abusando dos sintetizadores e falsetes.

"Olá, São Paulo. Como vocês estão?", disse o vocalista Mark Foster. O som do Foster The People colocou todo mundo para dançar, sem restrição na chuvosa e nublada tarde de domingo. Para quem assistiu ao primeiro show da banda no Lollapalooza, em 2012, nenhuma surpresa.

Estreantes no festival naquela ocasião, eles surpreenderam somente aos mais desavisados.

Pseudologia Fantastica, Helena Beat e Colors On The Walls também estiveram presentes do repertório. O Foster The People reúne todas as característica sonoras do Lollapalooza. Um ponto fraco do show do Foster é deixar as musicas mais tranquilas para o final, o que acaba requebrando um pouco o ritmo frenético da apresentação.

Há dez anos, poderia parecer que hoje o Interpol, banda que já começa a ser veterana, de Nova York, seria até headliner de um festival como o Lollapalooza. A promessa meio que não se cumpriu e eles tocaram no meio da tarde deste domingo, 29, nesta quarta edição do festival.

O trio de NY (que toca com dois músicos de apoio nas turnês) fez um show em tons de cinza, embora o vermelho seja a cor predominante de El Pintor, álbum de 2014 que recebeu resenhas variadas.

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Donos de um rock seguro, calcado nos efeitos da semi acústica encorpada de Daniel Kessler, a banda combina bem com a chuva que começou a engrossar no momento em que eles subiram ao palco.

Evil (do bom album Antics, de 2004) e a mais recente Everything is Wrong foram momentos em que banda e público estiveram em sintonia: o rock asseado e bonito do Interpol é bom de olhar e ouvir.

Prova disso é a canção NYC, um dos primeiros singles da banda, em que Paul Banks canta com uma concentração que não permite questionamento: "New York Cares".

Um pouco de calmaria no palco que, há pouco, recebeu o par de baixos do Molotov. O som do palco Axe, novamente, vazou para o Skol, principal do evento e onde o Interpol tocou.

Se ainda havia alguma dúvida, O Terno provou que é um power trio em seu show no Lollapalooza. Tim Bernardes (vocal, guitarra e teclados), Guilherme D'Almeida (baixo) e o recém-incorporado Gabriel Basile (bateria) agradaram o público com seu talento e espontaneidade.

Coincidentemente, neste dia nublado no Autódromo de Interlagos, o grupo abriu sua apresentação com O Cinza, de seu disco mais recente. Músicas como Eu Não Preciso de Ninguém e 66, mais agitadas, foram intercaladas com momentos mais introspectivos, caso de Ai Ai Como Eu Me Iludo e Eu Vou Ter Saudades. À vontade no palco, o trio interagiu o tempo todo com a plateia.

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"Muito bom tocar aqui depois de Robert Plant e Jack White, que abriram pra gente", brincou Tim, que ao final agradeceu "por ter tocado no palco Axé",com a banda fazendo uma citação de Beija-Flor, sucesso da Timbalada.

Também foi lembrado o Tema da Vitória de Ayrton Senna, uma alusão à Formula 1. Depois do show, Tim falou ao jornal O Estado de S.Paulo. "A gente estava muito nervoso, em festival a gente não consegue ter toda a preparação de um show normal. Mas a reação do público animou muito a gente e também a recepção ao Gabriel."

Com um blend de drum and bass, música pop e uma lembrança do soul, o grupo de Hackney, Londres, o Rudimental levou um bom público ao palco Onix do Lollapalooza na tarde deste domingo, 29.

Geralmente confinadas à tenda Perry, espaço oficial da música eletrônica no Festival, as batidas sintéticas do grupo ganharam o campo aberto após liderar as paradas britânicas em 2012. Home, único álbum do grupo, de 2013, pareceu agradar os fãs que enfrentaram a carranca do céu de SP para ver o grupo.

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Nem nos sonhos mais estranhos, Jim Morrison (o cara do Doors que nos anos 60 previu que a música eletrônica tomaria conta de tudo) poderia imaginar o que ela faria de fato. Pela primeira vez nos palcos abertos do Lollapalooza, as pessoas pularam e a terra tremeu.

Muito ovacionado, o quarteto (que na verdade veio para a América Latina como um trio) mistura o ritmo eletrônico com um pé fincado numa espécie de funk europeu e com memórias do soul (Ray Charles passou pela mesa do incrivelmente carismático DJ Locksmith, líder natural do grupo).

Em 2012, Feel the Love, com a participação de John Newman, estreou como número 1 da parada britânica. O Rudimental é originalmente Piers Agget, Amir Amor, Kesi Dryden e DJ Locksmith (Leon Rolle).

A banda Far From Alaska confirmou as expectativas no Lollapalooza Brasil, abrindo os trabalhos no palco Onix neste domingo, 29. A excelente Thievery tomou o público de assalto: quem estava sentado no imenso gramado atrás do palco se sentiu obrigado a levantar assim que Rafael Brasil tocou o primeiro acorde da sua guitarra. A voz de Emmily Barreto é a melhor coisa que o rock brasileiro produziu na última temporada.

Misturando um rock' n' roll moderno com pegadas eletrônicas lideradas pelo sintetizador de Cris Botarelli e letras criativas em inglês, o Far From Alaska consegue receber as influências do stoner e fazer uma música que é ainda mais vibrante ao vivo. Demonstrando entrosamento de campeão, a banda fez um dos melhores shows do festival até aqui. Merecia um horário melhor.

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O grupo formado em Natal (RN) apareceu em todas as listas de melhores do ano em 2014 com o ótimo modeHuman, álbum de estreia, e sua mistura potente e criativa de uma guitarra barulhenta, sintetizadores bem empregados e a voz impressionante de Emmily Barreto.

Se neste sábado, 28, Jack White encerrou o festival com sua poderosa demonstração de poder, bebendo em fontes diferentes do rock e da música eletrônica, neste domingo, 29, o Far From Alaska mostrou que não é preciso ir longe para fazer um show divertido. "Cheguei ao topo", brincou Emmily no palco. Não chegou, não. Ainda tem muito chão. Roqueiros, fiquem tranquilos. Quem diz, em 2015, que o rock está morto, certamente nunca viu um show do Far From Alaska.

A banda é formada por Emmily Barreto(vocal), Cris Botarelli (sintetizadores), Lauro Kirsch (bateria), Rafael Brasil(guitarra) e Eduardo Filgueira (baixo).

A famosa linha de violão acústico de Baby, I'm Gonna Leave You, com seus quase 50 anos de existência, quando soou no vale do Autódromo de Interlagos, mudou a tarde de sábado, 28, e deu um sentido místico à maratona. Às 18h24, apesar do som baixo (muitas vezes encoberto por Marcelo D2, lá do outro lado), Robert Plant, mítico vocalista do Led Zeppelin, antigo Deus do Sexo (hoje mais para Inri Cristo), estava ali em carne e osso e cachos molhados, como uma testemunha da capacidade de permanência do rock, de seu potencial de assimilação e enriquecimento.

No lugar da animalidade histórica, ele pôs em cena um apuro técnico que é realçado por uma digna banda de carreira, The Sensational Space Shifters, testada no batizado da estrada. Rainbow e Turn it Up foram as primeiras "ousadias", as canções de sua carreira solo amaldiçoada pelos puristas - mas mesmo estas não enfrentaram rejeição imediata.

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A "traição" de Plant se revela em uns condimentos de world music, de certo tempero mestiço, o toque afroprogressivo (por conta do músico Juldeh Camara) - mas o que foi o Led Zeppelin senão uma das viagens mais mestiças da História do rock? Com Black dog, Whole lotta love e Rock and Roll no bolso do colete, ele dominava o vale dos selfies implacáveis. A voz firme (sem o vigor do passado) o sorriso de eterna ironia, o rosto vincado pelo tempo.

O show de Plant começou após os alto falantes tocarem uma introdução de Rumble, música de 1958 do Link Wray que é citada por Jimmy Page no documentário It Might Get Loud (2008), que reuniu o guitarrista do Zeppelin e mais Jack White e The Edge. Foi a única canção instrumental a sofrer censura da história.

Plant "herdou" o público da banda inglesa Kasabian, grupo de segunda linha do britpop que fez show ultradançável no palco Onix - com extremada animação do guitarrista, Sergio Pizzorno. No mesmo palco, o grupo que antecedeu Plant, o Alt-J, mostra boa interação em cena, mas também ilustra o esgotamento de certa fórmula popularizada por grupos como Hot Chip - não há um ponto de evolução. A "deserção" da cantora galesa Marina and the Diamonds frustrou boa parte da plateia de 66 mil pessoas.

Menos inchado que a edição de 2014, esse Lolla teve poucos percalços de organização - um deles foi a falta de sinal para as máquinas de débito automático, todo mundo tinha de pagar em dinheiro.

Marcelo D2

A pressão de Marcelo D2 em seu show foi tanta que o som de seu palco vazou no de Robert Plant. Sua mistura de hip hop e samba foi vista por um público jovem que queria dancar. A apresentação foi aberta com Está Chegando a Hora, com sample de Abre Alas (Ivan Lins/ Vítor Martins). Pedindo para que o público fizesse barulho a toda hora, D2 dedicou a música 1967 a Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr. Ele ainda relembrou a última vez que viu o amigo. "Nos encontramos em BH e ele veio ao meu quarto fumar 'unzinho' ". Dizendo que representa os "maconheiros mais famosos do Brasil, o Planet Hemp", D2 também cantou o sucesso Qual É.

Destaque para as participações de Bernardinho Beat Box e do guitarrista Maurício Negão.

Escalado para substituir a banda Kodaline, que teve problemas com a documentação (e que entraria no lugar do projeto SBTRKT), D2 fez um show no qual utilizou os hits certos para levantar o público. Foi um show longe de ser burocrático, porém nada surpreendente.

Kongos

O Lollapalooza 2015 "adotou" sua banda nova adorável dessa edição: o grupo sul-africano Kongos. Escalados para suprir a ausência de Marina and the Diamonds (cujo show foi cancelado porque a cantora teve problemas com voo), eles conquistaram instantaneamente o público. "Vocês nos deram um bom motivo para aprender português", disse o baterista.

A história deles é daquelas coisas maravilhosas que parecem inventadas: ídolo pop britânico dos anos 1960 vai morar na África, tem quatro filhos em escadinha, se aposenta e, um dia, os filhos formam um grupo juntos.

Tocaram ate uma inédita, I don't mind. Autores do virótico hit Come With Me Now (canção de 2012 projetada na trilha do cult movie Holy Motors, de Leos Carax), eles fizeram sua estreia com estilo. Eles são muito influenciados pelo pai, John Kongos, mas mostram outras referências. Por exemplo: It's a good Life tem eflúvios de John Lennon.

"Gostamos de diferentes tipos de som: mais pesados, mais suaves, com alguma eletrônica. Não seguimos regras ou parâmetros. Se a canção é boa, não importa. Basta que encaixe no disco. A única coisa é que temos grande respeito pela música africana, gostamos de fazer o público dançar", disse à reportagem o baixista e vocalista Dylan Kongos (os outros irmãos são Daniel, vocais e guitarra; Jesse, bateria e vocais; Johnny, acordeão e teclados). São bons instrumentistas, têm admirável harmonia vocal, bons de palco. Certamente vão voltar.

Bastille

Quem esperava por um palco Axe vazio para assistir ao show da banda britânica Bastille, última apresentação da primeira noite do Lollapalooza, se enganou. A missão, entretanto, era difícil. Os ingleses tiveram de medir força com nada mais nada menos do que Jack White, principal atração do festival.

Com um público mais jovem, os ingleses não só roubaram os holofotes, como fizeram uma performance dançante. O grupo formado por Dan Smith, Chris Wood, William Farquarson e Kyle Simmons subiu ao palco pontualmente às 21h45. A banda abriu a apresentação com Bad Blood, do disco homônimo de 2013. O show do Bastille é recheado de efeitos visuais e luzes multicoloridas.

Falando em espanhol, o vocalista Dan Smith mostrou simpatia e logo deu boa noite para o público presente. O som do Bastille transita o tempo todo entre o eletrônico e o rock de maneira lúcida. Algo, aliás, característico desta edição do Lollapalooza. Um formato batido, é verdade, mas que funciona bem dentro da proposta do evento.

Weight of Living, segunda música do show, tratou de deixar isso ainda mais claro. Duas coisas chamam a atenção no vocalista Dan Smith: sua simpatia e o enorme topete. Carismático, tentava o tempo todo se comunicar com o público. Cravava o quanto estava feliz de estar no Brasil. O dono do topete mais legal da nova geração britânica do rock logo se assustou com energia dos fãs.

Realidade no Reino Unido, mas ainda lutando por um espaço nos Estados Unidos, o Bastille chegou às paradas de sucesso com a música Pompeii, maior hit da banda. E foi com ela que os ingleses encerraram a apresentação deste sábado no Lollapalooza. Cantada em coro por uma multidão, o Bastille mostrou que está pronto para conquistar o público norte-americano e também brasileiro.

Jack White

Um show ultra-pesado do néo-topetudo Jack White, que está parecendo uma versão anabolizada de Johnny Cash, fechou a noite deste sábado, 28, no palco principal do Lollapalooza, em São Paulo. Com covers de Elvis, Gene Vincent e uma reverência ao bluegrass, ele fez pontes entre gêneros fundadores e mostrou por que é um dos grandes artistas de sua geração.

White tocou canções de sua carreira solo, como Blunderbuss, outras do duo White Stripes (que formou com Meg White), como Dead Leaves and the Dirty Ground e o hit Seven Nation Army, além de outras da banda Raconteurs. Todas suas facetas estavam presentes, mas o show talvez tenha sido sisudo demais, com muito pouco espaço para o lirismo. Jack impôs um cenário e iluminação espartanos (a luz azulada e o fog o escondiam como a um clandestino em seu próprio show) e maltratou os ouvidos da banda e do público, esfolando a guitarra com dureza.

O britânico Paul McCartney será o principal nome do festival Lollapalooza na cidade de Chicago, anunciou a organização do evento.

Outros shows de destaque do Lollapalooza na cidade americana, que acontecerá de 31 de julho a 2 de agosto, serão a banda Metallica, o cantor britânico Sam Smith e o belga Stromae, que se apresentou no fim de semana no Rio de Janeiro no festival Back2Black.

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McCartney, de 72 anos, também será headliner de outros festivais nos próximos meses, incluindo Roskilde (Dinamarca) e Firefly, no estado americano de Delaware.

Além disso, o ex-Beatle fará um show em sua cidade natal, Liverpool, e sua primeira apresentação em Seul, dentro de uma turnê mundial.

O Lollapalooza foi criado em 1991 pelo cantor Perry Farrell, da banda Jane's Addiction, que pensou em um evento mais voltado para a contracultura.

Depois de alguns anos o festival passou a ser alvo de críticas por seu tom cada vez mais comercial e o Lollapalooza ressurgiu em 2005 como um festival anual no Grant Park, em Chicago.

Atualmente, o Lollapalooza também é organizado em outros países. A edição de 2014 no Brasil acontecerá no próximo fim de semana, em São Paulo, com artistas como Robert Plant, Jack White e Smashing Pumpkins.

Quem está de malas prontas para o Lollapalooza Brasil 2015, que acontece nos dias 28 e 29 de março no Autódromo de Interlados, em São Paulo, já pode separar uns dias a mais para aproveitar o megafestival. Cinco das atrações que compõem o line up dos dois dias festa vão fazer apresentações intimistas exclusivas na capital paulista, integrando o calendário das tradicionais Lolla Parties.

Para abrir a programação em grande estilo, no dia 26 de março, as bandas Kongos (Joanesburgo, África do Sul) e Fitz and The Tantrums (Califórnia, EUA) fazem show na Audio SP - a casa será aberta às 21h e os ingressos para este dia custam R$160 para a pista e R$220 para o mezanino, com direito a meia-entrada. No dia 27, o trio de rock alternativo Alt-J (Leeds, Reino Unido), faz apresentação exclusiva no Cine Joia, a partir das 22h, com entradas ao preço de R$180 (inteira).

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Já no dia 28, de volta a Audio SP, a Foster The People (Califórnia, EUA) sobe ao palco da casa, que abrirá às 22h e terá ingressos custando R$180 para a pista e R$250 para o mezanino, também com direito a meia-entrada. Enquanto isso, no Cine Joia, na mesma noite, a partir das 23h, é a vez da Three Days Grace (Toronto, Canadá) animar a festa. A entrada vai custar R$180 (inteira).

Os ingressos para as Lolla Parties estarão disponíveis para venda nesta quarta (25) às 11h no www.ticketsforfun.com.br, na bilheteria oficial do Citibank Hall em São Paulo (Av. das Nações Unidas, 17.955) e nos pontos de vendas espalhados por todo o país.

Serviço

Lolla Parties, com Kongos, Fitz and The Tantrums, Alt-J, Foster The People e Three Days Grace

26 (quinta) e 27 (sexta) de março de 2015

Audio SP (Av. Francisco Matarazzo, 694 - Água Branca, São Paulo) e Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade, São Paulo)

*Por Luiza Tiné

Com público estimado em 60 mil pessoas, menor do que no primeiro dia (quando 90 mil estiveram no autódromo de Interlagos, de acordo com a organização), o segundo dia do Lollapalooza, neste domingo (6), foi menos sacrificado para os fãs, que podiam circular entre os palcos sem tanto empurra-empurra. Os promotores do festival anunciaram que o autódromo continuará sendo a sede do festival. Isso exigirá um desenho de distribuição dos palcos mais inteligente, com passagens mais abertas, evitando as aglomerações perigosas. Também o serviço de limpeza deverá ocorrer concomitantemente ao festival, para evitar as montanhas de detritos.

Além disso, problemas com o som marcaram essa edição do festival. Ontem, por exemplo, o show do Soundgarden começou inaudível. Quem estava na pirambeira não ouvia nada. Quem estava próximo do palco ouvia um som abafado.

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Quando Arcade Fire e New Order, dois headliners de peso que fecharam a noite de ontem, subiram em diferentes palcos no mesmo horário, muitos se questionavam sobre como o público se comportaria quando começassem os shows. Poucas pessoas mudaram de um palco para o outro. Parecia que os fãs já estavam em Interlagos bem decididos sobre o que ver. Quando a coincidência de horários foi anunciada, o público pediu para que a organização os alterasse, mas em vão.

Ao subir ao palco para encerrar a programação do Palco Interlagos, o New Order já havia derrubado a teoria dos que sustentam ser esta uma 'banda de tiozinhos'. Não foi o que se viu na plateia. Havia uma expectativa por sucessos, por um show generoso com o passado, sobretudo depois do bailão anos 80 que o grupo fez na edição do Lolla do Chile. E ela foi atendida. Singularity, Ceremony, Bizarre Love Triangle, Blue Monday.

Enquanto isso, ao som de Reflektor, o grupo Arcade Fire confirmou o que se esperava: fez o show mais robusto, inteligente, dançável e inquestionável do festival. Logo depois, emendaram Flashbulb Eyes, e a percussão mesclada à eletrônica e à instrumentação vintage, tudo ao mesmo tempo, criaram o clima definitivo. Logo em seguida, entram duas canções mais antigas, Neighborhood e Rebellion (Lies).

Win Butler tornou-se um frontman robusto, de voz poderosa, e sua parceria com Régine Chassagne (sua mulher, vocalista, tecladista, baterista e o que mais vier em cena) é simbiótica. Tudo é encaixado perfeitamente, e mesmo que alguém não goste do som, deve admitir sua simetria perfeita. Nenhum show no festival chegou tão longe.

Entre as outras atrações do dia, Johnny Marr e os Pixies se saíram melhor que os colegas, embora Ellie Goulding tenha causado sensação com sua decisão de tirar a camisa e ficar só de sutiã, e o show dos Vampire Weekends tenha dado um toque de leveza na jornada escaldante.

Os Pixies parece que entraram com alguma raiva no palco. Dos três shows do grupo no Lollapalooza na América do Sul (Chile, Argentina e Brasil), foi o mais pauleira, o mais potente em termos de som (e também de resposta de público). Houve também mais ênfase no baixo de Paz Lechantin, a nova instrumentista argentina que substituiu Kim Deal.

A banda já abriu a toda, com Bone Machine. No início, pediam para os técnicos aumentarem o som de seus instrumentos, parecendo buscar impacto. O som não estava tão baixo. A plateia aparecia nos telões berrando com energia as letras dos hits, como Monkey Gone to Heaven, Where’s my Mind e Hey.

Já Johnny Marr trouxe ao festival a porção guitar hero que faltava. Convidou um ex-integrante dos Smiths, Andy Rourke e abriu com The Right Thing Right em estilo melódico, quase mínimo. "Essa canção é dedicada ao New Order", disse Marr, antes de cantar a eletrônica Getting Away With It.Depois, ele veio com a incendiária I Fought the Law, do The Clash, e Bigmouth Strikes Again, How Soon is Now e There’s a Light That Never Goes Out.

Mais tarde, no mesmo palco, Chris Cornell surgiu à frente do Soundgarden para um dos shows mais esperados. Searching with my Good Eye Closed, The day I tried to live, Flower, Outshined e a nova Been Away Too Long.

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