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As mudanças que o presidente Jair Bolsonaro promoveu no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para atender a interesses de aliados, como o empresário Luciano Hang, não ficaram restritas à presidência do órgão. O chefe do Executivo "ripou" - termo usado por ele mesmo para se referir às exonerações que ordenou - outros cinco diretores do instituto. Seu governo também aprofundou nas superintendências estaduais as indicações políticas e de pessoas com qualificações técnicas não relacionadas à proteção do patrimônio histórico.

Um levantamento do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro aponta que 12 superintendentes regionais do Iphan têm perfis profissionais incompatíveis com os cargos. Outros cinco são arquitetos ou técnicos da área, mas não têm especialização acadêmica.

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A exigência de capacitação específica para a nomeação está expressa em decreto do próprio governo Bolsonaro, de 2019.

O primeiro a perder o cargo, em outubro de 2019, após as primeiras queixas do dono das lojas Havan, foi o arquiteto Andrey Schlee, então diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização. A seção supervisiona as atividades do Centro Nacional de Arqueologia, responsável pela suspensão provisória da construção da unidade da Havan na cidade de Rio Grande (RS), em 2019.

Na semana passada, Bolsonaro admitiu que "ripou" dirigentes do Iphan por causa de embargo na obra da Havan. Aliado de primeira hora do presidente, Luciano Hang disse que a interrupção causada por achados arqueológicos no terreno o levou a colocar "a boca no trombone".

Depois de Schlee, outros quatro diretores foram substituídos. O mesmo ocorreu com Kátia Bogéa, que teve de entregar a presidência do Iphan para Larissa Pereira, até então servidora do Ministério do Turismo. Kátia atuou no Iphan por quase 40 anos. "Tiraram todos os diretores que estavam há mais de 30 anos na casa. Eram pessoas do Iphan, como eu, funcionária de carreira", disse a ex-presidente ao Estadão. "O que houve no Iphan foi um desmonte."

A Justiça chegou a suspender a nomeação de Larissa por "falta de capacitação técnica". Ela é graduada em turismo e hotelaria, com pós-graduação na área de marketing. A decisão, no entanto, foi revertida em segunda instância.

Loteamento

Entre os novos diretores do instituto está o pastor Tassos Lycurgo, no Departamento de Patrimônio Imaterial. Ele assumiu no lugar do advogado Hermano Guanais, mestre em preservação do patrimônio cultural. A falta de qualificação técnica para atuar no cargo é um dos principais problemas na gestão do órgão apontados por entidades e especialistas. No Distrito Federal, o superintendente, Saulo Diniz, é uma indicação da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). Antes de assumir o posto no Iphan, ele era do diretório do PSL.

Em Goiás, o superintendente é indicado pelo deputado Alcides Ribeiro (Progressistas-GO). Allyson Cabral é advogado, sem experiência na área em que atua hoje. Olav Schrader, responsável pelo órgão no Rio, é formado em relações internacionais, administrava imóveis antigos e é ligado ao movimento monarquista.

Procurados, o Iphan e o Palácio do Planalto não se manifestaram.

Mário de Andrade fez o primeiro projeto do órgão

Uma das instituições mais antigas do Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Turismo. O órgão tem, entre suas funções, a de proteger e promover os bens culturais do País, evitando a evasão e perda de obras, objetos de arte e outras peças de relevância.

O Iphan possui 27 Superintendências, uma em cada Unidade Federativa, e 37 Escritórios Técnicos. O primeiro projeto para a criação do Iphan foi redigido pelo escritor modernista Mário de Andrade, em 1936. O órgão seria criado no ano seguinte, por iniciativa do advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco, que presidiu o instituto por 30 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça do Distrito Federal condenou, nesta terça-feira (13), sete policiais militares, um deles, tio da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a 10 anos de prisão por organização criminosa.

Os militares foram presos em uma operação nomeada por “Horus” e foi realizada em maio de 2019 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e acabou por desarticular o grupo envolvido em grilagem de terras. João Batista Firmo Ferreira, o tio de Michelle, e também os outros seis militares, ganharam liberdade em abril de 2020.

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As investigações indicam que os policiais militares eram milicianos e atuavam para ajudar um esquema ilegal de parcelamento de terras. Foram dezenas de loteamentos ilegais e, segundo o portal Metrópoles, a PMDF colaborou com as investigações, que seguem em sigilo.

Em trecho de conversa de 2015, divulgado pelo Metrópoles, João Batista fala sobre pessoas que estão invadindo um terreno e que já arrumou uns pistoleiros, policiais, para ajudar a se livrar dos invasores.

Crimes na família

O primeiro-sargento João Batista Firmo Ferreira é o terceiro parente de Michelle envolvido com o mundo do crime. Ela já teve uma avó presa por tráfico de drogas e a mãe investigada por falsificação ideológica.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está cobrando à Prefeitura de Olinda e à Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) o embargo da obra de construção do Loteamento Minervina Queiroz, no bairro de Jardim Brasil. O motivo para o embargo seria a pendência na apresentação de projeto, junto à CPRH, que preveja o distanciamento de 30 metros de cada lado da margem do riacho existente na área, que deságua no Riacho Ouro Preto.

Segundo a promotora de Justiça Belize Câmara, a recomendação partiu de um inquérito civil que tramita na Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo e Patrimônio Histórico-Cultural de Olinda, para apurar a existência de dois loteamentos clandestinos em Jardim Brasil, sendo um deles o Minervina Queiros e o outro o Loteamento Clóvis Moura.

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Segundo o MPPE, nos autos do inquérito há um parecer técnico da CPRH, acompanhado de fotos e documentos, noticiando que no Loteamento Minervina Queiroz estão sendo construídas unidades habitacionais unifamiliares, sob a responsabilidade da empresas AWM Engenharia Ltda em terreno cortado por um riacho tributário do Riacho Ouro Preto.

“O licenciamento ambiental é uma obrigação prévia à instalação de qualquer empreendimento e um dos seus condicionantes é preservar ao máximo possível o escoamento natural das águas, evitando a possibilidade de estagnações, alterações prejudiciais aos recursos hídricos e ao solo”, ressaltou a promotora de Justiça no texto da recomendação. Uma das exigências legais é a apresentação de projeto que garanta a distância mínima das residências para o corpo d’água.

O MPPE recomendou à AWM Engenharia Ltda que suspenda todas as obras no terreno. Os representantes da construtora deverão providenciar a regularização do loteamento junto à autoridade municipal e à CPRH. O município deverá instaurar um processo administrativo e os autos deverão ser encaminhados à Procuradoria Geral do Município, para que adote as providências cabíveis, inclusive uma eventual ação de demolição. 

Sediar a Copa de 2014 com o propósito de garantir o progresso nas principais cidades do Brasil. Essa era uma das expectativas dos pernambucanos e a promessa dos governantes. Porém, o resultado está sendo bem divergente e a  realidade afeta, negativamente, aproximadamente 200 famílias que foram desapropriadas para a construção de obras para mobilidade do evento esportivo. Com é o caso do loteamento São Francisco, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), que foi desapropriado e moradores afirmam que o terreno será utilizado pela empresa Metropolitana.

O local, que hoje está completamente cercado de muros altos, mato e insegurança, já reuniu centenas de famílias e comerciantes. Segundo os moradores, até uma rua que dividia o terreno não existe mais, resultando em muita insegurança e problemas. De acordo com os residentes da região, o progresso tão almejado não chegou.

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A idosa Ana Celina da Silva, de 75 anos, mora próximo ao terreno que foi desapropriado e relata que foi muito difícil a retirada das famílias. “Muitos moravam no bairro há anos e lutaram para adquirir o terreno e construir suas casas. Para piorar a situação, muitas famílias ainda não receberam a indenização e estão morando de aluguel sem ter uma renda boa para sustentar a família”, lamentou Ana. Ainda segundo Ana, existe rumores que o terreno será cedido a empresa Metropolitana.

Morando ao lado loteamento há 32 anos, Nyeres Maria da Silva diz que muitas famílias estão passando por necessidade. “As pessoas, que tinham um comércio e sustentavam a família, perderam a renda e ainda precisam pagar aluguel. Como um senhor que precisou alugar uma loja para reabrir sua oficina e para isso está pagando R$ 1.500, além do aluguel da residência que é R$ 500. Como uma pessoa vai sobreviver desse jeito?”, indagou Maria.     

Outros problemas além da falta de indenização assombram os antigos moradores. Como as mortes e as doenças que surgiram durante o processo judicial de desapropriação. Quem está sentindo na pele é Maria Lúcia Ribeiro, de 57 anos. Com olhar distante e semblante triste, a moradora cuida do marido Josué Melquiades da Silva, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e atualmente está em cima da cama, com uma parte do corpo totalmente paralisada e dependente.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, Maria Lúcia revela suas dificuldades. Confira a seguir:  

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De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria das Cidades, o terreno que foi desapropriado será utilizado como extensão do Terminal Integrado de Camaragibe. Sendo inverídica a informação que o local será cedido à empresa Metropolitana para uso particular não procede. Quanto ás famílias que ainda não receberam a indenização, a Secretaria informa que houve atraso devido aos tramites jurídicos. 

 

A partir desta terça-feira (18), os moradores do município do Cabo de Santo Agostinho, localizado na região metropolitana do Recife, terão um bom motivo para comemorar um avanço da educação na cidade. É que a Prefeitura da Cidade assinará uma ordem de serviço para iniciar as obras da sexta escola Modelo da cidade. A assinatura acontecerá nas proximidades do Centro Social Urbano (CSU, às 18h.

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Com uma infraestrutura moderna, a unidade de ensino será construída no loteamento Nova Era, localizada no distrito de Ponte dos Carvalhos. A unidade contará com um parque e um auditório. Além disto, o espaço terá a infraestrutura padrão, que contemplará a construção de um ginásio poliesportivo coberto, onze salas de aula, biblioteca, refeitório, cozinha, laboratório de ciências e salas de informática e de multimeios.  

A previsão é que o aparelho de ensino seja inaugurado no segundo semestre de 2012. O valor total para a construção é da ordem R$ 11 milhões de reais.

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