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A Secretaria de Infraestrutura do Estado da Paraíba (Seinfra) divulgou que cinco barragens estão sendo construídas. As obras integram o Programa Mais Trabalho, que prevê a execução de obras para minimizar os problemas de abastecimento de água no interior da Paraíba.

O programa, lançado em maio deste ano pelo governador Ricardo Coutinho refere-se à construção das barragens Porcos (Pedra Lavrada), Cacimbinha (São Vicente do Seridó), Coronel Jueca (Desterro), Riacho Fundo (Tenório) e Pedra Lisa (Imaculada) , que terá um investimento superior a R$ 20 milhões.

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De acordo com o secretário João Azevedo já foram construídas as seguintes barragens: Jandaia (Bananeiras), Pitombeira (Alagoa Grande) e a própria Camará (reconstruída). "No que se refere à recuperação, 50 barragens foram recuperadas. São mais de R$ 23 milhões aplicados nesse programa que visa garantir segurança hídrica para a população", relatou.

Ainda conforme o secretário, caso o empréstimo no valor de US$ 250 milhões seja aprovado, há a possibilidade de serem construídas mais cinco barragens pelo governo do Estado. "Essas barragens serão construídas na região do Sertão e terão uma função complementar, considerando que algumas estarão em regiões em que chegarão águas do Rio São Francisco. Entretanto, é necessário que se tenha água para a produção e para desenvolver projetos de irrigação. Através do plano da Bacia do Piancó Piranhas – Açu, foi constada a necessidade de construção de 11 barragens, então com a aquisição desse empréstimo o Governo do Estado vai construir cinco. Será algo em torno de R$ 75 milhões investidos nessa ação", revelou.

Para muitas pessoas o São João remete a quadrilha junina, fogos, muita dança e comida. Mas para muitos profissionais, o mês de junho  é sinônimo de alguns cifrões e muito trabalho.

A oportunidade de ganhar um extra ou até de dobrar os lucros nessa época do ano, faz com que algumas profissões, mais requisitadas nas festas típicas, se destaquem entre as demais. Vendedora de calçados e roupas de janeiro a maio, e dona de barraquinha de fogos em junho, Luciana Estanislau seguiu os passos do pai, Seu Luciete, e há 25 anos tem seu ponto de vendas nos arredores do Estádio do Arruda, na Zona Norte do Recife.

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Luciana segue o ritmo da cidade nas épocas festivas e “quando tem festa, como carnaval, São João, Natal, eu estou aqui ou no centro da cidade vendendo artigos de época festiva”, diz a comerciante, que afirma que o trabalho começou desde o dia 11 de junho e seguirá até 1° de julho.

Mesmo Recife sendo um dos maiores polos carnavalescos do Brasil, Luciana conta que é no São João que consegue bater o recorde de vendas. “Tenho um lucro de 50% a mais em junho, mesmo sobrando alguns produtos no final da temporada, as vendas ainda superam as do carnaval”, explica. Os traques de massa, vendidos por Luciana, fazem a alegria da criançada. Mas o que seria do "anarriê e alavantu" sem as quadrilhas juninas? Grandes atrações da festa e talvez a dança mais alegre dessa época, a quadrilha é montada por profissionais que passam meses trabalhando. Da concepção do tema aos ensaios, coreógrafos, dançarinhos e produção guardam um tempinho extra durante o dia para se dedicar a quadrilha.

Perácio Gondim, dono das coreografias das quadrilhas campeãs regionais e brasileiras de 2011, confessa ser um apaixonado pela dança, que o acompanha desde seu crescimento pessoal e profissional. “Eu sempre dançava nas quadrilhas juninas, mas quando vi já estava coreografando e ganhando o concurso. Então, outros grupos começaram a me chamar para montar ensaios e me pagavam por isso e, com esse dinheiro, consegui pagar a minha faculdade”, afirma.

O pedagogo afirma que o trabalho é duro e requer muito tempo de preparação. Esse ano, Perácio decidiu se focar na pós-graduação, mas não deixou de acompanhar, um  pouco mais de longe, as quadrilhas. “Não consigo ficar totalmente distante dessa festa. A quadrilha me trouxe tudo”, explica o também arte educador.

Além da coreografia, as grandes quadrilhas ganham um charme a mais com as tradicionais fantasias de matuto e fazê-las é a função de Dona Etiene Rocha, costureira há 30 anos, é apaixonada por fabricar as roupas dos integrantes. Responsável pelo visual das quadrilhas Raio de Sol e Dona Matuta, ela esbanja alegria ao falar do trabalho duro que começou desde março e só terminará na última apresentação dos grupos. “Meu trabalho não termina nessa máquina de costura, eu acompanho as quadrilhas em todas as apresentações. Além de adorar ver a dança, fico auxiliando nas trocas de roupa e resolvendo algumas emergências que acontecem quando cai um botão”, diz.

Dona Etiene trabalha no seu ateliê com a ajuda de mais quatro costureiras que, juntas, fazem em média 220 fantasias para a época junina. O trabalho vem sempre com um grande recompensa. De acordo com ela, o lucro de junho chega a 100%, ultrapassando o do Natal, época em que o número de encomendas também é grande.

Mas Etiene afirma que nada é mais recompensador do que ver suas fantasias ganhando vida no corpo das dançarinhas. “Eu me sinto realizada todos os dias. Fico com o coração palpitando quando vejo as quadrilhas entrando com as roupas que eu fiz” conta, sorridente.

*Por Alexandra Gappo

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