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Distribuídos em duas fileiras, japoneses e brasileiros erguiam bandeiras e celulares, às vezes ambos. Tudo para saudar e fazer um registro da princesa do Japão, Mako, de 26 anos, que foi neste sábado (21) ao Parque do Ibirapuera para conhecer o monumento Pioneiros da Imigração Japonesa e o Pavilhão Japonês, na zona sul de São Paulo.

Após passagem pelo Rio e pelo Paraná, ela cumpre agenda de quatro dias em São Paulo. A viagem marca os 110 anos da imigração japonesa no País. Neste sábado, ela participou primeiro de uma solenidade no 21.º Festival do Japão.

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Depois, no Ibirapuera, a aglomeração começou pouco antes da chegada da princesa, com a distribuição de bandeiras brasileiras e japonesas. Grande parte do público foi ao local só para ver a jovem, que vai abdicar do trono em breve para se casar com um empresário plebeu.

"Fui há muito tempo (em um evento com a família imperial japonesa), quando se comemorou os 80 anos da imigração no (Estádio do) Pacaembu", lembra a diretora de curso de Japonês Taeko Hatayama, de 49 anos, que estava com 10 alunos.

Já a comerciante Erika Ifuku, de 39 anos, levou a "família inteira". Dentre os 12 adultos e crianças do grupo, a aposentada Naoko Ifuku, de 74 anos, é a veterana desse tipo de evento. Quando adolescente, assistiu ao desfile da primeira visita oficial da família imperial ao Brasil, em 1958, no centro, experiência que repetiu outras vezes. Já a neta Mari, de 9 anos, descobriu o nome da princesa Mako há dois dias. "Estou achando muito legal", disse.

"Espero que essa história (dos imigrantes) seja levada para as próximas gerações que conduzirão o futuro", afirmou Mako, que acenou e cumprimentou crianças. Entre um evento e outro, ela até mudou de figurino: no Festival, usava um quimono; no Ibirapuera, um terninho.

As irmãs Alice, de 5 anos, e Melissa, de 3, gostaram. "Elas adoraram quando dissemos que iriam conhecer uma princesa de verdade", contou o pai, o programador Robson Matos, de 37 anos.

Curiosos

O evento atraiu também curiosos, que paravam para ver o que ocorria. Alguns ficaram, totalizando cerca de 200 pessoas. "Achamos que era aniversário do Japão", disse a perfumista Renata Ashcar, de 53 anos, acompanhada da filha. Na manhã deste domingo, 22, Mako visitará o bairro da Liberdade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A princesa Mako, neta mais velha do imperador japonês Akihito, irá se casar com um plebleu e perderá seu título de nobreza. Mako, de 25 anos, se casará com Kei Komuro, um ex-colega de universidade e que trabalha em um escritório de advocacia. Segundo as leis japonesas, as mulheres que pertencem à nobreza devem se casar apenas com alguém que também tenha origem real, caso contrário, perdem seus dieitos e deveres como membro da família imperial.

Komuro foi questionado pela imprensa japonesa sobre o caso, mas tentou minimizar os efeitos da notícia. "Não é o momento para fazer comentários, falarei quando for a hora", disse. O noivo conheceu a princesa Mako cinco anos atrás, por meio de amigos em comum, e a pediu em casamento um ano após o primeiro encontro. O matrimônio deve acontecer em 2018.

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Conforme a tradição, o governo japonês pagará à princesa uma indenização pela perda de seus direitos, cujo valor será decidido por uma comissão de 8 membros, inlcuindo o primeiro-ministro Shinzo Abe.

Atualmente, a legislação japonesa autoriza que apenas homens se casem com plebeias. O príncipe-herdeiro Naruhito o fez e manteve seus títulos. Já sua irmã, a princesa Sayako, perdeu seu status ao se casar com um funcionário da Prefeitura de Tóquio, em 2005.

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