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A organização da Maratona de Chicago anunciou nesta segunda-feira (13) que a corrida deste ano foi cancelada devido à pandemia do novo coronavírus. A prova estava agendada para o dia 31 de outubro, nos Estados Unidos.

"Em resposta às preocupações de saúde pública causadas pela pandemia do coronavírus, a Cidade de Chicago anuncia a decisão de cancelar a Maratona de 2020 e todas as atividades relacionadas à prova", disse a organização, em comunicado.

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"A esperança nos impulsiona como corredores e como seres humanos", afirmou o diretor executivo da prova, Carey Pinkowski. "Minha esperança era de ver todos na linha de partida no domingo, dia 11 de outubro, mas nossa mais alta prioridade tem sido a segurança dos participantes e dos nossos voluntários.

Os organizadores informaram que os inscritos poderão obter o dinheiro de volta ou poderão confirmar seu lugar nas edições de 2021, 2022 e 2023 da corrida.

Nos últimos dias, os Estados Unidos vêm registrando picos de contaminações por covid-19 em diferentes estados. O país segue como o recordista em número de mortos e infectados, à frente de Brasil e Índia.

Nas últimas semanas, diversas maratonas tradicionais do circuito mundial foram canceladas pelo mesmo motivo, casos de Nova York, Boston e Berlim, na Alemanha.

Um dia depois de Eliud Kipchoge se tornar o primeiro homem a correr uma maratona em menos de 2 horas (1h59min41s), outro atleta do Quênia alcançou uma marca histórica. Brigid Kosgei correu os 42,2km da Maratona de Chicago em 2h14min04s e obteve a melhor marca de todos os tempos na maratona feminina.

Kosgei, de 25 anos, superou a marca anterior de 2h15min25s estabelecida pela britânica Paula Radcliffe em 2003 na Maratona de Londres. A ex-competidora estava assistindo à corrida e saudou a nova detentora do recorde mundial e que havia vencido em Chicago no ano passado com o tempo de 2h18min35s.

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"Estou me sentindo bem e feliz porque não era esperado que eu corresse dessa maneira", disse, surpresa, a nova recordista. "Havia um pouco de vento, mas nada que prejudicasse o meu desempenho. Ainda tive o apoio da torcida, que me incentivou do início ao fim, o que me ajudou muito", adicionou.

Kosgei fechou os primeiros 5 quilômetros em 15min28s, um ritmo impressionante. A partir do décimo quilômetro ela passou a dosar as energias e, só nos últimos 5 quilômetros voltou a acelerar, o que a ajudou a quebrar o recorde mundial.

A etíope Ababel Yeshaneh, que fez 2h20min51, levou a prata em Chicago, e o bronze ficou com Gelete Burka, também da Etiópia, que terminou o percurso em 2h20min55.

A maratona de Chicago integra o circuito promovido pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês). Portanto, o recorde mundial de Kosgei foi homologado, o que não aconteceu com Kipchoqe porque a façanha do queniano foi obtida no "INEOS 1:59 Challenge", evento preparado especialmente para a tentativa em Viena, na Áustria.

MASCULINO - Quênia também colocou um competidor no lugar mais alto do pódio entre os homens. Lawrence Cherono finalizou a prova em Chicago em 2h05min45 e levou o ouro. Os etíopes Dejene Debela (2h05min46) e Asefa Mengstu (2h05min48) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.

"De repente, quando chegamos a 41 quilômetros, os outros corredores não estavam me pressionando novamente", afirmou Cherono. "Decidi chutar e senti que ainda estava tendo energia suficiente para dar o sprint. Tentei a sorte e deu certo."

Cherono venceu a Maratona de Boston em abril. Ele ostenta oito vitórias em maratonas na carreira. O atual campeão Mo Farah, que estabeleceu o recorde europeu no ano passado, terminou em nono, com o tempo de 2h09min58s.

Suspenso de forma definitiva das competições após ter sido punido pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês), o norte-americano Lance Armstrong não poderá correr a Maratona de Chicago. Os organizadores da prova, marcada para o dia 7 de outubro, informaram na última sexta-feira que ainda não haviam recebido o pedido oficial de inscrição do ex-ciclista, mas já adiantaram que não irão aceitá-lo caso ele ocorra.

O astro do ciclismo pretendia estar presente no evento ao lado da equipe Livestrong, que representa a organização beneficente que luta contra o câncer e tem como finalidade arrecadar fundos para causa da Fundação Lance Armstrong.

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A decisão da organização da Maratona de Chicago de não permitir a inscrição de Lance Armstrong foi visto pelos diretores da fundação do ex-ciclista como "frustrante e lamentável" e eles dizem que a mesma poderá prejudicar os esforços do grupo para angariar fundos.

A Maratona de Chicago é realizada sob a chancela da Federação de Atletismo dos Estados Unidos, a USA Track and Field, e a punição aplicada a Armstrong não permite a sua participação em qualquer evento organizado, autorizado ou aprovado pelas entidades que seguem as regras da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). O Ironman da França já havia proibido a participação do ex-ciclista no evento por razões similares.

No mês passado, a Usada informou que Armstrong perderá os seus sete títulos da Volta da França, a maior tradicional prova do ciclismo mundial, após o ex-ciclista desistir de tentar lutar contra as acusações de uso de doping feitas contra ele há mais de uma década. Para a entidade, a atitude do astro da modalidade foi vista como uma confissão de culpa, mas ele sempre alegou ser inocente. A entidade que combate o doping nos Estados Unidos ainda determinou que todos os resultados obtidos por Armstrong a partir do dia 1.º de agosto de 1998 sejam anulados.

Considerado uma lenda do seu esporte, o norte-americano ganhou a Volta da França de forma seguida entre 1999 e 2005, um recorde. Além disso, foi medalhista de bronze na Olimpíada de Sydney, em 2000, e teve uma série de outros títulos em sua carreira.

O corredor Marílson Gomes dos Santos passou mal durante a Maratona de Chicago neste domingo e adiou a conquista do índice olímpico para os Jogos de Londres. O brasileiro sentiu enjoo a partir da metade do percurso e acabou desistindo no km 33. O vencedor da corrida foi o queniano Moses Mosop, que bateu o recorde da prova logo em sua estreia, com o tempo de 2h05min37.

Marílson atribuiu o mal-estar à temperatura elevada em Chicago. "O clima estava bom no início da disputa, mas o calor foi aumentado. O isotônico que eu pegava nos postos de hidratação estava muito quente. Isso pode ter provocado o mal-estar", comentou o fundista bicampeão da Maratona de Nova York e tricampeão da São Silvestre.

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Para garantir a vaga na Olimpíada de 2012, o brasileiro precisava concluir a prova em até 2h18min. Marílson ainda não definiu quando fará nova tentativa na busca pelo índice, mas projeta disputar a Maratona de Roterdã, no dia 15 de abril, duas semanas antes do dia 29, data-limite estabelecida pela organização dos Jogos Olímpicos. "Ainda vamos conversar sobre isso. Talvez ele dispute a Maratona de Roterdã, em 15 de abril".

Na prova feminina, a brasileira mais bem classificada foi Cruz Nonata, nona colocada, com o tempo de 2h35min35. "O calor também atrapalhou a corrida dela. Mas acho que, por ser sua primeira maratona, em clima quente, foi muito bom. Ela correu direitinho", avaliou o técnico Adauto Domingues, que também acompanha Marílson.

Os dois corredores vão se concentrar agora na disputa do Pan-Americano de Guadalajara. Marílson vai competir na prova dos 10 mil metros, enquanto Cruz Nonata disputará os 5 mil e os 10 mil metros.

O brasileiro Marílson Gomes dos Santos terá, neste domingo, a sua primeira grande chance de conquistar a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem. A partir das 5h30, pelo horário de Brasília, ele vai correr a Maratona de Chicago, prova para a qual ele se preparou durante a maior parte da temporada.

Marílson tem grandes chances de se garantir na Olimpíada londrina. Para isso, precisa correr a prova em Chicago abaixo de 2h18min, índice B da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) e estabelecido também pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). Em abril deste ano, em Londres, o brasileiro fez sua melhor marca pessoal da carreira com 2h06min34.

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A prioridade de Marílson é conquistar a classificação olímpica, deixando a vitória ou o recorde pessoal em segundo plano. Mas Adauto Domingo, técnico do brasileiro, sabe que as condições são ótimas para um resultado expressivo. "Foi tudo feito de acordo com o planejamento. O Marílson está superbem e, em Chicago, poderemos ter duas situações. A primeira meta é conseguir a marca para Londres. Então, se estiver ventando, ele vai correr para 2h09min, 2h10min. Mas se não estiver ventando, mesmo que faça um friozinho de 14, 15 graus, vai partir para melhorar a marca pessoal", antecipa o treinador.

Marílson, que também disputa os 10 mil metros - prova que vai correr no Pan de Guadalajara -, colocou a classificação olímpica na Maratona como prioridade. "Desde que começamos a trabalhar juntos, em 2003, meu sonho e o do Marílson é participar de Olimpíadas. Pelo biótipo dele, decidimos, lá atrás, que a prova para isso seria a maratona, mais do que os 10 mil metros", conta Adauto, que esteve com Marílson nos Jogos de Pequim, quando o maratonista abandonou antes dos 35 km.

Durante a preparação para a Maratona de Chicago, Marílson faturou o título sul-americano de meia maratona, mês passado, em Buenos Aires, com um bom tempo de 1h01min12. Ele pretende repetir o desempenho na primeira metade da prova de domingo. "Fazer uma parcial rápida significa correr no pelotão da frente em Chicago, em que estarão alguns dos fundistas mais fortes do mundo", explica o técnico Adauto Domingues.

Marílson tem, dentre os inscritos para a maratona de Chicago, o quinto melhor tempo, atrás de dois quenianos, um norte-americano e um etíope.

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