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As corridas de rua chegam com grande força no final do ano, a exemplo da São Silvestre, mais famosa competição desse tempo do Brasil. Mas completar uma prova como essa não é tarefa fácil. Maratonas desse gênero exigem uma preparação e uma atenção redobrada ao sistema muscular e respiratório. Geralmente, qualquer pessoa pode participar, desde que não tenha nenhuma restrição de saúde. Em entrevista ao LeiaJá, a fisioterapeuta Karla Campos fala sobre os riscos, os cuidados e os benefícios dessa prática.

“A princípio é importante que o participante passe por uma avaliação médica para poder descartar qualquer lesão já pré-existente. Além disso, é importante você se programar, não começar de imediato e querer já correr 10 km, por exemplo. Tem que começar devagar, no seu ritmo. Você pode fazer o ‘trote’, devagar, para e vai caminhando. Isso tudo gradativamente, até que você consiga fazer uma corrida completa”, diz Karla.

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E nem só de um ‘check-up’ médico depende a participação nas maratonas, Karla ainda destaca outros fatores essenciais que merecem atenção antes das provas. “Também é importante você prestar atenção na alimentação, porque tem que ser uma alimentação sem comidas pesadas, assim como as roupas, que é indicado que sejam leves. E o tênis tem que ser adequado. Dependendo da sua pisada, tem palmilhas que ajudam você a alinhar seu corpo e assim, evitam as lesões. Essas que são geralmente causadas pelas pisadas erradas ou desgaste do tênis”.

Mesmo sendo um exercício físico, as maratonas possuem alguns riscos para os seus participantes. “Corrida de rua é conhecida por lesionar muito os membros inferiores. Quadril, joelhos, tornozelos e planta dos pés. Se você iniciar uma corrida com um calçado inapropriado, é mais fácil se lesionar. A lesão mais recorrente é a tendinite, por esforço repetitivo. Você é sedentário e quer começar uma corrida agora, ai já sai correndo, o corpo não vai entender essa sobrecarga de repente. A tendinite pode afetar a posterior da coxa, os joelhos, e pode até ocorrer uma fratura de calcâneo, dependendo do esforço que você faça. E a maioria das lesões está ligada ao excesso de exercícios”, explica a fisioterapeuta.

De acordo com Karla, para evitar a lesão é necessário um treinamento específico voltado para as maratonas. “Existe o treinamento com o fortalecimento da musculatura, que vai ser exigida no momento, os alongamentos, e por fim, não menos importante, o desaquecimento. Não é bom que você pare de vez. Você tem que desaquecer, para que o organismo possa se reestabelecer, diminuir a frequência cardíaca que vai estar muito acelerada, abaixar a temperatura do corpo mais rápido possível para não ter uma alteração cardíaca. E é importante finalizar com alongamentos. Principalmente de membros inferiores como panturrilha, que é bem exigida, joelhos, lombar e tornozelo”, completa Karla.

Karla Campos também destaca os benefícios da corrida. Confira no vídeo:

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A Federação de Atletismo do Quênia revelou, nesta segunda-feira, mais detalhes sobre o doping da maratonista Rita Jeptoo. Dias depois de anunciar que a melhor atleta do ano nas maratonas havia sido pega em exame antidoping, a entidade informou que a fundista testou positivo para EPO.

De acordo com David Okeyo e Jackson Tuwei, vice-presidentes da federação queniana, Jeptoo foi submetida a um exame surpresa no dia 25 de setembro e o teste mostrou traços de EPO sintético. Ainda não se sabe, porém, se a maratonista irá pedir a análise da amostra B do exame de urina.

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O EPO (eritropoietina) é um hormônio secretado pelo rim e estimula a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos. A sua versão sintética, injetável, é utilizada no tratamento de doenças como o câncer e utilizada por atletas para obter ganho de resistência. Pelos seus efeitos, é um dos casos mais regulares de doping no esporte, especialmente em modalidades que exigem resistência, como ciclismo de estrada e maratonas.

Por conta do doping de Jeptoo, anunciado na sexta-feira passada, a World Marathon Majors, grupo que reúne as maratonas de Tóquio, Paris, Boston, Berlim, Chicago e Nova York, adiou a sua premiação anual, que deveria acontecer no último domingo.

A World Marathon Majors entregaria o prêmio de melhor do ano para Jeptoo, que ganhou em Boston e em Chicago tanto em 2013 quanto em 2014. A queniana, de 33 anos, já havia vencido em Boston/2006, além de ter no currículo o título de outras grandes maratonas como Paris/2006 e Milão/2004.

Os organizadores de Boston afirmam que ela foi submetida a exame depois do título lá e nada ilegal foi encontrado. Se punida por doping, Jeptoo não receberá mais convites para competir em eventos da World Marathon Majors.

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