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Na manhã desta quarta-feira (26), a cidade de Belém amanheceu sob forte chuva, que teve início na madrugada. A chuva alagou as principais ruas da capital. O trânsito ficou congestionando por toda a manhã.

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Na avenida Almirante Barroso, uma das vias de aceso ao centro, o engarrafamento se estendeu por quilômetros, no sentido Ananindeua-Belém. Além da chuva, a maré alta também contribuiu para os alagamentos. Foram registrados picos de maré alta às 3h15 e às 8h35, e existe previsão para um novo pico às 20h49 desta segunda-feira (26), segundo a tábua de marés.  

O congestionamento e os alagamentos nas principais ruas impediram que os paraenses pudessem chegar até o centro da cidade. A estudante de jornalismo Rejane Nascimento, que mora em Ananindeua e trabalha no centro de Belém, contou que o seu trajeto normalmente dura cerca de uma hora e meia. Com o trânsito e alagamentos desta manhã, a estudante passou quatro horas no mesmo trajeto até chegar à região central da cidade.

Segundo a Defesa Civil, os principais pontos de alagamento foram registrados nas ruas dos Pariquis e Caripunas, onde alguns carros estacionados ficaram parcialmente submersos. Também naquela área motoristas tentaram fugir do alagamento pela contramão. Outros trechos que ficaram alagados foram: Mundurucus com Alcindo, Marechal Hermes entre Doca e Rui Barbosa, Três de Maio com Domingos Marreiros, avenida Pedro Miranda, avenida Almirante Barroso e avenida Duque de Caxias.

Por Ariela Motizuki.

A alta do nível dos mares está se acelerando e poderia chegar a 66 centímetros até o fim do século, dentro das estimativas das Nações Unidas, podendo provocar danos significativos para cidades costeiras, disse um estudo publicado nesta segunda-feira (12).

A taxa anual de crescimento do nível do mar anterior - cerca de 3 milímetros ao ano - poderia triplicar, a mais de 10 milímetros ao ano até 2100, disse um relato do Procedimentos da Academia Nacional de Ciências, um jornal norte-americano.

As descobertas estão "de acordo com as projeções modelo do 5º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)", afirma o estudo, baseado em 25 anos de dados de satélites.

"Essa aceleração, levada principalmente pela degelo mais rápido na Groenlândia e na Antártica, tem o potencial de dobrar a alta do nível do mar total até 2100, em comparação com projeções que assumem uma taxa constante - a mais de 60 centímetros, em vez dos cerca de 30", disse o autor da pesquisa, Steve Nerem.

"E isso quase certamente é uma estimativa conservadora", acrescentou Nerem, professor de Engenharia Aeroespacial na Universidade do Colorado Boulder.

Os coautores do estudo são da Universidade do Sul da Flórida, do Nasa Goddard Space Flight Center, da Universidade Old Dominion e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.

Alterações climáticas aumentam o nível dos mares de duas formas.

A maior concentração de gases de efeito estufa na atmosfera aumenta a temperatura da água, e a água morna se expande.

A chamada "expansão térmica" dos oceanos já contribuiu com cerca de metade dos sete centímetros do aumento médio do nível do mar global no último quarto de século, disse Nerem.

Os oceanos também aumentam com o fluxo crescente de água devido ao derretimento do gelo nos polos.

"Esse estudo destaca o papel importante que os registros de satélites podem ter para validar projeções do modelo climático", disse o coautor John Fasullo, cientista climático do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica.

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