Tópicos | Maria Alice de Arruda Seabra

O acusado de agredir, dopar, estuprar e assassinar a estudante Maria Alice de Arruda Seabra será julgado na próxima terça-feira (22), às 8h, na Câmara dos Vereadores de Itapissuma, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, será julgado pelos crimes de sequestro para fins libidinosos, estupro contra enteada, homicídio qualificado por motivação torpe, uso de asfixia e meio cruel, meio indefensável e com o fim de assegurar a impunidade ou ocultação de outro crime e ocultação de cadáver.

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O promotor de Justiça que atuará no caso é Alexandre Fernando Saraiva da Costa, da comarca de Itapissuma. A sessão será presidida pela juíza Fernanda Vieira Medeiros.

Relembre o caso

A jovem Maria Alice, de 19 anos, saiu de casa acompanhada do padrasto no dia 19 de junho de 2015 com a promessa de uma entrevista de emprego na cidade de Gravatá, Agreste de Pernambuco. Após o sumiço, a mãe Maria José de Arruda ligou para a estudante e do outro lado da linha ouviu gritos da filha.

No curso das investigações ficou comprovado que Alice estava no carro com Gildo. O padrasto confessou o crime e admitiu: planejava estuprar a garota, por quem alimentava desejo sexual há três anos.

“Ele premeditou tudo. Alugou o carro e ainda passou em uma loja, na Avenida Recife, para pôr películas no veículo. Comprou um vidro de Rupinol (utilizado para dopar em casos como o 'boa noite, cinderela'). No caminho, perguntou à menina por que tinha feito uma tatuagem. Alice disse que não era da sua conta. Neste momento, parou o carro na altura do Sítio do Pica Pau, em Paulista, agrediu a menina na cabeça e começou a dopá-la. O celular tocou (era a mãe de Alice), a jovem começou a gritar e Gildo agrediu muito ela. Ela começou a vomitar, convulsionar, e ele estuprou ela ali mesmo, no carro, ainda viva, quando depois percebeu que ela estava agonizando”, contou, à época, a delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação do crime.

Para garantir que a vítima morresse, o réu confesso admitiu ter utilizado o cinto de segurança do carro para estrangulá-la. Quando a percebeu sem vida, jogou o corpo em canavial na cidade de Itapissuma. Segundo a delegada, Gildo Xavier ainda voltou ao local, dez minutos depois de ter jogado o corpo, e tentou reanimar Alice, arrependido pelo crime cometido. Sem sucesso, pegou o carro e seguiu para o município de Aracati, no Ceará, onde ficou foragido.

No outro estado, Gildo Xavier confessou ter entrado nas redes sociais e visto a repercussão do sumiço da menina. Começou a dar informações à polícia, pelo Whatsapp, mas como as investigações não surtiram efeito, resolveu voltar. O mestre de obras se entregou à polícia cinco dias após cometer o crime e ajudou a localizar o corpo de Alice. Antes disso, em postagem nas redes sociais, ele chegou a dizer que estava arrependido.

Após cinco meses do crime que chocou o Brasil, o padrasto Gildo da Silva Xavier, acusado de matar a enteada Maria Alice de Arruda Seabra, de 19 anos, passou pela primeira audiência de instrução e julgamento nesta segunda-feira (16). Na época, ele havia confessado o crime e admitiu que sentia desejo sexual pela garota há três anos e já planejava estuprá-la. 

Durante audiência - iniciada às 9h30 e finalizada às 13h - foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, além do réu. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, nos próximos dias serão ouvidas mais duas testemunhas de acusação por carta precatória, sendo uma na Comarca de Paudalho, na próxima quarta-feira (18) e outra na Comarca de Gravatá em 12 de janeiro de 2016.  

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Ainda serão ouvidas mais duas testemunhas de defesa por carta precatória no Recife, porém sem data definida. 

Após essa etapa, serão feitas as alegações finais por parte do Ministério Público, para então ser feita a decisão de pronúncia pelo juiz José Romero Maciel de Aquino. 

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