Tópicos | Massa de lagartixas

Durante o ato festivo de filiação ao Partido dos Trabalhadores, nesta quinta-feira (3), a vereadora do Recife Marília Arraes não poupou críticas ao PSB, partido em que militou desde o ingresso a vida política. A parlamentar deixou claro que não deixou a legenda apenas por falta de espaço eleitoral, condenou a falta de democracia interna e a perda da identidade de esquerda. O que, segundo ela, foi o principal motivo para a mudança de partido. 

Na avaliação de Marília, o PSB deixou de lado as bandeiras de esquerda defendidas pelo ex-governador Miguel Arraes, criando um “imenso balcão de negociatas que, de um lado, a cúpula vomita ordens e, de outro, uma imensa massa de lagartixas ideológicas balança a cabeça em aprovação”. “Há quem diga que estas minhas atitudes são de coragem. Eu diria que é mais profundo, tem mais a ver com capacidade de se indignar”, observou.

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“O tempo está se encarregando de mostrar a verdade. De mostrar quem é que traiu o pensamento de esquerda e hoje pratica uma política de direita, e de quem permanece no campo do socialismo, da esquerda,ao lado do povo”, acrescentou a vereadora. 

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Emocionada e dizendo-se estar vivendo um recomeço político, Marília garante que chega ao PT para somar e defender a “luta do povo”, considerada por ela como as “principais conquistas que a elite brasileira não gostaria de ver”. “Por não estar à procura de caminhos fáceis e soluções pragmáticas pra minha vida pública, decidi ingressar na infantaria do Partido dos Trabalhadores neste momento de crise e de bombardeio covarde à sua história de luta, que se confunde com a minha, já que se deu no campo em que sempre estive”, argumentou, pontuando os avanços sociais dos governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.

 

 

Apesar de todo apelo ao ingresso de um “sangue Arraes” ao PT, Marília deixou claro em seu discurso que a militância dela não tem sobrenome ou tradição familiar e aproveita o ensejo para soltar críticas sutis a família Campos. “Minha trajetória não é familiar, é política. O que tenho é uma história decorrente dos meus não tão poucos anos de vida”, cravou.

Cogitada para ingressar na chapa majoritária do PT na disputa pelo comando do Recife, Marília Arraes negou que estaria pleiteando um cargo majoritário e disse que pretende disputar a reeleição. Ela defendeu o nome de João Paulo para liderar a corrida municipal.

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