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O mercado mundial da arte contemporânea foi este ano liderado por criadores com menos de 40 anos e os principais vendedores foram as mulheres, segundo o relatório anual da consultora francesa Artprice publicado nesta terça-feira (4), que apresenta um volume de negócios ligeiramente em queda (-1,1%) .

Entre 1º de julho de 2021 e 30 de junho de 2022, os leilões de arte contemporânea (artistas nascidos após 1945) chegaram a 2,7 bilhões de dólares, em comparação com os 2,73 bilhões de dólares no ano anterior, especifica o líder mundial em informações sobre o mercado da arte.

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Essa pequena queda é explicada "principalmente pela política chinesa de zero covid, o que representou uma queda de 33% do volume de negócios (China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan), ou seja, de 1 bilhão de dólares em 2021 para 740 milhões em 2022", explicou à AFP Thierry Ehrmann, seu presidente.

Por outro lado, os Estados Unidos voltaram a se estabelecer no primeiro lugar no mundo, com 1 bilhão de dólares em vendas, uma progressão de 39%. Nova York responde por 100% dessas vendas e 38% do valor mundial.

Já os NFTs, os "tokens não fungíveis" associados a obras de arte imateriais, tiveram uma queda impressionante.

No primeiro semestre de 2022, foram vendidos 50 NFTs, no valor de 3,2 milhões de dólares, enquanto no primeiro semestre de 2021, foram vendidos 30 lotes, por um faturamento de 107 milhões de dólares.

O chamado mercado de arte "ultracontemporânea", ou seja, aqueles com menos de 40 anos, representou 420 milhões de dólares. Embora o valor seja pequeno em relação ao volume total de negócios, representou um crescimento de 28% em relação ao ano anterior.

Essa "arte ultracontemporânea" já representa 15,5% do total.

Em termos de transações, o mercado de arte contemporânea cresceu 12%. Foram realizadas 119,4 mil vendas, em comparação com 102 mil compras no ano anterior.

Dos 10 melhores artistas com menos de 40 anos, oito são mulheres, destaca o relatório.

Essas "jovens" vêm multiplicando sua presença. Atualmente, cerca de 2.670 artistas dessa faixa etária estão listadas no mercado, cinco vezes mais do que há 20 anos.

O preço médio de seus cinco best-sellers passou de 618.000 dólares para 4,9 milhões de dólares (por obra).

A dominação das casas de vendas anglo-saxônicas é absoluta: Christie's (31% do faturamento mundial), Sotheby's (26%) e Phillips (14%) respondem por mais de 70% do faturamento neste segmento.

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