Tópicos | Arte Contemporânea

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu, nesta quarta-feira (27), as inscrições para a Edição 2023 do Circuito de Oficinas Benfica. A ação do Centro Cultural Benfica visa trazer para a comunidade cursos nas áreas de arte popular e contemporânea. As aulas acontecem no próprio centro cultural, localizado na rua Benfica, n.º 157, na Madalena, no Recife, e as inscrições são feitas de forma gratuita pelo site.

Para 2023, a programação recebeu duas oficinas aprovadas em editais de fomento à cultura realizados pela Prefeitura do Recife. Até dezembro serão oferecidas cinco oficinas, com carga horária de 20 horas de duração. As atividades além de gratuitas, valem certificados para os participantes que tiverem 75% de frequência nos cursos. 

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Programação

Figurino Sustentável: Oficina de Estamparias Artesanais e Tingimentos Naturais (oferecida em parceria com edital da Prefeitura do Recife)

Ministrante: Rafael Augusto da Silva Ferreira

De 2 a 6/10, das 14h às 18h

O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea

Ministrante: Grupo O Poste Soluções Luminosas

Terças de outubro e novembro (10, 17, 24 e 31/10 e 07/11), das 14h às 18h

A Mão e a Luva: Oficina de fabricação e manipulação de fantoches

Ministrante: Álcio Lins

De 23 a 29/10, das 14h às 17h – As aulas dos dias 28 e 29 serão realizadas no Espaço Fiandeiros

Corpo Ambiente em Fluxo – Oficina de eco performance

Ministrante: Gabi Holanda

De 13 a 17/11, das 14h às 18h

Caboclos de lança: bordando golas de maracatu

Ministrante: Maurílio

Terças e quintas de novembro e primeira semana de dezembro (7, 9, 14, 16, 21, 23, 28, 30 de novembro; e 5 e 7 de dezembro), das 15h às 17h

O mercado mundial da arte contemporânea foi este ano liderado por criadores com menos de 40 anos e os principais vendedores foram as mulheres, segundo o relatório anual da consultora francesa Artprice publicado nesta terça-feira (4), que apresenta um volume de negócios ligeiramente em queda (-1,1%) .

Entre 1º de julho de 2021 e 30 de junho de 2022, os leilões de arte contemporânea (artistas nascidos após 1945) chegaram a 2,7 bilhões de dólares, em comparação com os 2,73 bilhões de dólares no ano anterior, especifica o líder mundial em informações sobre o mercado da arte.

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Essa pequena queda é explicada "principalmente pela política chinesa de zero covid, o que representou uma queda de 33% do volume de negócios (China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan), ou seja, de 1 bilhão de dólares em 2021 para 740 milhões em 2022", explicou à AFP Thierry Ehrmann, seu presidente.

Por outro lado, os Estados Unidos voltaram a se estabelecer no primeiro lugar no mundo, com 1 bilhão de dólares em vendas, uma progressão de 39%. Nova York responde por 100% dessas vendas e 38% do valor mundial.

Já os NFTs, os "tokens não fungíveis" associados a obras de arte imateriais, tiveram uma queda impressionante.

No primeiro semestre de 2022, foram vendidos 50 NFTs, no valor de 3,2 milhões de dólares, enquanto no primeiro semestre de 2021, foram vendidos 30 lotes, por um faturamento de 107 milhões de dólares.

O chamado mercado de arte "ultracontemporânea", ou seja, aqueles com menos de 40 anos, representou 420 milhões de dólares. Embora o valor seja pequeno em relação ao volume total de negócios, representou um crescimento de 28% em relação ao ano anterior.

Essa "arte ultracontemporânea" já representa 15,5% do total.

Em termos de transações, o mercado de arte contemporânea cresceu 12%. Foram realizadas 119,4 mil vendas, em comparação com 102 mil compras no ano anterior.

Dos 10 melhores artistas com menos de 40 anos, oito são mulheres, destaca o relatório.

Essas "jovens" vêm multiplicando sua presença. Atualmente, cerca de 2.670 artistas dessa faixa etária estão listadas no mercado, cinco vezes mais do que há 20 anos.

O preço médio de seus cinco best-sellers passou de 618.000 dólares para 4,9 milhões de dólares (por obra).

A dominação das casas de vendas anglo-saxônicas é absoluta: Christie's (31% do faturamento mundial), Sotheby's (26%) e Phillips (14%) respondem por mais de 70% do faturamento neste segmento.

A Prefeitura de Guarulhos (SP) anunciou a 17º edição do Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos, que possibilitará a participação de artistas de todas idades, brasileiros e estrangeiros. As inscrições podem ser feitas gratuitamente até 30 de setembro por aqui: https://www.guarulhos.sp.gov.br/form/17o-salao-de-artes-visuais-inscr

De acordo com a Prefeitura, cada participante poderá cadastrar três obras por categoria específica. Mas, na categoria instalação, só será possível inscrever uma obra. Aqueles que desejarem participar de uma segunda categoria, seja individualmente ou em grupo, precisará realizar uma nova inscrição.

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Segundo a Prefeitura, os participantes concorrerão a quatro prêmios, onde três serão decididos pela votação de um Júri Técnico. O primeiro lugar receberá R$ 8 mil, o segundo R$ 6 mil e o terceiro R$ 4 mil. A quarta premiação ocorrerá por meio de votação popular e, o artista que obtiver mais votos ganhará R$ 4 mil.

A primeira etapa da seleção ocorre no período de 5 a 6 de outubro, quando o júri analisará as fotos e obras dos participantes e decidirão quem será selecionado para a segunda fase, marcada para o período de 3 a 4 de novembro. O resultado será publicado em 05 de novembro de 2021, no site e Boletim Oficial do município.

O Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos foi criado em 1998 e já contou com diversos nomes das artes visuais, entre eles, Fábio Baroli, Ivan Grilo, Bia Black e Heitor D’Abramo, críticos e curadores para compor comissões de seleção e premiação como Enock Sacramento, Oscar D’Ambrosio, Antonio Santoro, Antonio Busnardo Filho, Ana Guerra.

Além desses, também já estiveram presentes na equipe de júri os professores do curso de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Campus Guarulhos, e outros nomes como Adriano Gambim, Alexandre Gomes Vilas Boas, Serjão Oliveira e Sérgio Andrejauslkas.

Os moradores da capital paulista ganharam mais um espaço cultural definitivo. Voltado para receber mostras das mais variadas expressões de arte contemporânea, o Paço das Artes, que já teve sete endereços temporários em 50 anos de existência, agora terá sede oficial no Casarão Nhonhô Magalhães, em Higienópolis, bairro da região centro-oeste. A entrada para visita às exposições do museu é gratuita.

Primeiro espaço cultural direcionado de maneira exclusiva à arte contemporânea, digital e obras reprodutíveis do estado de São Paulo, o Paço das Artes inclui símbolos das artes plásticas, visuais e multimídia em sua coleção. Além de convidar frequentadores à reflexão e memória das obras, o local é tido como um grande celeiro de talentos e incentiva novos artistas a darem sequência em seus trabalhos e expressões dos diversos segmentos culturais.

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Para receber as instalações do ambiente cultural, o Casarão de Higienópolis que é tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico da cidade, passou por uma reforma assinada pelo arquiteto Álvaro Razuk. A obra fez com que a antiga garagem da mansão municipal ganhasse aspecto de um espaço contemporâneo preparado para ser sede dos grandes expoentes artísticos. As cinco primeiras obras do acervo do Paço das Artes fazem parte da exposição de inauguração "Limiares" e foram doadas pela artista Regina Silveira.

 

Serviço

Exposição "Limiares"

Quando: até 10 de maio, de terça a sábado, das 10h até às 20h; domingos e feriados, das 12h até às 20h

Onde: Paço das Artes - Rua Albuquerque Lins, 1.331, Higienópolis, São Paulo - SP

Ingressos gratuitos

Circula nas redes sociais a imagem de um estudante assistindo a uma aula nu com um grande chapéu. O caso aconteceu na última quarta-feira (13), na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG), durante uma discussão sobre arte contemporânea. 

O professor Juliano Ribeiro Moraes contou ao G1 que tudo não passou de uma brincadeira. Segundo o veículo de notícias, ocorria uma discussão sobre a capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

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O estudante questionou se a ilustração da capa era arte contemporânea ao que o professor respondeu que sim. Em seguida, o jovem questionou se tudo poderia ser arte. "Respondi que dependia do artista. Então ele saiu e voltou pelado e questionou se aquilo era arte. Todo mundo riu na hora, levamos no bom humor. Foi uma brincadeira", disse o professor ao G1.

O professor disse ainda que o estudante ficou cerca de 20 minutos pelado na sala, mas como os estudantes não deram muito valor, ele saiu e voltou já vestido. Juliano Ribeiro Moraes diz que nunca havia ocorrido algo parecido nos sete que leciona na UFG, mas que alunos e docentes do curso de artes visuais tratam a nudez com mais naturalidade.

A capital pernambucana irá sediar a exposição Desobediência Tecnológica, do artista plástico cubano Ernesto Oroza. A mostra inédita traz um olhar diferenciado sobre os objetos híbridos, apontando as peculiaridades da arte contemporânea. 

O trabalho é composto de 60 objetos transformados pela população cubana e coletados pelo artista, que seguem a lógica da desconstrução e reconstrução do objeto, agregando-lhes novos sentidos. Duzentas fotografias e 15 vídeos também compõem o material.

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A exposição é aberta ao público e fica em cartaz até o dia 28 de junho, na CAIXA Cultural Recife. 

Serviço:

Exposição Desobediência Tecnológica

De terça a sábado | Das 10h às 20h

Domingo | Das 10h às 17h

CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Recife Antigo)

Gratuito

(81)3425 1915

A artista Claudia Lewilson vem ao Recife, nesta quarta (4) para um bate papo sobre arte no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - Maman. A ação faz parte do projeto Educativo Mamam e tem entrada gratuita. 

O ponto de partida para a conversa será a publicação de um estudo crítico sobre uma das obras de Claudia, intitulada Intensas Criaturas em seus infinitos devires. O livro discute os limites e os sentidos de uma obra de arte contemporânea. Um dos pontos destacados na pesquisa da artista é o rompimento das fronteiras entre diferentes linguagens artísticas, como a arte e a filosofia e a arte e a tecnologia.

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Claudia Lewinsohn é artista visual, pesquisadora em arte contemporânea e professora do Curso de Fotografia da Universidade estácio de Sá e do Curso de Propaganda & Marketing do Ibmec. além de ser Mestra em Ciências da Arte (atual Estudos Contemporâneos das Artes) pela Universidade Federal Fluminense - UFF, tem especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC-RJ, tendo cursado também Arts Plastiques et Sciences de l’Art na Université de Paris I, Panthéon-Sorbonne.

Serviço

Bate papo com Claudia Lewinsohn 

Quarta (4) | 18h

Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - Maman (Rua da União, 88 - Boa Vista)

Gratuito

(81) 3355 6870

 

O Nosso SPA das Artes de Cada Dia ocupará, a partir desta terça (27), espaços públicos do Recife com trabalhos de artistas e não artistas que desejam expor suas obras. A ação tem o objetivo de promover a reflexão e a produção das artes contemporâneas e é uma resposta à decisão tomada pela Prefeitura do Recife de cancelar a continuidade do SPA das Artes, que acontecia anualmente sendo parte integrante do calendário definido pelo Plano Municipal de Cultura (LEI Nº 032/2008).

Cancelamentos e esvaziamento: retrato da gestão de Cultura do Recife

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As ações artísticas foram escolhidas a partir de um edital público e acontecem não só na capital mas também em outros pontos da Região Metropolitana do Recife. Participam artistas nacionais e internacionais como o fotógrafo Ricardo Luna (Equador), o educador social e grafiteiro Galo de Souza (PE), os fotógrafos Thiago Fogolin (SP) e Filipe Mendes (PE), os performers Marco Salomão (PE), Wolder Wallace (PE), Taína Veríssimo, do Grupo Totem (PE), o Jorge Luiz A.k.a. Coletivo Assassina Mercadoria (SC), o fotógrafo e historiador AsilVaa (SP), o artista visual e performer João Pedro Zuccolloto, as bandas Os Irmãos de Van Gogh, Atroça além de recitais poéticos e ciclos de debates.

Entre os destaques da programação estão a intervenção 2 dias de pesca. Rio morto, obra conjunta do Coletivo Nosso! com a Colônia de Pescadores Z1, de Brasília Teimosa e a Forno Ideias e a estreia no Brasil da ação performática The Green Man, do dinamarquês Peter Michael Dietz. Toda a programação é gratuita e está disponível no site oficial do evento.

Já está disponível o edital do Nosso SPA, das Artes de Cada Dia que ocupará espaços públicos da cidade com trabalhos de artistas e não artistas que desejam expor suas obras. A ação acontece entre os dias 24 e 30 de janeiro com o objetivo de promover a reflexão e a produção das artes contemporâneas.

A iniciativa é uma resposta ao cancelamento do festival SPA das Artes, que era promovido pela prefeitura e saiu da agenda de eventos. A última edição oficial do SPA foi realizada em 2013.

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Podem se inscrever artistas individuais, agrupamentos de artistas e pessoas que desejem divulgar suas obras nas modalidades de performances, intervenções urbanas, exibições de vídeoarte e fotografia, paisagismo, gastronomia, grafite, lançamentos de pequenas publicações e websites, entre outros. O download do edital já pode ser feito neste link e os projetos devem ser enviados para o e-mail spadecadadia@gmail.com.

A proposta do Nosso SPA, das Artes de Cada Dia é tranformar a cidade numa vitrine usando o Rio Capibaribe como cenário. As ações acontecem na Rua 7 de Setembro, Pontes da Boa Vista, Duarte Coelho e Princesa Izabel, Avenida Guararapes e Praças do Sebo e do Diário.

Vender arte pela internet tem se tornando cada vez mais comum - principalmente se tratando de arte contemporânea. Há quatro anos, a publicitária Claúdia Aires e o arquiteto Gustavo Marques resolveram abrir uma produtora cultural que, além de promover ações culturais, agenciaria artistas e teria uma loja virtual para poder escoar a produção de seus parceiros.

Três anos depois, a Nuvem Produções entrou em uma nova fase. Há pouco mais de um mês os sócios lançaram o Portal Nuvem - uma plataforma de arte online que pretende abrir um maior espaço para os artistas contemporâneos do país. No portal, artistas podem fazer seus cadastros e, se aprovados pela curadoria da Nuvem, são convidados a participar da loja online. Segundo Cláudia, eles já contam com mais de 40 artistas parceiros, sendo 31 deles de Pernambuco.

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A ideia do portal, assim como era a do site e da Nuvem Produções, é dar maior visibilidade a artistas que têm bons trabalhos, mas são pouco conhecidos. No início da produtora, o agenciamento de artistas era o carro chefe. “Os amigos produtores sempre pediam dicas de artistas, bandas, de produção cultural em geral. Já era natural, então eu disse a Guga: ‘vamos cuidar da carreira desse pessoal’”, explica Cláudia. Eles divulgaram trabalhos de artistas nordestinos como Galo (PE), Thiago Verdee (PB), Derlon (PE) e o grupo Acidum (CE). Com a expansão, o Portal Nuvem toma a frente do negócio.

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Arte Urbana

Apesar de não focarem em um estilo artístico específico, grande parte dos artistas agenciados e que estão na loja online da Nuvem são especializados em arte urbana, que vem ganhando maior destaque nos últimos anos - saíram dos muros e paredes da cidade para adentrar e decorar espaços privados, como restaurantes, escritórios e até mesmo casas. Cláudia acha que essa popularização se deu porque os artistas de rua têm ficado cada vez mais dedicados, tornando as produções mais bem feitas e elaboradas. “Natural que as pessoas olhem na rua e digam ‘poxa, queria ter uma pintura desse artista na minha casa’”, avalia a publicitária.

“A democratização veio também da internet. A exibição de trabalhos (por parte dos artistas) foi ampliado. As pessoas – tanto artistas quanto compradores – não estão mais presas às galerias nem ao gosto do decorador, que opinava sobre a decoração de suas casas. Eu acho que o artista de rua se beneficia, tem mais espaço para exibição da sua arte”, complementa Cláudia.

Os artistas que trabalham com a Nuvem também veem a internet como um facilitador. “A internet de certa forma democratizou o mercado de arte, e tem um papel fundamental na divulgação e comercialização de trabalhos de jovens artistas com valores mais acessíveis”, conta a artista Giovanna Simões Glasner.  Para o grafiteiro Jota Zeroff, a web é a melhor forma para ele vender seu trabalho. “É mais viável e fácil, pela questão de envio. Não preciso ir à casa casa do cliente”, explica. 

Vendas e dinheiro

A loja virtual da Nuvem vende não só obras originais dos artistas, como também reproduções dos trabalhos. “A reprodução, com as lojas virtuais, vendem muito bem. É a forma de o artista se aproximar mais do público, tornar o seu trabalho mais acessível”, revela Cláudia.

A publicitária e Guga viram na produtora uma forma de ganhar dinheiro e trabalhar com o que mais amam - arte e cultura. Eles cobram um percentual sobre as vendas pela internet e por cada trabalho fechado - como pinturas indoor e ilustrações para publicidade e eventos. O negócio de venda de arte urbana sustentável ganha cada vez mais corpo e atrai cada vez mais artistas - e clientes.

O artista recifense Lourival Cuquinha, a partir do próximo sábado (14), vai apresentar a mostra Territórios e capitais: extinções no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. A quinta exposição individual do artista integra as atividades culturais simultâneas ao mundial de futebol com patrocínio do Ministério da Cultura. A entrada é gratuita.

Lourival Cuquinha conquistou espaço na arte contemporânea através das suas obras feitas com dinheiro, que já integraram coleções em países como Suíça, Bélgica, Estados Unidos, Equador, Venezuela e Argentina, além do Brasil. Marta Mestre e Luiz Camillo Osorio assinam a curadoria da exposição.

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Cuquinha leva ao MAM uma série de bandeiras confeccionadas com notas reais de dinheiro de diversas parte do mundo, entre outras obras produzidas entre 2008 e 2014. O destaque é a instalação Zeitgeist, um gigantesco asterisco tridimensional formado por hastes feitas com moedas de cinco centavos de reais brasileiros. Ali estão expostas as bandeiras de diversos países confeccionadas com cédulas de diferentes unidades monetárias.  

Serviço

Exposição Territórios e capital: extinções

Sábado (14) 

MAM Rio ( av. Infante Dom Henrique, 85 , Parque do Flamengo, Rio de Janeiro) 

Gratuito

(21) 3883 5600 

A distância, de sua prisão domiciliar na China, o artista Ai Weiwei foi dando as coordenadas de como queria que sua escultura, Very Yao, torre feita de 46 bicicletas, fosse montada na Oca, no Ibirapuera. A obra já esteve ano passado na Bienal de Curitiba, mas agora tinha de ser "mais claustrofóbica", conta a curadora Tereza de Arruda. "É um monumento sobre as transformações em seu país, sobre o que era popular e agora está em desuso", afirma Tereza, emendando que as bicicletas chinesas da marca "Forever" já não são fabricadas. Ai Weiwei é o artista mais famoso da exposição ChinaArteBrasil, mas o visitante ainda encontrará mais de 100 obras de outros 61 chineses abrigadas nos três andares do pavilhão desenhado por Niemeyer.

É possível passar ao largo de Ai Weiwei quando se mostra arte contemporânea chinesa? É claro que não, mas para o artista e crítico Wang Nanming, de 50 anos, há outros criadores em seu país até mais políticos que Ai Weiwei. "Lá, estamos todos sob controle, muitos são perseguidos, presos", conta Wang Nanming com a ajuda da curadora chinesa Ma Lin, que traduz suas falas para o inglês. "Acho que demorará mil anos para que a sociedade da China se torne realmente democrática", continua o artista, que participa da exposição com o vídeo Western-Eastern Divan Orchestra Performance, baseado em gravação do maestro Daniel Barenboim regendo a orquestra criada por ele e pelo teórico literário Edward Said para promover o encontro de músicos do Oriente Médio. "Não basta apenas falar de tradição e cultura, mas também sobre a influência do Ocidente sobre nossa produção. Temos ensinamento sobre arte ocidental na China", continua o crítico.

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A exposição, com obras realizadas nos últimos 30 anos, tem segmentos com curadoria de Tereza de Arruda e da chinesa Ma Lin. "No começo, os artistas chineses estavam muito manipulados pela questão mercadológica, mas, desde 2008, quando estourou a crise econômica mundial, tornaram-se mais autônomos, maduros", diz a brasileira, que vive em Berlim, mas está em contato com a arte contemporânea da China há mais de dez anos. Já Ma Lin, da Universidade de Xangai, preparou um núcleo de trabalhos expostos no segundo andar da Oca. "São 21 criadores não orientados pelo mercado, que refletem sobre problemas sociais."

Como ela conta, uma das mais conhecidas artistas apresentadas em seu segmento curatorial por meio de fotografias e vídeo é a performer He Chengyao, que espeta agulhas em si mesma no seu projeto de "política do corpo". A obra de Wang Nanming também está nessa parte da exposição, mas é possível ainda encontrar um grande quadro realista "muito chinês" de Xu Weixin, representando em fortes pinceladas um trabalhador de minas de carvão, um pouco de (rara) arte abstrata, e uma tela em que o pintor Wu Song mistura referência à tradicional pintura de ação da paisagem chinesa com delicadas figuras eróticas. É nesse andar que se vê também o processo de desgarramento da pop art dos anos 1990 na produção do país.

"Os artistas chineses não tentam mais se aproximar do outro se vestindo como ele", afirma Tereza de Arruda. De seu núcleo, no subsolo da Oca, vale destacar os belos trabalhos do casal Rong Rong & Inri, sequências de fotografias em preto e branco impressas em tecido e que se despendem do teto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A galeria Amparo 60 abre suas portas nesta quinta (27) para duas mostras individuais de dois nomes de destaque da arte contemporânea nacional: Bruno Vilela e Cristiano Lenhardt. A exposição é gratuita e segue até o dia 10 de agosto.

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Vilela estreia na Amparo 60 apresentando a série de pinturas Voodoo Drama, composta por seis peças, sendo quatro enormes painéis – inéditas, feitas exclusivamente para essa mostra. As cenas contam uma estória não linear, cheia de mistérios, suspenses e medo. Nos quadros, surgem personagens, espíritos, objetos e luzes misteriosas. A exposição marca o retorno do artista após três anos sem inaugurar mostras no Recife.

Já a mostra Planalto, de Cristiano Lenhardt, reúne um conjunto de trabalhos que tem como intenção exercitar o desenho na alternância entre o bidimensional e o tridimensional. Para tanto, foram eleitas formas geométricas e unidades gráficas simples como triângulos, círculos e quadrados. Com estes elementos, verificou-se, de uma maneira topográfica, a medida do espaço, do tempo e do corpo. O trabalho foi desenvolvido durante residência do artista em Gasworks – Londres.  

Serviço:

Voodoo Drama e Planalto

Quinta (27) | 19h - abertura

Visitação de 28 de junho a 10 de agosto

Terças às sextas, das 10 às 13h e das 14 às 19h | Sábados das 10 às 14h

Galeria Amparo 60 (Av. Domingos Ferreira, 92 A - Boa Viagem)

81 3033 6060

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A exposição Entrenuvens chega à Caixa Cultural com a proposta inédita do artista plástico paulista Alcindo Moreira Filho, que com uma tonelada de algodão busca capturar de diversas maneiras imagens únicas que se dissolvem em minutos na dança das nuvens. A mostra acontece do dia 4 a 30 de junho, a qual o público poderá mergulhar nas possibilidades expressivas das obras. A entrada é gratuita.

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O projeto também inova na contrapartida socioambiental. Pela primeira vez no Brasil uma exposição de arte vai conquistar o selo Carbono Zero, pela ação de neutralização de carbono. Todas as emissões de gases de efeito estufa provenientes da instalação serão quantificadas através de um inventário de emissão de CO2, e compensadas com o plantio de mudas de espécies nativas da caatinga e mata atlântica. Tudo feito em Pernambuco.

Alcindo Moreira faz representações das nuvens usando materiais como algodão, parafina, polipropileno e acrílico em caixinhas de CDs, tratando cada um deles como pigmentos de uma paleta inventada, quase irreal. A exposição começa com imagens de nuvens reais fotografadas e segue para os retratos que o artista faz de seus céus. O artista define a mostra como uma conversa visual entre duas significações expressivas: o céu e a matéria algodão, que tem nas nuvens as interlocutoras dessa discussão estética.

Serviço



Entrenuvens

Terça (3) a 30 de junho | Terça a domingo das 12 às 20h

Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Praça do Marco Zero – Bairro do Recife)

Gratuita

(81) 3425 1900

Na próxima sexta (7) começa a 12ª Edição Primavera da Feira Internacional de Arte Contemporânea, no Carrousel du Louvre, em Paris (França). O evento é um dos mais importantes da Europa, recebendo anualmente milhares de visitantes do todo o mundo. A mostra acontece no subsolo do Museu do Louvre, no Palácio do Louvre, com o espaço de 7.100 m² que é o centro de todas as convenções e exposições que ocorrem em Paris.  

O artista plástico paulista Rafael Murió foi convidado pela curadora Geni Settanni, da Waylight Eventos Culturais e participa pela quarta vez da mostra, com duas telas (giclées). O artista está completando 50 anos de carreira e vem se destacando por ser um dos pintores com maior presença em eventos internacionais. Recentemente participou da Artexpo New York, nos Estados Unidos, e da Art Meeting in Portugal, na cidade do Porto. No ano passado, seus quadros foram destaques em outras importantes exposições de países como Espanha e França.

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O Museu do Estado de Pernambuco recebe nesta quarta (29) a exposição de arte contemporânea Espaço de Arte Alemanha (Kunstraum Deutschland), que integra a semana de abertura do Ano Alemanha+Brasil 2013/2014 em Pernambuco. A exposição reúne obras de 13 artistas internacionais com atuação na Alemanha. A vinda da exposição para o Recife é uma parceria do Centro Cultural Brasil-Alemanha com o IFA - Instituto de Relação Exteriores da Alemanha, Museu do Estado de Pernambuco, Sociedade dos Amigos do Museu do Estado de Pernambuco e Fundarpe.

Espaço de Arte Alemanha conta com os artistas Astiras (Holanda), Candice Breitz (África do Sul), Tony Cragg (Inglaterra), Marianne Eigenheer (Suiça), Ayşe Erkmen (Turquia), Christine Hill (EUA), Magdalena Jetelová (República Checa), Per Kirkeby (Dinamarca), Joseph Kosuth (EUA), Marie-Jo Lafontaine (Bélgica), Nam June Paik (Coréia do Sul), Giuseppe Spagnulo (Itália), Herman de Vries (Suriname). A curadoria da exposição é da Dra. Ursula Zeller (Alemanha).

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Além da exibição das obras, que vai até o dia 28 de julho, a mostra conta com três workshops e uma palestra voltadas para gestores de instituições culturais e museus, artistas, organizadores de exposição, curadores e estudantes. As inscrições dos workshops podem ser feitas no site do CCBA ou através do email christoph@ccba.org.br. As vagas são limitadas.

Programação paralela

Workshop - Expografia e Montagem com Lutz Birkholz MA (IFA, Alemanha) | dias 31/05 e 01/06

Workshop - Carreiras Internacionais para Artistas e Curadores - Marianne Eigenheer | dia 04/06

Palestra e Debate - Curadoria de Exposições Internacionais – Dra. Ursula Zeller (IFA e Museu do Zeppelin, Alemanha) | dia 10/06

Workshop - Gestão de Museus - Dra. Ursula Zeller | dias 12 e 13/06

Serviço

Espaço de Arte Alemanha

29 de maio a 28 de julho | Terças das 9h às 17h; sábados e domingos das 14h às 17h

Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, 960, Graças)

Gratuita

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O Espaço Peligro e o Coletivo Expográfica iniciam nesta quinta (18), às 19h, a exposição Relíquias com a presença do artista pernambucano Daniel Santiago, convidado para realizar a performance A Roupa do Rei, como uma interlocução com a exposição. A mostra reúne objetos descartados e doados no intuito de exibirr para o público uma nova maneira de vê-los e ressignificá-los. A exposição, que é formada por André Dória e Eduardo Souza (Grupo Obcínico), traz na lista de objetos doados nomes de projeção internacional no universo da arte, como Auguste Rodin, Arthur Barrio, Dora Llongo Bahia, Hélio Oiticica, Jarbas Lopes, José Rufino, Lúcia Koch, Marília Furmam, Moacir dos Anjos, Montez Magno, Nelson Leirner e Rosângela Rennó.

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Atuante há 14 anos, o Grupo Obcínico foi constituindo este acervo durante toda a sua trajetória. Isto possibilitou que, através de um processo minucioso de coleta, catalogação, restauração e conservação, as Relíquias fossem preservadas na sua excelência, sendo agora expostas de forma única, pela primeira vez, para o público do Recife que tem a rara oportunidade de poder apreciar estas joias da Arte Contemporânea. Parte dos materiais usados na criação de objetos, de instalações e no manuseio das obras que foram expostas no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) serão reintroduzidos no circuito de arte. 

Além da exposição, haverá também como resultado das pesquisas desenvolvidas pelo Coletivo Expográfica o workshop A Expografia e sua Interlocução com a Arte Contemporânea nos dias 15 e 16 de maio, das 14h à 18h, no mesmo local da mostra. O curso vai relacionar às questões de concepção e planejamento de exposições desenhadas como plataforma para potencializar a fala/discurso da obra exposta. Os interessados devem se inscrever através do email coletivoexpografica@outlook.com

Serviço

Exposição Relíquias

Quinta (18), às 19h – abertura 

De Sexta (19) a 19 de maio, de terça a sábado, das 13h às 17h

Peligro (Rua Dona Ada Vieira, 112 – Casa Forte) 

 

Workshop A Expografia e sua Interlocução com a Arte Contemporânea

Dias 15 e 16 de maio, das 14h às 18h

Peligro (Rua Dona Ada Vieira, 112 – Casa Forte) 

 

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Ilustrações e intervenções, cheias de personalidade, tomaram conta das paredes da galeria d’A Casa do Cachorro Preto. A Expo Soma, do coletivo cearense Acidum, reúne obras que representam bem a identidade do grupo e marcam, com sucesso, seu espaço no circuito contemporâneo da arte.

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As ilustrações e intervenções abusam do colorido e da pluralidade de elementos. A mistura das técnicas nas criações, que não se limitam à escala, formas ou combinações, se dispõem livremente por todos os espaços. O grupo Acidum é formado pelos artistas Robézio Marqs, Tereza Dequinta, Henrique Viudez e Leandro Alves.

A Expo Soma agrega obras coletivas e individuais, todas exclusivas. As obras ficam em cartaz na galeria olindense até o próximo dia 16 de setembro.

Serviço
Expo Soma, Grupo Acidum (CE)
Até 16 de setembro
A Casa do Cachorro Preto (Rua 13 de Maio, 99, Carmo, Olinda)
Visitação: Quinta à Domingo, 15h às 20h
Gratuito
Informações: (81) 3493-2443

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