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A Bovespa teve um pregão bastante volátil nesta quinta-feira (5) mas conseguiu garantir na última hora um fechamento em alta. Em dia de agenda relativamente tranquila, os resultados corporativos se destacaram. Já no mercado de câmbio o dólar recuou ante o real.

O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,71%, aos 48.046,75 pontos. Na mínima, marcou 47.430 pontos (-0,59%) e, na máxima, 48.061 pontos (+0,74%). No mês, acumula ganho de 4,75% e, no ano, perda de 3,92%. O giro financeiro totalizou R$ 6,005 bilhões.

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O giro fraco e a expectativa com o relatório do mercado de trabalho norte-americano, para o qual a previsão é de criação de 183 mil vagas, pautaram os negócios durante a sessão. Além disso, saíram diversos balanços financeiros e isso acabou conduzindo individualmente o comportamento de muitos papéis domésticos, com influência sobre o índice.

Nos EUA, os indicadores divulgados hoje foram mistos e as bolsas operavam em baixa comedida. O Dow Jones cedia 0,18% às 17h33, o S&P recuava 0,26% e o Nasdaq tinha perda de 0,52%.

O recuo do preço do petróleo influenciou o desempenho do setor energético nos EUA e no Brasil, mas, aqui, as ações da Petrobras conseguiram subir no final. A ação ON avançou 0,10% e a PN teve ganho de 0,37%.

Entre as empresas que divulgaram balanços, Smiles foi um dos destaques de ganhos do índice hoje, ao subir 6,52%, na segunda colocação. Já a Vivo caiu 4,84%, a maior baixa do Ibovespa.

Vale ON cedeu 2,59% e Vale PNA, 1,63%.

Depois de uma trégua de dois dias, o mercado de câmbio voltou a ficar pressionado nesta quinta-feira (1°)e o dólar fechou em alta de 0,40% no mercado à vista, cotado a R$ 3,990. O primeiro dia de outubro foi de volume de negócios reduzido e poucas notícias com poder para influenciar os negócios. O cenário internacional mais ameno contribuiu para a queda das cotações pela manhã, mas o cenário interno repleto de incertezas trouxe a cautela de volta à tarde.

A principal expectativa dos investidores esteve relacionada à reforma ministerial a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Com o adiamento da sessão do Congresso para apreciar os vetos presidenciais, que agora deve acontecer na próxima terça-feira, há dúvidas quanto ao anúncio da troca de ministros. Para evitar ruídos na base aliada, a estratégia ideal do Planalto era divulgar a reforma ministerial - na qual se espera ampliação do poder do PMDB - somente após a votação dos vetos.

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O vice-presidente Michel Temer afirmou acreditar que a reforma será anunciada nesta sexta-feira. O vice cancelou uma viagem a São Paulo para ficar em Brasília e acompanhar os desdobramentos das negociações em torno da reforma. A sinalização de entrega de sete ministérios ao PMDB vem alimentando a esperança no mercado de uma melhora na governabilidade da presidente, com efeitos positivos no ajuste fiscal. Mas as incertezas quanto a CPMF e julgamento das pedaladas fiscais e da ação que pede impugnação do mandato de Dilma estão entre as preocupações que justificam a postura defensiva nos mercados.

Pela manhã, números indicando uma estabilização do setor industrial da China chegaram a animar os mercados internacionais, com reflexos positivos por aqui. O dólar chegou a ser negociado na mínima de R$ 3,94 (-0,86%). A influência internacional positiva terminou com a divulgação de indicadores fracos nos Estados Unidos, que pressionaram os mercados de ações, câmbio e juros.

À tarde, o cenário interno passou a pesar mais fortemente. Além das diversas incertezas em torno de definições no ambiente doméstico, repercutiram negativamente as denúncias do jornal "O Estado de S. Paulo" de que documentos apontam que MP editada na gestão Lula foi comprada por lobby de montadoras de veículos e que a PF indica dinheiro da Petrobras como doação para a campanha de Dilma.

Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 4,020, com alta de 1,16%. A divulgação do resultado da balança comercial de setembro foi bem-recebida, mas não fez preço nos mercados. O saldo ficou positivo em US$ 2,944 bilhões, no teto das estimativas dos analistas.

O mercado de câmbio abriu nesta sexta-feira (24) a última sessão antes do segundo turno da eleição presidencial, no domingo (26), ecoando os números divulgados ontem pelos institutos Ibope e Datafolha, que confirmaram fortalecimento de Dilma Rousseff (PT) ante Aécio Neves (PSDB). Mas também há novas notícias no front político, entre elas sondagem Sensus/IstoÉ, que apontou vantagem do tucano, e a expectativa pelo último confronto entre os presidenciáveis hoje à noite na TV influenciando os negócios. No exterior, o clima é de aversão ao risco, após a confirmação de um caso de ebola em Nova York.

Na abertura, o dólar à vista no balcão se ajustou em baixa, caindo 0,72%, cotado a R$ 2,4910. Ontem, havia fechado no maior patamar desde 4 de dezembro de 2008, a R$ 2,5090 (+0,84%). Às 9h24, valia R$ 2,4990 (-0,40%). A moeda norte-americana para novembro estava estável, cotada a R$ 2,5040, no mercado futuro.

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Em relação às pesquisas, pela primeira vez nesta etapa da corrida à Presidência, a diferença entre a presidente e o seu adversário está fora da margem de erro, tanto no levantamento do Ibope quanto no do Datafolha. No Ibope, Dilma apareceu com oito pontos de vantagem sobre Aécio, com 54% contra 46% dos votos válidos, enquanto na Datafolha, a diferença foi de seis pontos para a presidente, ao atingir 53% dos votos válidos, ante 47% do tucano. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

Já a Sensus/IstoÉ mostrou Aécio com 54,6% das intenções de votos válidos, contra 45,4% de Dilma. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio tem 48,1% e Dilma, 40%. O Sensus entrevistou 2 mil eleitores de 136 municípios em 24 Estados entre os dias 21 e 24 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais. E uma reportagem da revista Veja, que circula a partir de hoje, trouxe a informação de que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras.

Nos Estados Unidos, três norte-americanos foram postos em quarentena em Nova York ontem, após terem contato com Craig Spencer, o primeiro paciente diagnosticado com ebola na cidade. O temor com o ebola, além de certa tensão antes do resultado dos testes de estresse de bancos no domingo na Europa, reduzia a força do dólar ante as moedas de países desenvolvidos. O euro subia a US$ 1,2648 às 9h26, de US$ 1,2647 no fim da tarde de ontem. Já a moeda norte-americana caía a 108,15 ienes, de 108,25 ienes também no fim da tarde de ontem.

O mercado de câmbio doméstico começou a semana com o dólar em ligeira queda ante o real, mas o viés positivo da moeda norte-americana visto no mercado internacional faz um contrapeso. No exterior, predominam as discussões sobre os rumos das políticas monetárias do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), após o congresso anual de Jackson Hole. Por aqui, os agentes de câmbio doméstico fazem os primeiros ajustes, tendo também o cenário político como pano de fundo. O primeiro debate entre os candidatos à Presidência acontece nesta terça-feira (26), quando também deve ser conhecida uma nova pesquisa eleitoral, do Ibope, a primeira feita pelo instituto considerando Marina Silva no lugar de Eduardo Campos.

No mercado de balcão, às 9h35, o dólar à vista era negociado a R$ 2,2800 (estável), enquanto na BM&FBovespa a moeda para setembro era cotada a R$ 2,2840, em leve alta de 0,04%. No exterior, o dólar volta a ganhar sustentação em relação ao euro e as principais divisas correlacionadas a commodities ainda ecoando as declarações dos presidentes dos bancos centrais dos Estados Unidos, Janet Yellen, e da zona do euro, Mario Draghi, no simpósio econômico em Jackson Hole.

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Depois de a ata do Fed sinalizar que pode antecipar o aperto monetário, a comandante do Banco Central dos EUA ratificou o documento, confirmando que, como as condições do mercado de trabalho melhoraram mais rapidamente do que previa o próprio BC, o aperto monetário pode não tardar. Contudo, Yellen fez algumas ressalvas. Já Mario Draghi, afirmou que a instituição está pronta para afrouxar a política monetária, se necessário. Para ele, há espaço para flexibilização do orçamento com medidas fiscais.

Mais cedo, a Focus mostrou que profissionais do mercado financeiro consultados pelo BC elevaram a mediana das estimativas para o IPCA, de 6,25% para 6,27% em 2014, e de 6,25% para 6,28% em 2015. Já a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) foi novamente reduzida, de 0,79% para um crescimento de 0,70%, mas seguiu em 1,20% em 2015. No caso da Selic, a projeção para a taxa básica de juros em 2015 voltou a ser ajustada para cima, passando de 11,75% para 12%. Para este ano, a previsão para os juros foi mantida nos atuais 11,00%.

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