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O pernambucano Joaquim Maria Carneiro Vilela foi advogado, ilustrador, pintor paisagista, cenógrafo, juiz, bibliotecário, secretário de Governo e fabricante de gaiolas. E escritor.

A Emparedada da Rua Nova, seu livro que dá base à minissérie Amores Roubados, foi publicado em forma de folhetim entre 1909 e 1912, no Recife, e embora tenha gerado adaptações para teatro e cinema, e estabelecido a reputação de Carneiro Vilela como mestre da literatura nordestina, ele nunca se tornou apreciado por seus pares do Sul e do Sudeste.

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Agora, a Cepe Editora do Recife está republicando o volume (520 págs, R$ 40). O macabro (e já lendário) crime da Rua Nova que originou a narrativa, e a vingança do coronel Jaime que se estende além da morte, são elementos sob os quais hoje pairam ainda dúvidas no Recife: teriam sido reais ou invenção do autor?

Carneiro Vilela dizia que a história viera de um relato que ouvira de uma escrava. O telespectador que gostar da série não perderá em pedir um exemplar do livro. A surpresa é mais cruel do que terá suposto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jagunço usa o photoshop para se encaixar ao lado da mocinha na foto. O coronel planta uvas irrigadas e exporta vinho. A mocinha sertaneja pratica bungee jump e estudou na Itália. O herói é sommelier. Os cavalos agora são mototáxis. A quenga fuma e cospe como um Josey Wales da Boca do Lixo.

O sertão mudou. Em vez do engenho de cana de açúcar, os novos empreendedores e seus negócios científicos tomaram conta. Mas a moral arcaica e o apego das elites ao poder permanecem os mesmos - o novo empreendedor continua decidindo a sorte do "súditos" como um Rei Salomão de iPad. Marido bateu na mulher? "Descubra qual dos dois está mentindo e demita", diz Jaime (Murilo Benício) ao capanga.

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Talvez a minissérie Amores Roubados (que estreou na segunda-feira, 6, na TV Globo) seja a primeira a atualizar o cenário das antigas tragédias coronelistas da literatura regional brasileira. O novo coronel conhece normas administrativas da FGV, mas continua cuidando para que nunca haja igualdade social, racial ou de gênero no seu terreiro. O arcaico transcende o moderno.

Parece um western caboclo, mas, se o espectador já viajou entre Jacobina e Juazeiro (BA), região das filmagens, reconhecerá aqueles cânions fabulosos, as cachoeiras, a terra desértica, os lagos, a poeira e o verde. Tudo existe e coexiste magnificamente, extremos geminados.

No ritmo, em vez de embarcar no já clichê do vácuo tarantiniano, de ação vertiginosa, o diretor José Luiz Villamarin opta por um olhar mais retrô, mais cinemanovista.

Vindo logo após a capenguíssima novela de Walcyr Carrasco, Amores Roubados, aparece na tela como um bálsamo. Cauã Reymond faz Leandro, um Don Juan com noção zero de autopreservação. Transa com Celeste (Dira Paes), casada com Deodoro (Osmar Prado), seja na vastidão de um certo Posto Divisa ou na adega do marido. Envolve-se ainda com mãe, Isabel (Patricia Pillar), e filha, Antonia (Isis Valverde). Como mãe de Leandro e cafetina, Cássia Kis dá um banho de secura e constrição. Os sotaques fingidos não fingem demais, não chegam ao grau Viúva Porcina de dicção. Não ofendem nem maltratam os ouvidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A TV Globo estreia sua nova minissérie nesta segunda-feira (6) a partir das 22h15. A história de Amores Roubados, baseada no romance A Emparedada da Rua Nova, do pernambucano Carneiro Vilela, aborda a relação entre traição, culpa e desejo entre Leandro (Cauã Reymond) e Antônia (Isis Valverde). 

Leandro nasceu no sertão e foi criado em São Paulo pela mãe prostituta, interpretada por Cássia Kiss. Quando mais velho, o rapaz resolve retornar à cidade natal, onde acaba se envolvendo com três mulheres: Antônia, Celeste (Dira Paes) e Isabel (Patrícia Pillar). 

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A direção e roteiro são de José Luiz Villamarim e George Moura, que também trabalharam juntos em O Canto da Sereia. As gravações de Amores Roubados foram feitas em cidades do interior do Brasil, incluindo Petrolina, em Pernambuco, e Paulo Afonso, na Bahia. Foi durante essas gravações que a atriz Isis Valverde foi apontada como causa da separação de Cauã e Grazi Massafera.

Paisagem verde e gente falando sobre vinho sob o sol escaldante do sertão são imagens que não vêm à cabeça quando se pensa no nordeste brasileiro, mas é assim que ele vai aparecer em "Amores Roubados", minissérie que a Globo exibirá em janeiro.

A trama é baseada em "A Emparedada da Rua Nova", romance publicado em capítulos durante dois anos em um jornal de Recife no século 19, adaptado por George Moura e pelo diretor José Luiz Villamarim.

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A história vai mostrar relações de amor proibidas e difíceis em meio a um grupo de ricos exportadores de frutas e donos de vinícolas à beira do Rio São Francisco. "Quando fui procurar locações, percebi o sertão contemporâneo. Há mais eletrodoméstico e roupas globalizadas convivendo com o arcaico, o jegue ainda está lá. Temos o vaqueiro clássico, mas ele está com um celular", disse Villamarim à reportagem.

O diretor, que esteve à frente de projetos como "O Canto da Sereia" e a novela "Avenida Brasil", quer reformular o clichê da ideia de nordeste recorrente na TV, principalmente na maneira de falar. "Tinha a preocupação em não tornar uma farsa. Deixo o sotaque dos atores com uma prosódia simples, é como uma musicalidade ao falar. Por isso, chamei atores locais, como o Irandhir Santos e o Jesuíta Barbosa (ambos em cartaz no filme Tatuagem). É a busca do menos artificial possível. Senão, fica todo mundo falando igual."

Para 70% das cenas da minissérie, a equipe passou 98 dias no sertão. O restante termina de ser gravado no Rio esta semana. "Foi como fazer três longas", compara Villamarim, que não se importou em não voltar para casa no período. "Trabalhávamos de segunda a sábado. O mais difícil foi o calor", minimiza ele, que conseguiu manter por lá figuras requisitadas do elenco, como Cauã Reymond, Murilo Benício e Patrícia Pillar, para deixá-los no clima da trama.

Superprodução

Apesar do tempo de gravação, "Amores Roubados" terá apenas dez episódios. Entre as 120 pessoas da equipe está Walter Carvalho, premiado diretor de fotografia do cinema nacional, responsável pela estética de "O Canto da Sereia" e a novela "Lado a Lado". "Por isso, a gente diz que está filmando (em vez de gravando, termo para a televisão). As séries sempre foram projetos especiais. A tendência é gravar menos por dia e pesquisar mais. A qualidade da TV cresceu e, como a gente domina a linguagem digital, a gente tem uma qualidade fotográfica melhor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Inspirada no livro homônimo de Nelson Motta, O Canto da Sereia surpreendeu a todos com uma boa trama policial em um horário ocupado nos últimos anos por séries biográficas. O enredo prende o telespectador que acompanha a trama para buscar o responsável pelo tiro que levou a cabo a carreira de uma cantora de axé que em três anos havia se transformado numa estrela da música nacional.

Com inspirações na vida real, o livro narra à trajetória de uma moça baiana que tinha o sonho de se tornar uma grande estrela da música nacional. Apoiada por um marqueteiro corrupto e produzida por um ex-presidiário, Sereia consegue conquistar o Brasil e se igualar a outros nomes do axé music como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Claudia Leitte.

Se no livro, Sereia é a responsável por sua morte, os autores da série prometem um final diferente e surpreendente. O LeiaJá, que também acompanhou cada capítulo da minissérie, lista os principais suspeitos.

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Só Love (João Miguel)
Ele declarava seu amor imenso a Sereia, sempre junto à cantora, seu maquiador e assistente pessoal foi presidente do fã-clube da diva e mostrava-se bastante próximo a ela, uma proximidade forçada e que beirava o doentio. Outro fator que o inclui na lista dos suspeitos pelo assassinato da diva, é o fato dele ter participado da festa promovida por Tuta (Marcelo Médici), marqueteiro da cantora e do governador, e ter ficado com ciúmes quando Tuta entrou na piscina acompanhado de outro rapaz, logo depois ele foi encontrado morto, amarrado e com diversos cortes no corpo.

Mara (Camila Morgado)
Ex-namorada de Sereia, empresária, razão da separação da cantora com Paulinho de Jesus (Gabriel Braga Nunes). Ela lucraria mais com a morte da estrela baiana que os outros, mas esta não seria o único motivo que a levaria a dar cabo à vida dela: traída, Mara poderia ter planejado a vingança e inventado toda a história do tumor cerebral para desviar as suspeitas de seu rastro.

Paulinho de Jesus (Gabriel Braga Nunes)
Assim como Mara, Paulinho é um ex-namorado de Sereia. Trocado por uma mulher, o produtor da cantora se mostrou frustrado e extremamente magoado com a situação. As suspeitas aumentam por ele ter escrito um livro de duzentos páginas encontrado em seu computador com a seguinte frase: Eu vou calar o canto da Sereia.

Jotabê Bandeira (Marcos Caruso)
Governador da Bahia, ofendido por Sereia em dois momentos, Jotabê poderia ter mando um de seus capangas assassinarem a cantora assim como mandou eles invadirem a casa de Mara para procurar o diário de Sereia. Ele é um dos que mais poderia lucrar com a morte dela, pois a opinião pública estava de olho em seus mandos e desmandos devido comentários da cantora em uma revista de grande circulação.

Mãe Marina de Oxum (Fabíula Nascimento)
Poderosa mãe de santo da Bahia, Mãe Marina era mentora espiritual de Sereia e teoricamente não teria motivos para assassiná-la, mas a fogosa cantora não se fez de rogada ao ficar com o namorado da mãe de santo, Jorge de Ogum (Guilherme Silva). Outro fator que aponta para a direção de Mãe Marina é o diário de Sereia, que foi encontrado no terreiro comandado por ela.

Jorge de Ogum (Guilherme Silva)
Jorge foi amante de Sereia enquanto ela namorava Mara (Camila Morgado) e ele se relacionava com Mãe Marina (Fabíula Nascimento). Ao ser descoberto, foi expulso do terreiro e também da vida da cantora baiana. No primeiro capítulo da série ele volta ao terreiro para implorar o perdão de sua amada e jura eliminar da vida deles aquela que os separou.

Tuta Tavares (Marcelo Médici)
Marqueteiro de Sereia e do governador Jotabê, Tuta foi acusado por ela minutos antes de sua morte de mamar nas tetas do Governo quando a cantora parou seu trio elétrico em frente ao camarote do governador. Tuta também poderia lucrar bastante com a morte de Sereia por ser seu principal investidor e detentor dos direitos de seus royalties. No último episódio apareceu morto em sua residência depois de oferecer uma festa.

Em janeiro estreia a nova série da TV Globo O Canto da Sereia que alia suspense, humor e romance. A atriz Isis Valverde fará o papel de Sereia - a musa pop e rainha do axé que é assassinada em cima do trio elétrico, em plena terça-feira de carnaval em Salvador.

A produção é baseada em obra homônima de Nelson Motta e o texto é de George Moura, Patrícia Andrade e Sérgio Goldenberg, com supervisão de Glória Perez. A direção de núcleo é assinada por Ricardo Waddington e a direção geral é de José Luiz Villamarim.

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Acompanhe toda produção no site da minissérie.

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"Só Love, eu vou lhe pedir uma coisa, uma coisa que só você pode fazer por mim". Com essa frase a protagonista da minissérie de quatro capítulos, Sereia Maria (Ísis Valverde), pediu ao ex-presidente de seu fã clube e assistente pessoal, Só Love (João Miguel), para assassiná-la em pleno carnaval de Salvador.

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O pedido foi feito porque a cantora estaria com um tumor cerebral e teria pouco tempo de vida. A diva não queria sofrer, ficar sem cantar, andar e dançar e, por isso, tomou a decisão de apressar sua morte. Mesmo relutando, Beroaldo - ou Só Love - acabou sendo convencido por ela e ainda prometeu não contar nada a ninguém.

Vestido como a cantora, Beroaldo foi perseguido por Augustão (Marcos Palmeira) e confessou o crime afirmando: "Eu não matei Sereia, eu fiz Sereia viver para sempre". O final difere do apresentado no livro de Nelson Motta, mas já era esperado por alguns telespectadores. Nesta sexta (11) fizemos uma listagem com os principais suspeitos e apontamos o responsável pela morte de Sereia como o principal deles. O segundo mistério da série, o assassinato do marqueteiro Tuta (Marcelo Médici), não teve solução apresentada.

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