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O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) pediu que polícia apure crime de homofobia no caso do pai que espancou o filho adolescente. O jovem de 14 anos foi agredido violentamente pelo pai após assumir que era homossexual. O caso ocorreu na segunda-feira (24) no bairro de Bebedouro, em Maceió-AL.

O promotor de Justiça Antônio Jorge Sodré encaminhou ofício ao delegado-geral da Polícia Civil pedindo imediata instauração de inquérito policial. "Não entendemos que possa ser visto apenas como uma lesão, já que a mesma foi em decorrência da não aceitação da opção sexual da vítima", disse o promotor.

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Sodré também encaminhou ofício ao Conselho Tutelar para que envie relatório sobre o atual estado do menor, de sua genitora e demais familiares. A Secretaria da Mulher e Direitos Humanos foi notificada para que se pronuncia sobre as providências já adotadas.

O pai e o irmão do adolescente, que é acusado de participar das agressões, prestaram depoimento na sexta-feira (28) na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCA). O pai disse que o jovem chegou na casa dele sob efeitos de drogas e que a pancada que deu foi para se defender. O homem também afirmou que já sabia que o filho era homossexual e que o ocorrido não está relacionado a isso.

De acordo com a Polícia Civil, o menor mora com a mãe, com quem conversou primeiro sobre sua sexualidade. Eles foram juntos na casa do pai para falar sobre o mesmo assunto. Após ser espancado, o jovem levou mais de 10 pontos na cabeça.

No Brasil, a homofobia passou a ser considerada crime em 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) entender que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

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