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Uma adolescente muçulmana poderá frequentar seus cursos usando um nicabe depois que a Justiça alemã rejeitou nesta segunda-feira (3) uma tentativa das autoridades de proibir o véu que cobre o rosto na escola.

As autoridades de Hamburgo (norte) chegaram a multar a mãe da menina em 500 euris pelo descumprimento de uma norma que proíbe o uso da vestimenta, de acordo com a rádio e televisão local, NDR.

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No entanto, um tribunal de Hamburgo decidiu em segunda instância que a cidade não pode impor tal proibição. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois torcedores do Espanyol de Barcelona, da Primeira Divisão do futebol da Espanha, foram detidos por terem agredido uma grávida de oito meses que usava um véu muçulmano que deixa apenas os olhos à mostra.

A agressão aconteceu na segunda-feira da semana passada quando a mulher passeava pelo centro de Barcelona junto com seu marido e seus dois filhos e foi agredida pelos dois torcedores porque usava o nicab.

O marido da mulher reagiu às provocações e também foi agredido pelos dois homens vinculados à torcida radical de extrema-direita Brigadas Blanquiazuis do Espanyol de Barcelona, que teve, em 2010, proibida sua entrada nos estádios.

A mulher tentou interferir na briga quando um dos torcedores chutou sua barriga. A polícia chegou e deteve os agressores.

A mulher foi internada, mas passa bem.

Os dois agressores são acusados por crime de ódio, discriminação e agressão.

Segundo Mounir Benjelloun, presidente da Federação Espanhola de Entidades Religiosas Islâmicas, este tipo de agrssão acontece todos os dias no país, mas não é noticiada.

Segundo um relatório publicado em abril pela Plataforma Cidadã contra a Islamofobia, os atos islamofóbicos se multiplicaram por dez em um ano, passando de 48 em 2014 a 534 em 2015.

Segundo o governo, as agressões por motivos religiosos e racistas nesse período passaram de 538 a 575.

Uma cabeleireira compareceu nesta quinta-feira (8) a um tribunal da Noruega por ter rejeitado uma muçulmana que usava um hijab, no primeiro caso sobre o uso do véu julgado no país.

Merete Hodne pode ser condenada a até seis meses de prisão por não ter aceitado em outubro atender Malika Bayan em seu salão de Bryne, uma localidade do sudoeste da Noruega, afirmando, segundo a ata de acusação, que "teria que procurar outro lugar porque não aceitava (pessoas) como ela".

"Não quero este mal em um espaço onde eu decido. Este mal é a ideologia do Islã, o maometismo, e o hijab é o símbolo desta ideologia, como a suástica é do nazismo", declarou Hodne à rede de televisão TV2.

Apresentada pelos meios de comunicação noruegueses como uma ex-militante de movimentos islamofóbicos como Pegida, a cabeleireira, de 47 anos, disse que aceitar no salão uma mulher com véu a teria obrigado a rejeitar clientes masculinos, já que a eventual cliente não poderia mostrar o cabelo.

"Sinto-me profundamente humilhada por ser tratada desta maneira em um espaço público em meu próprio país", lamentou no ano passado a jovem muçulmana, de 24 anos, citada pela imprensa.

A cabeleireira se negou a pagar uma multa de 8.000 coroas (980 dólares) por discriminação religiosa. O caso está agora nas mãos do tribunal de Jaeren, que deve examiná-lo nesta quinta-feira.

A polícia informou que pedirá que a multa seja elevada a 9.600 coroas (1.200 dólares) ou, caso a mulher decida não pagá-la, que seja condenada a 19 dias de prisão.

A esgrimista Ibtihaj Muhammad quer ajudar a combater o fanatismo quando se tornar a primeira esportista americana a competir nos Jogos Olímpicos usando um véu muçulmano. A atleta, uma articulada afro-americana e muçulmana de 30 anos, saltou para a fama em janeiro, após conquistar vaga na equipe olímpica dos Estados Unidos no Mundial da Grécia.

A participação de Muhammad nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 chega em meio a uma campanha presidencial nos Estados Unidos, marcada pela retórica contra o Islã, enquanto ameaças e o vandalismo contra mesquitas alcançaram um recorde histórico no ano passado.

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É um clima muito familiar para Muhammad, que enfrentou a discriminação desde a infância porque a combinação de sua cor de pele e o véu que usava com frequência atraía olhares inquisidores e insultos.

De fato, parte da atração pela esgrima foi porque o esporte permitia que Muhammad se integrasse mais ou menos sem problemas. "Testei diferentes esportes quando era jovem e minha mãe e eu passamos um dia de carro perto de um colégio e vimos um grupo praticando esgrima", lembrou. "Minha mãe viu que usavam calças largas e camisetas de manga comprida e, não sabia que esporte era, mas quis que eu tentasse porque se ajustava às minhas crenças religiosas", afirmou.

Muhammad não estava muito convencida a princípio, mas persistiu quando se deu conta de que o esporte podia ser um passaporte para uma educação melhor. "As dez melhores escolas do país tinham programas de esgrima, sendo assim a vi como uma porta de entrada e por isso insisti", disse Muhammad, que acabou se formando em relações internacionais e estudos africanos na respeitada Universidade de Duke em 2007.

Mudando atitudes

Muhammad tem a esperança de que seu périplo olímpico ajude um pouco a mudar as atitudes vistas na campanha eleitoral dos Estados Unidos. "É um ambiente político difícil o que estamos vivendo, não é fácil", disse Muhammad. "Os muçulmanos estão sendo examinados com lupa e espero mudar a imagem que as pessoas têm das muçulmanas", acrescentou.

"Sei", continuou, "que as muçulmanas são muito diversas, especialmente aqui nos Estados Unidos. Viemos em diferentes formas, cores e tamanhos, de origens diferentes, e somos membros produtivos da sociedade. Quero que as pessoas o vejam".

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, tem sido acusado de fomentar o sentimento antimuçulmano, e chegou a defender que se proíba a entrada no país dos fiéis desta religião. Diplomaticamente, Muhammad se negou a especular como seria a vida dos muçulmanos se Trump for eleito presidente dos Estados Unidos em novembro.

De qualquer forma, insistiu, ela quer ajudar a melhorar as coisas com um bom desempenho no Rio. "Lembro que quando criança, me dizia que não pertencia a este esporte por causa da minha cor de pele, porque era muçulmana. Assim, se puder ser um motivo de mudança para outras minorias, me sentiria afortunada".

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O Governo egípicio declarou a Irmandade Muçulmana, movimento do qual faz parte o presidente destituído, Mohamed Mursi, como uma organização terrorista, e proibiu todas as sua atividades, incluindo manifestações. O anúncio foi feito nessa quarta-feira (25), após uma reunião no gabinete com autoridades, um dia depois de um ataque suicida a uma esquadra da polícia. No ataque, 15 pessoas morreram e 134 ficaram feridas na cidade de Mansura, no delta do rio Nilo.

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O ataque condenado pela Irmandade Muçulmana foi reivindicado por um grupo jihadista egípcio situado no Sinai, que afirma se inspirar na al qaeda. A declaração dessa quarta-feira é a última de uma série de medidas tomada pelo Governo do Egito.

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