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Um dos policiais militares que participaram da operação que resultou na prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, disse que os homens que ajudavam na fuga do criminoso chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno para que eles fossem liberados. "Primeiro, eles ofereceram R$ 20 mil, depois, R$ 1 milhão para liberarmos eles", contou o soldado Heitor, durante reportagem veiculada pela TV Globo. Heitor é um dos agentes do Batalhão de Choque que abordou o veículo usado na tentativa de fuga do traficante.

De acordo com a assessoria da PM, a informação sobre a tentativa de suborno foi confirmada, mas ainda não era preciso o total do dinheiro oferecido.

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Nem estava escondido no porta-malas de um Corolla preto, supostamente pertencente ao cônsul do Congo. Três homens estavam dentro do veículo. Um deles afirmou aos policiais ser o cônsul. O outro disse que era funcionário do consulado; já o terceiro, seria o advogado do traficante.

Segundo informações da embaixada do Congo, em Brasília, eles aguardam orientações da Polícia Federal para se pronunciar. A embaixada não confirmou nenhuma das informações sobre a fuga do traficante.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que o líder do tráfico da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso no fim da noite de ontem, e todos os demais criminosos que forem detidos durante a ocupação na comunidade - prevista para os próximos dias - serão transferidos para presídios federais fora do Rio. Em entrevista à rádio CBN, Cabral declarou que o trabalho de pacificação prosseguirá pelos próximos dias e fez um apelo para que os traficantes que ainda estão na favela se entreguem sem resistir.

"Esperamos que os marginais não reajam. Esperamos que eles se entreguem, para que a população da Rocinha e do Vidigal possa retomar o mais rapidamente possível a sua rotina", disse.

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O governador confirmou que a Marinha já autorizou a participação de fuzileiros navais e de veículos blindados na operação de ocupação da Rocinha e do Vidigal - as duas últimas grandes comunidades na zona sul da capital fluminense ainda controladas por traficantes.

Cabral também louvou o trabalho conjunto das policiais Civil e Militar com a Polícia Federal, ressaltando a integração dos serviços de inteligência e garantindo que não há disputas de vaidade ou de méritos entre as corporações. Ele ainda fez um agradecimento à presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, mantém a relação de cooperação iniciada durante a gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador ainda anunciou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estará no Rio amanhã para assinar convênios que beneficiem jovens moradores de comunidades pacificadas.

Sobre o clima de tensão na Rocinha e no Vidigal, Cabral repetiu a recomendação da polícia para que os moradores tentem levar a vida com tranquilidade nos próximos dias, e pediu que fiquem em casa na ameaça de confronto. "Recebemos nesses últimos dias inúmeros boatos. Isso faz parte do processo de pacificação. Ajam com tranquilidade. Confiem na polícia e fiquem em casa se houver qualquer ameaça de confronto. Faço mais uma vez um apelo para que os marginais se entreguem sem confronto. Isso será positivo para todos nós", disse.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou hoje que os criminosos da Rocinha, na zona sul do Rio, demonstraram fragilidade antes da operação realizada durante a madrugada, que acabou com a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem.

A operação foi iniciada para prender comparsas de Nem e outros traficantes da comunidade que tentassem fugir antes da ocupação para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local.

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Em entrevista ao telejornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo, Beltrame disse que "o mais importante (nesta operação) é a quebra do paradigma do império do território. Prender traficantes, apreender armas e drogas é fundamental, mas a estratégia que está sendo utilizada é exatamente a inversão do paradigma de território, é a quebra do muro imposto por armas. Na medida em que simplesmente se anunciou que isso ia acontecer, essas pessoas (os criminosos) mostraram fragilidade".

O secretário afirmou ainda que cada ocupação em favelas do Rio segue uma estratégia diferente. "Não há uma receita concreta de pacificação. A gente se prepara para entrar, sem confronto, mas não sabemos o que os criminosos têm na cabeça. Na Rocinha, a operação começou há cerca dez dias e ainda não terminou", disse.

A previsão é de que a ocupação da Rocinha ocorra no próximo domingo, mas, de acordo com Beltrame, detalhes sobre a instalação da UPP na favela serão mantidos sob sigilo.

A comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, continuava cercada por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar na manhã de hoje, após a prisão de pessoas. Entre os presos está Antonio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem", de 35 anos, chefe do tráfico da favela.

Os policiais dão continuidade à operação iniciada ontem para prender comparsas de Nem e outros traficantes da comunidade que tentarem fugir antes da ocupação para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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Todos as 13 pessoas presas entre ontem e hoje, entre eles Nem, permanecem na carceragem da Superintendência da Polícia Federal do Rio e podem ser transferidos para um presídio ainda hoje. Informações ainda não confirmadas dão conta de que o traficante Nem seria levado para o Complexo Penitenciário de Bangu.

O traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem", de 35 anos, chefe do tráfico da Favela da Rocinha, foi preso, no início desta madrugada, pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, deixando a favela, na saída próximo à PUC, na zona sul do Rio, e escondido no porta-malas de um Corolla preto, pertencente ao cônsul do Congo. Três homens estavam dentro do veículo. Um deles afirmou aos policiais ser o cônsul. A outra disse que era funcionário do consulado; já o terceiro, seria o advogado do traficante.

O suposto diplomata se recusou a sair do carro para ser revistado alegando imunidade. Os policias, que faziam uma blitz na região e já haviam parado vários carros, disseram que iriam acompanhar o veículo até a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), que fica na Praça Mauá, na zona portuária, região central. No caminho, o motorista do Corolla parou o veículo junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, próximo ao Clube Naval, onde o trio ofereceu cerca de R$ 30 mil aos PMs em troca da liberação de todos, mas o suborno ficou só na tentativa. O porta-malas do carro foi então aberto e o traficante, encontrado.

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O traficante e os demais três ocupantes do Corolla foram levados para a sede da PF.

A Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, vive a expectativa de uma ocupação policial nos próximos dias para implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, o chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, decretou desde quinta passada um toque de recolher do comércio e moradores, além de limitar a circulação de motociclistas.

Investigações da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea apontam que, apesar de falar aos moradores que vai resistir contra a ocupação policial, o traficante Nem já anda com três seguranças e grande quantia de dinheiro vivo para uma provável fuga. "Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já tempos informes sobre planos para escapar", disse o delegado titular da 15ª DP, Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.

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O comportamento de Nem mudou nos últimos dias, segundo as informações da polícia. Desde que assumiu o comando do tráfico em 2005, o traficante promoveu diversas festas e shows na favela, além de exibir as fotos dele e da mulher Danúbia de Souza Rangel em redes sociais na Internet. Hoje, não fica mais que 10 minutos nos eventos, proíbe fotografias e o uso de celular perto dele.

Mas, na noite de domingo, segundo relatos, depois de consumir uísque com ecstasy, chegou a subir no palco durante um show para avisar aos moradores que resistiria à UPP. Depois disso, foi levado por comparsas para a Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha. Acompanhado por 40 homens, ficou apenas alguns minutos sob cuidados médicos e saiu com o soro ainda na veia.

Desde domingo, o Disque Denúncia recebeu pelo menos 16 telefonemas informando sobre a ida do traficante à UPA e seu possível paradeiro. Para os investigadores, a delação anônima é um termômetro da insatisfação dos moradores da Rocinha com o líder com tráfico. Procurados, os advogados de Nem não retornaram as ligações

Uma das razões da queda de popularidade de Nem é a presença de traficantes expulsos pelas UPPs, em especial do morro do São Carlos, na zona norte, que foram abrigados por Nem. Estes bandidos não teriam o compromisso de Nem com a comunidade. Ele chegou a ser cobrado pelos moradores e fez uma reunião com lideranças comunitárias para afirmar que a situação era transitória.

Os líderes comunitários negam o toque de recolher, mas reconhecem que a situação é tensa por causa da eminente ocupação da polícia. Segundo eles, os moradores estão mais preocupados com as invasões de residências e saques que os policiais promovem quando fazem incursões na comunidade. "Um toque de recolher aqui é impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.

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