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A pedido do governo, o relator da Medida Provisória nº 651, deputado Newton Lima (PT-SP), incluiu no texto um artigo que autoriza a capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) em até R$ 5 bilhões, sendo que a remuneração a ser recebida pelo Tesouro foi limitada à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Segundo o texto, a União está autorizada a renegociar ou estabelecer as condições financeiras e contratuais de operações de crédito realizadas com o BNDES, que permitam o seu enquadramento como instrumento elegível ao capital principal até o montante acima, devendo a remuneração a ser recebida pelo Tesouro ser variável e limitada à TJLP.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), informou que o partido tentará suprimir o artigo na votação da MP no plenário da Câmara, prevista para a próxima semana. Ele criticou a falta de transparência do governo na concessão de subsídios. Segundo o líder, o texto permite, inclusive, que a remuneração paga pelo BNDES ao Tesouro seja zero.

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"O Tesouro capta à taxa Selic e vai capitalizar o BNDES com TJLP. Para mim, é mais um artifício da contabilidade criativa. O governo não tem compromisso com as contas públicas e com o equilíbrio fiscal. Pretendo suprimir esse artigo em plenário", avisou.

Nesta terça-feira (6) a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 393/11, que permite a publicação de biografias de personalidades públicas sem necessidade de autorização do biografado ou de seus familiares. O projeto, do deputado Newton Lima (PT-SP), altera o Código Civil e deve ser votada ainda pelo Senado.

Segundo o texto aprovado, a mera ausência de autorização não impede a divulgação de imagens, escritos e informações com finalidade biográfica de pessoa cuja trajetória pessoal, artística ou profissional tenha dimensão pública ou esteja inserida em acontecimentos de interesse da coletividade.

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O texto incorporou emenda do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que permite à pessoa que se sentir atingida em sua honra recorrer ao juizado de pequenas causas pedindo a exclusão de trechos questionados em edições futuras da obra.

Polêmica com artistas

A publicação de biografias não autorizadas ganhou mais força na mídia no ano passado, depois que entrou na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) devido à realização de uma audiência pública sobre o tema em razão de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) da Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel). Contra a publicação sem autorização se manifestaram várias personalidades reunidas na associação Procure Saber, como Roberto Carlos, Caetano Veloso e Chico Buarque.

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