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Como previsto, às 10 da manhã (horário local) deste sábado (1º), as redes de TV japonesas começaram a transmitir publicamente canais 4K e 8K via satélite. Mesmo depois de alguns anos de testes, a NHK atualmente é a única emissora que exibe conteúdo a 8K com som de 22,2 canais.

O presidente da NHK, Ryoichi Ueda, disse que a emissora terá como objetivo difundir o serviço, oferecendo experiências emocionantes para os telespectadores. O primeiro filme exibido pela emissora em seu guia foi "2001 - Uma Odisseia no Espaço", um clássico de Stanley Kubrick.

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A BBC informou que a Warner Bros. verificou novamente os negativos originais de 70 mm do filme especificamente para essa transmissão. As imagens de 8K de altíssima definição oferecem 16 vezes a resolução da TV HD.

No entanto, poucas pessoas atualmente têm a televisão ou o equipamento necessário para receber as transmissões. A NHK diz que vem desenvolvendo o 8K, que chama de super-hi vision, desde 1995. Além de melhorar a resolução da imagem, o novo formato pode incluir 24 canais de áudio para experiências imersivas de som surround. 

Os fabricantes de televisores, incluindo a Samsung e a LG, anunciaram modelos com capacidade para 8K, mas os produtos ainda são caros e restritos para uma parcela muito pequena da população. Atualmente, uma televisão Samsung 8K custa cerca de US$ 15 mil, ou cerca de R$ 57,6 mil em conversão direta.

O novo canal BS8K da NHK transmitirá programas por cerca de 12 horas por dia. A emissora espera transmitir os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020 usando o novo formato.

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Além de se encarregar de recolher o lixo nos estádios ao fim de cada jogo a que assistiram durante a Copa no Brasil, os japoneses também serão referência neste mundial no campo tecnológico - só para não fugir à regra. A rede japonesa de TV NHK realizou no Rio as primeiras experiências em território nacional com a captação de imagens em 8K, que multiplica por 16 vezes a definição de imagem que a gente conhece como HD (High Definition, ou Alta Definição). Tratada como "Ultra-High Definition", a tecnologia foi usada com aval da Fifa para a captação experimental de algumas partidas do campeonato de futebol e contou com apoio logístico da Globo.

Para os profissionais da rede brasileira, acompanhar e ajudar os japoneses nesse expediente serviu como aprendizado. O 8K, explica-nos a diretora de Engenharia de Transmissão da Globo, Liliana Naconechnyj, ainda está em fase de experimentos. A Globo já vem realizando captação de vários programas em 4K, tecnologia que está pronta para realizar até transmissões diretas e multiplica o HD atual por quatro. "A Globo já começa a ter material gravado em 4K, até pensando no seu acervo para o futuro", disse ela. "É como o HD, que começamos a realizar bem antes das transmissões."

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O Estado acompanhou uma das transmissões diretas em 8K, anteontem, durante o jogo entre Brasil e Alemanha, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio, ao lado de Liliana. Tratava-se de uma exibição fechada. Já em 4K, a Fifa, aí com participação da Globo e do SporTV, autorizou a captação de três jogos nesta Copa - o terceiro e último será na final, domingo, no Maracanã. Assinantes da NET que tenham tele visor compatível para receber as imagens e uma caixa codificadora (NET Ultra HD) poderão acessar a transmissão, por meio do canal 704, reservado especialmente para a ocasião.

Na escala de definição de imagens, o 4K, como sugere a numeração, é degrau inferior ao 8K que agora cumpre fase de testes, e vai antecedê-lo nas captações e transmissões do audiovisual no mundo todo. Os registros da Globo em 4K, o que demanda a aquisição de câmeras específicas para tanto, também já servem à emissora para trabalhos de pós-produção que garantem efeitos especiais à edição final de imagens.

Assim como aconteceu com o padrão digital, o governo também terá de abrir espaço à parte para o 4K, a ser logo substituído pelo 8K, assim que os televisores começarem a ficar acessíveis ao bolso do consumidor. O processo, acredita a diretora da Globo, deverá ser mais rápido que a mudança do padrão analógico para o digital, dada a aceleração da própria tecnologia. Hoje, um televisor que recebe imagens em 4 K custa em torno de R$ 13,5 mil. "Na Copa de 1998, quando víamos as primeiras imagens em HD, lembro que um televisor em HD começou com custo de R$ 150 mil."

Até em função da legislação e do espaço para transmissões, a TV por assinatura tem condições de levar as novas tecnologias com mais rapidez ao consumidor. Em 8K, o áudio das transmissões saltam dos atuais 5,1 canais para 22,2. As siglas de imagens, do 4 ao 8, que dão ao "K" uma denominação de "milhar", prometem atrair mais consumo que o 3D, sistema que não seduziu o espectador nos domicílios, como seduz no cinema.

As novas tecnologias também prometem exigir menos distância entre as telas grandes e os olhos do espectador. "À medida que os televisores vão avançando em ultra-alta definição, a distância da tela pode ficar menor. Hoje, uma tela de HD pede que sua altura seja multiplicada por três para se medir a distância ideal dela ao espectador. Com o 4K, essa distância cai pela metade", explica.

E para quem tratava o Full HD como parâmetro máximo de definição der imagens, saber agora que é possível multiplicar isso por 4 ou 16 não dá a sensação de que a tecnologia sempre estará a nos cobrar uma atualização? Nem tanto, explica Liliana. O 8K proporciona a definição máxima a ser percebida pelo olho humano, segundo as experiências pioneiras dos japoneses. 

Enquanto o 4K foi a palavra de ordem da Consumer Electronic Show (CES) 2014, a emissora pública do Japão NHK tem realizado testes com a resolução 8K (7.680 x 4.320 pixels) e está obtendo sucesso. Os dados são transmitidos por sinais terrestres em uma distância de 27 km entre o laboratório de pesquisa do canal, em Hitoyoshi, e o local de recepção do sinal.

Contudo, apesar do sucesso dos testes iniciais, a tecnologia deve demorar para chegar até as casas dos consumidores comuns. A expectativa da emissora é que a tecnologia só seja comercializada a partir de 2020, quando Tóquio, a capital do Japão, sediará os Jogos Olímpicos.

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A Samsung já apresentou um protótipo de televisor com esta tecnologia, mas a companhia sul-coreana também não deu esperanças sobre quando o aparelho poderá chegar às lojas ao redor do mundo. 

São Paulo - A televisão estatal japonesa NHK é a grande homenageada da Mostra VerCiência 2011, que começa hoje (18) e vai até o dia 23 deste mês, com eventos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e Salvador, além de uma seleção especial de programas em outras cidades. A mostra integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e tem o objetivo de divulgar a cultura científica, com a apresentação de 80 programas de dez países: Brasil, Japão, Argentina, Chile, México, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.
 
Como homenageada especial, a NHK traz para o Brasil o documentário-reportagem Fukushima: Mapeando a Radiação, concluído no começo deste mês e que mostra a atuação de dois cientistas após o desastre da Usina Nuclear de Fukushima. O acidente foi provocado pelo terremoto seguido de um tsunami, em 11 de março deste ano.
 
A primeira exibição fora do Japão ocorrerá às 15h de hoje (18), na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), com a presença do chefe da equipe de Programas de Ciência e Meio Ambiente da NHK, Toshihiro Matsumoto.
 
Mesmo sem ter autorização para entrar na usina, os cientistas Shinzo Kimura e Masaharu Okano, que já tinham estudado a radiação na cidade de Chernobil na Ucrânia, conseguiram retirar amostras de solo e fazer medições em um trecho de 3 mil quilômetros. 
 
“Eles se rebelaram contra o silêncio que havia sido imposto aos pesquisadores por alguns órgãos oficiais do Japão e com a equipe da NHK foram fazer medições em campo ao redor da usina. Graças ao trabalho deles, muitas pessoas foram avisadas dos riscos de contrair doenças e deixaram suas casas”, explicou um dos curadores da mostra, o jornalista Sérgio Brandão.
 
Na avaliação de Brandão, também cabe à televisão estatal japonesa outro destaque: um documentário de 90 minutos sob o título Mistério dos Números Primos. “É uma parte da matemática que desafia os matemáticos e os filósofos desde a Grécia antiga e com esse programa, a NHK ganhou um prêmio que é uma espécie de Oscar japonês”, disse.
 
Na mostra deste ano foram selecionados seis grandes temas: mudanças climáticas; desastres naturais e prevenção de riscos; Ano Internacional da Química; mulheres na ciência; evolução e biodiversidade e aventura da ciência. A introdução do tema Mulheres na Ciência tem o objetivo de homenagear a polaca Marrie Curie (1867 a 1934), ganhadora do Prêmio Nobel de Física, em 1903 e do Prêmio Nobel de Química, em 1911.
 
A programação e os locais das apresentações poderão ser acessados por meio do endereço eletrônico www.verciencia.com.br

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