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O juiz federal Daniel Rafecas, que indeferiu nesta quinta-feira (26) a denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por supostamente acobertar um grupo de terroristas iranianos, afirmou que não há evidência de que ela tenha cometido qualquer crime.

O juiz disse que "não estão dadas as mínimas condições para iniciar uma investigação penal" a partir da denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman em 14 de janeiro, informou o Centro de Informação Judicial.

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Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, quatro dias depois de acusar a presidente, o chanceler Héctor Timerman, um deputado governista, um dos supostos espiões e dirigentes sociais próximos ao governo de terem participado de um plano para "garantir a impunidade" dos oito iranianos acusados do ataque a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que provocou a morte de 85 pessoas.

A morte de Nisman, que é investigada pela polícia, gerou uma crise política e institucional no país. A denúncia de Nisman havia sido levada adiante dias atrás pelo promotor Gerardo Pollicita, que apresentou novamente acusação ao entender que havia suspeitas fundadas para investigar a presidente e havia pedido ao juiz que avaliasse uma série de provas para avançar na investigação.

Porém, segundo Rafecas, nenhuma das hipóteses defendidas por Pollicita "se sustentam minimamente". A decisão do juiz pode ser apelada por Pollicita ante o fiscal da Câmara Federal, Germán Moldes. Fonte: Associated Press.

Familiares e amigos enterraram o corpo do promotor Alberto Nisman nesta quinta-feira (29), em um cemitério judeu. O cortejo de enterro foi acompanhado por observadores e simpatizantes do promotor, cuja morte ainda não foi solucionada pela polícia. A polícia permitiu apenas a entrada de pessoas próximas no local do enterro.

Entre os simpatizantes, alguns cantavam "Somos todos Nisman!" e "A verdade nunca morre!" quando o caixão de Nisman passava. No enterro, estiveram também políticos da oposição que tinham relação com o promotor. "Foi uma cerimônia muito triste, nos despedimos de quem deu a sua vida para investigar um atentado terrorista", afirmou o ministro da Cultura de Buenos Aires, Hernan Lombardi.

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"Enterramos um pedaço de nossa república. Hoje é um dia de reflexão e tristeza para todos os argentinos", disse Patricia Bullrich, deputada da oposição.

Nisman, de 51 anos, foi encontrado morto no dia 18 de janeiro no banheiro de seu apartamento, com uma bala na têmpora direita. Uma arma calibre 22 foi encontrada próxima a ele. A morte aconteceu dias depois de ele ter entregue a um juiz um relatório segundo o qual Cristina havia fechado, secretamente, um acordo para impedir que ex-funcionários do governo iraniano fossem acusados de envolvimento no ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos.Fonte: Associated Press.

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